quarta-feira, 31 de outubro de 2012

PEDAÇOS DE MIM


PEDAÇOS DE MIM 

Eu vim pela vida afora
Desconstruindo-me, como agora...
São pedaços de mim
Que trago desde úteros
E que agora deixo no caminho... 

Havia pedaços de mim
Hoje naquela lua cheia
Alaranjada sobre o mar
Quando o vento soprou
E a gaivota apanhou um peixe... 

E toda vez que o vento sopra
Leva pedaços de mim
Aguçando-me a libido
Porque é a ti que agora
Eu entrego o corpo inteiro... 

Mário Feijó
01.11.12

ENTRE SEXOS


ENTRE SEXOS

 

 

Fomos para a guerra dos sexos, os três, desprovidos de quaisquer armas. Eu com meu velho sexo em riste, sem rugas, ele em pleno vigor de sua macheza, alquebrado, mais enrugado que uvas passas, morrendo de inveja pelo meu portentoso desempenho.

Não tive dúvidas, atirei a esmo, para todos os lados. Acertei na felicidade, ele na tristeza. Ela hirta, apenas sorria.

Nada me bastava: nem sorrisos, nem cara de felicidade. Continuei na eternidade da noite, deixando apenas o dia amanhecer.

Ela feliz sorria extasiada. Todos sentiram seus corpos realizados. O triângulo foi perfeito...

 

Mário Feijó
01.11.12

NOSSAS DORES


NOSSAS DORES 

Quem irá se incomodar
Com as dores que eu sinto?
O mundo continuará girando
Milhares de pessoas estarão se amando
Igualmente outro tanto se odiando
Porém ninguém estará preocupado
Com a dor que eu sinto... 

Ontem eu chamei minha neta de egoísta
Ao que ela me respondeu:
- Quem não é egoísta, meu avô?
Algumas vezes esquecemos
Que os adolescentes começam a pensar
Constroem suas vidas
Mas não estão preocupados
Com a dor de ninguém
E sim de tudo o que têm por fazer
Enquanto isto milhares morrem
E outros milhares nascem... 

E a dor? Cada um leva consigo a sua... 

Mário Feijó
31.10.12

terça-feira, 30 de outubro de 2012

ELES DORMIRAM


ELES DORMIRAM 

Podem pensar que brinco
Mas um simples bater
Das asas de um pernilongo
Faz com que eu acorde 

E quando sem alternativas
Jogo no ar o inseticida
Todos os desgraçados
Fingem-se de mortos no chão 

No entanto é só eu apagar as luzes
Que eles voltam com aquele hip-hop
Que não me deixa dormir 

Minha solução é acender o abajur
Pegar papel e caneta às quatro da manhã
E escrever que eles dormiram... 

Mário Feijó
30.10.12

MEDIOCRE


MEDIOCRE 

Estou começando a acreditar
Que não passo de um artista medíocre
De um medíocre poeta e uma pessoa
Medíocre em todos os sentidos 

Penso sempre nos outros
No entanto não vejo eco
Em minhas atitudes
E ninguém se importando comigo 

O que muitas vezes
É gesto de puro amor à vida
Retorna como exibicionismo 

E a solidão me deprime
Fiquei transparente para os “amigos”
Restou-me fenecer quando o sol se põe... 

Mário Feijó
30.10.12

domingo, 21 de outubro de 2012

SOZINHO


SOZINHO 

Eu não me incomodo
Com a solidão que me envolve
Mas seria delicioso
Se tu estivesses comigo 

O sol se pôs
Veio a lua sorrateira
Porém a noite tudo esconde...
Por onde tu te escondes? 

O tempo passa
E minhas rugas se acentuam
Minha vida escorre
Feito água no riacho... 

Por que será que tu
Não estás aqui me amando
Com a intensidade
Que eu te amo? 

