Ah! Juventude, aonde foste?
O que faço de mim agora?
Pele enrugada, cabelos brancos
Olhos senis perdidos na saudade...
Foram-se embora os amores
Filhos crescidos e com família
Esquecem da gente em qualquer lugar
Melhor mesmo neste depósito de gente...
E nós envelhecidos não querendo incomodar
Pedimos só um pouco de carinho
É triste mas a maioria quer negar
Se possível nem contam que existimos...
E o tempo passa e eu ganhei paciência
Tenho agora que conviver com quem não tem paciência comigo
No peito meu amor é cada vez maior
Cresce tanto quanto a minha solidão
Neste lugar que chamam de Lar (para idosos)...
Mário Feijó
22.12.09
Comentário: Quando vemos esta realidade (agora pra mim tão próxima) começamos a perceber a triste realidade da maioria dos velhos (todos sabem que também envelhecerão mas não se preocupam muito com os seus ou não têm paciência para ouvi-los). Todos sem exceção são carentes, querem atenção, querem amar e ser amados... Pelo servirá o texto para uma reflexão...
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