Mário Feijó
21.10.12  

AS CORES DO AMOR


AS CORES DO AMOR 

Eu te olho esperando
Que tudo fique verde
E quando me beijas
Sinto o brilho de estrelas azuis 

Nada de sorrisos amarelos
Quero teus lábios vermelhos
Tocando meu corpo pálido
Embranquecido de amor 

Minha paixão é colorida
Faces quentes rosadas
Querem jasmins cheirosos
Ao cair da tarde cinzenta
 
O mundo branco e preto traz chuva
Sobram rosas coloridas de salmão
Que afoito eu te entrego
Durante a dança de um bolero... 

Mário Feijó
21.10.12

sábado, 20 de outubro de 2012

AMORES QUE JÁ TIVE


AMORES QUE JÁ TIVE
 

Eu já tive amores assim
Com este teu olhar
Que promete tudo
Que nada cede de si
Sem nada querer me dar
Que tudo quer de mim
E depois vai embora... 

Fui embora de mim também
Hoje moro em um abacateiro
E sempre que posso
Cuspo caroços na tua cabeça
Embora não vejas
Eu te exorcizo de mim... 

Mário Feijó
20.10.12

FELIZ


FELIZ 

Ontem um vagalume
Atormentava minhas ideias
Impelia-me a sonhar 

Eu caí na sua lábia
Peguei um arco-íris
E colori a minha vida 

Agora posso dizer:
Eu sou feliz... 

Mário Feijó

21.10.12

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

ROMANCES


ROMANCES
 

Eu já suspirei feito
Colibri por uma rosa
Toda vez que te via
E me apaixonava por um beijo 

Continuo amando assim
Mas me coração endureceu
Parece que empedrou
E minhas pernas não tremem mais 

Continuo vendo cachoeiras
Toda vez que olho em teus olhos
E sinto estrelas brilhando nos meus
Encantado quando dizem que sou “apaixonável”... 

Meus pés estão no chão
Eu não quero apenas a tua luxúria
Porque eu sonho com romances
Em tomar café na cama
Toda vez que amanhecer... 

Mário Feijó
19.10.12

AVISO


AVISO 

Algumas vezes
Não é preciso
De casa sair para
Cruzar com um canalha 

Às vezes ele veste-se de homem
Noutras é uma mulher ou um bicho
Até o vento ou a chuva fina
Podem nossa vida barbarizar... 

Fico quieto no meu canto
Mesmo assim os canalhas chegam
Querendo minha vida atormentar 

Algumas vezes isto quebra a rotina
Noutras até dá prazer
Mas cuidado com os canalhas
Eles podem destruir você... 

Mário Feijó
19.10.12

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ENTRE OS PÉS DE VENTO


ENTRE OS PÉS DE VENTO 

Foi no momento
Em que me fiz de vento
Em que me fiz de chuva
Que escorri de teus olhos
Que descobri o teu corpo
Que me arrastei por ele
Que eu caí aos teus pés... 

Mário Feijó

18.10.12  

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

CACHORROS


CACHORROS

 

 

        Eu tive um cachorro que se apaixonava por todas as cadelas vadias que encontrava mundo afora. Como eu respeito os outros e os animais (também não queria que fizessem isto comigo, estivesse eu em seu lugar), não o castrei, porém o desgraçado fez filhos a torto e a direito.

        Era um cachorro malandro. Nem “pedigree” tinha, mas escolhia a ração que queria comer. De cada ninhada sempre deixava filhotes no meu quintal.

        O cachorro fingia que me amava, porém frequentemente mordia a mão que o alimentava. Há cães assim. Alguns deles são traiçoeiros, nem todos são amigos, fieis. E este era assim...

 

Mário Feijó

17.10.12  

domingo, 14 de outubro de 2012

ESPERANDO UM NOVO AMOR


 
 
 
ESPERANDO UM NOVO AMOR
 

Como pode você querer dizer que não sou mais menino? Que sonhar e esperar são coisas de adolescentes? Acabou com minha eterna adolescência. Matou minha esperança de jamais envelhecer...

Estou só brincando... Porém alguém comentou um poema meu dizendo isto. Eu não me deixo mais influenciar por este tipo de comentário para direcionar a minha vida.

Entendo perfeitamente que meu corpo cansado, estressado e algumas vezes doente não suporta mais o pique adolescente daqueles que assim o querem. Tampouco eu uso roupas de adolescente e saio para as baladas tomando todas, mas em relação ao amor eu serei sempre um adolescente. Isto tem me deixado de pé (em todos os sentidos) sempre...

Sonhar e ser feliz é uma meta que terei até o dia da minha morte. E se levar esta consciência para a outra vida, continuarei com ela, podem ter certeza.

Eu não tenho medo de tentar sempre. De arriscar algumas vezes e de me permitir sempre que a oportunidade surge. E não é pelos inúmeros tombos que já tive que vou desistir. Penso que, talvez, pelo fato de não me preocupar muito com os outros é que eu sou relativamente feliz. Mas vou parar de dizer isto a todo momento. ou então vou pedir a Deus que te dê em dobro tudo o que me desejas. Se for inveja, se for praga, ou qualquer pensamento negativo. Se for positivo, você nem precisa das minhas orações porque, certamente, Ele já estará te presenteando, como a mim que tenho por ti amigo/amiga o maior carinho, o mesmo por aqueles que mesmo não sendo amigos também têm carinho por mim.

Ontem mesmo tive a maior decepção amorosa, mas jamais deixarei de amar as rosas porque uma delas tinha espinho e me feriu.

Algumas vezes até prefiro os jasmins que são brancos, perfumados e não têm espinhos. Noutras vezes os cravos com perfume mais forte, marcante e em determinadas horas enchem nossos olhos com tantas cores. A vida é assim: cheia de opções e gosto... cada um tem o seu. Depende às vezes, da hora, lugar e ocasião.

Agora eu amo a saudade dos momentos vividos e tento não pensar na decepção, até a hora em que um novo amor cruzar o meu caminho e cair de quatro na minha cama... quero subir pelas paredes.

 

Mário Feijó

14.10.12

sábado, 13 de outubro de 2012

AMIGOS/IRMÃOS


AMIGOS/IRMÃOS 

Eu já tive amigos
Que se diziam verdadeiros
Que se venderam
Por poucas moedas 

Amigos Judas
Amigos falsos
Que mais pareciam
Notas de três reais 

Amigos assim
Eu não quero ter
Com amigos assim
Eu não quero conviver 

Eu vivo muito bem
Com a minha solidão!
Se você quiser ser meu amigo
Seja mais que um irmão... 

Mário Feijó
13.10.12

”HOT”


”HOT” 

Eu não queria
Ficar todos os dias
Esperando o anoitecer
Para te encontrar 

Perco a luz do dia
Perco a luz do sol
A beleza que tem no dia
E o azul que está no mar 

Eu não queria
Deixar de pensar em mim
Para sonhar contigo 

Fico vendo estrelas
Em todos os olhos
Fico procurando o calor do sol
O mesmo calor que teu corpo quente tem...
 

Mário Feijó
13.10.12

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

VOU ME MUDAR PARA TEU CORAÇÃO


VOU ME MUDAR PARA TEU CORAÇÃO
 

Será que eu posso ousar?
A vida é minha!
Então penso que posso... 

Será que eu posso viver
Sem me preocupar
Com o que os outros vão pensar
Sobre a minha sanidade? 

Tenho que ter personalidade
Para seguir meu caminho
Quiçá ser um poeta maldito
Para poder ser aceito pela crítica 

Porém eu não quero
Eternizar-me na crítica
Eu quero morar dentro
Do coração das pessoas
Quando as palavras saírem do meu 

Eu quero eu entrar nos corações
Quero dentro deles fazer moradas eternas
Até transbordar em suas janelas
E cair delas numas lágrimas doces... 

Mário Feijó
10.10.12

terça-feira, 9 de outubro de 2012

QUIMERAS


QUIMERAS
 

Há uma angústia no ar.
Incontáveis são os momentos
E alguns deles deixam buracos
Como se fossem buracos negros .

Buracos negros são vazios
Minhas quimeras perdem-se
Dentro de conjecturas 

Já me perdi de mim
Onde foi eu não sei
Em que momento também
Nada consigo definir 

No entanto eu descobri
Que posso ser feliz
A partir do momento em que
Eu me permiti sonhar 

E as quimeras?
Mandei todas para
A puta que lhes pariu...
 

Mário Feijó
09.10.12

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

HÁ UM VAZIO CHEIO DE MIM



 

VAZIO

        Vazio

                 Vazio

Vazio

        Vazio

                 Vazio

 

Vazio

        Vazio

                 Vazio

 

V a z i o

        V a z i o

                 V a z i o

V a z i o

        V a z i o

                 V a z i o

 

Há um tremendo vazio
Que está cheio de mim...

 

Mário Feijó

09.10.12

DORES DENSAS


DORES DENSAS 

Tão dolorida
Quanto a dor
De ter pedras nos rins 

Tão cruel
Quanto sofrer
Por uma doença terminal 

Tão triste
Quanto o alcoolismo
O envolvimento com drogas 

Tão horrível
Quanto sofrer um acidente
E perder alguém amado 

Tão triste
Quanto o desprezo
E o desamor de “amigos” 

É amar sem ser amado
Esperar alguém que não vem
E ficar na vida abandonado... 

Mário Feijó
08.10.12

domingo, 7 de outubro de 2012

NASCENTE


NASCENTE 

Eu pensei que
Nunca mais iria amar
Então aparece você
Que me seduz e encanta 

E quando por instantes te afastas
Eu fico pensando
No bem que me fazes
No quanto é bom te tocar 

Não é só o calor do teu corpo
O que me toca e que
Eleva-me às alturas
Mas o prazer que ele me dá... 

E dos meus olhos emocionados
Descem cachoeiras caudalosas
Represadas por uma vida
Eles são nascentes pra ti...

Mário Feijó
07.10.12

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

LÁBIOS VERMELHOS


LÁBIOS VERMELHOS

 

        As flores, agora, pendiam de suas mãos e caiam no chão. Os lábios carnudos que antes o beijara estavam agora ensanguentados. O sangue escorria por sua camisola branca e pingava no chão.

        Eles fizeram amor toda a noite. E naquele momento ela se recuperava da dor daquela mordida inesperada nos lábios. Foram jogos de prazer e num momento de descontrole ele havia mordido seus lábios com mais força.

As flores no chão foram um mero acaso quando ela, não querendo sair de onde estava pegou uma toalha e a molhou na água fresca que havia colocado no vaso, para depositar as flores ele havia lhe dado. Não doía, porém assustava o sangue que não queria parar.

Foi ao frigobar e apanhou gelo que enrolou em papel toalha e colocou nos lábios. O sorriso parecia torto porque a boca estava inchada.

Ele encolheu-se na cama cheio de remorsos, pálido porque tinha horror a sangue, mas ainda morria de tesão pela noitada interrompida. Já se desculpara, porém o momento pedia pausas, tréguas.

Levantou-se da cama e encheu novamente o cálice com vinho verde, ainda muito gelado. Tudo fora tão excitante àquela noite, até aquele momento de pausa no amor. Ele havia chegado cansado do trabalho e foi direto para o banho. Enquanto ela depois de receber as flores, colocara-as em um vaso na mesinha do quarto, abriu uma garrafa de vinho verde. Estava excitada, pois passara o dia planejando aquela noite. Entrou no chuveiro com os dois cálices para logo em seguida se ajeitarem na banheira, onde ficaram bebericando e se acariciando mutuamente.

O clima úmido do banheiro com vapores d’água dava excitante e foi assim que começaram a se amar. Aquela noite prometia...

Ficaram muito tempo na banheira tocando, um o corpo do outro, enquanto consumiam o vinho delicioso.

Ela já tinha mordido suas costas, nuca e coxas. Ele, quando ela lhe ofereceu os lábios, mordera-os com um pouco mais de força, o que o fez sangrar.

As rosas vermelhas ele trouxera quando chegou e lhe entregou apaixonadamente. Ela colocara no quarto perto deles enquanto estivessem se amando. Aquelas rosas eram testemunhas da sua felicidade.

Tudo valia à pena para ela quando estava com aquele homem a quem tanto amava e não seriam apenas algumas gotas de sangue que iriam por fim ao prazer que se prometera aquela noite.

Afinal de contas todas as rosas têm espinhos e seus lábios podiam ter se ferido por um deles, quando beijou o ramalhete. E isto é o que iria alegar na manhã seguinte a quem perguntasse. Afinal o que se faz entre quatro paredes só diz respeito aos amantes...

 

Mário Feijó

06.10.12

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

REVOADA EM MEU CORAÇÃO


REVOADA EM MEU CORAÇÃO

 

Quando chegas o meu coração fica alegre e põe-se a bater mais rápido, transforma-se em árvore que no final de tarde recebe a passarinhada em algazarra.

Há uma festa em meu peito. Eu não escolho como quero viver porque a vida me impõe situações, algumas delas como presente, uma surpresa. E você está sendo assim: uma surpresa.

Eu até já pensei que não teria direito ao amor e me propunha a viver somente uma paixão, mas quando vejo já estou sonhando. E meus sonhos toda manhã alçam voo feito a passarinhada que sai da árvore em busca das emoções que o dia oferece.

Estar contigo é algo que me encanta. O meu corpo agora conhece o significado da paz e eu tenho acordado relaxado e feliz, não só pelo amor que todas as noites tu me proporcionas, mas porque eu estou curtindo este presente.

Eu nem sei se contigo acontece o mesmo. Ainda estou na fase de não me entregar totalmente. Ainda desconfio de que não seja merecedor e que tu só estas comigo pelo que eu possa fazer por ti.

Além do mais és um ser perfeito. Pareces um anjo quando sorris. Tua pele tem o cheiro da canela pura e tuas carnes me abrem o apetite.

Há uma revoada de pássaros em minha vida, sim. Uns cantam, outros fazem ninho, outros apenas encantam.

 

Mário Feijó

04.10.12

terça-feira, 2 de outubro de 2012

CONVERSANDO COM AMIGOS DA INTERNET – BATE PAPO 1


CONVERSANDO COM AMIGOS DA INTERNET – BATE PAPO 1
(eu não sei se esta conversa será útil para alguém, mas não é a primeira vez que isto acontece e eu fico sempre encantado com o carinho das pessoas. Então decidi que daqui pra frente quando a conversa for produtiva e tocar meu coração, como disse Neruda no texto acima, vou florescer o meu jardim).
 

– BATE PAPO 1

 

Ontem Edney Márcia me chamou no bate-papo, dizendo isto: - Você, Mário, parece ter o dom de captar, de atrair coisas boas e significativas. E, ainda por cima, resignifica essas coisas com poemas, poesias que aderem à alma e faz tudo fluir em tal harmonia que a gente se sente em paz. Obrigada pelo privilégio de tê-lo como meu amigo (virtual). Bom domingo.

 

Eu respondi: - Para com isto querida, você é quem está sendo encantadora. Eu escrevo o que sinto e as energias que o mundo emana. Sou mais sensível talvez para captá-las... Mas isto não me faz melhor.

 

Édnei Marcia: - Quanta coisa boa vc sente... e que maravilha de energia. Abençoado você é. Iluminado também.

 

Mário Feijó: - Deus ilumine você. Que a luz do sol que está brilhando faça sua vida mais e mais feliz.

 

Édnei Marcia:- Obrigada. Você é muito generoso. Bom domingo.

 

Mário Feijó: - Assim você me emociona. Pare com isto. Seja minha amiga, somente. Não precisa dos confetes... (risos).

 

Édnei Marcia: - Danem-se as modéstias.

 

Mário Feijó: - Obrigado.

 

Édnei Marcia: - Não fica bem negar tanto talento!

 

Mário Feijó: - Deixa pra lá então...   Mas se eu tivesse tanto talento assim teria uma editora me bancando. Tudo o que faço é com meu dinheiro, com meu esforço, recursos da minha aposentadoria. Até meus livros eu tenho que vender um por um, pois não tenho nem distribuidora. Minhas telas estão penduradas pela casa. Isto é talento? Tenho um livro infantil pronto, todo ilustrado e não tenho editora... Não queria ter que ficar de porta em porta...

 

Édnei Marcia: - Você sabiamente distribui o que de graça recebe de Deus!

 

Mário Feijó: - Quem sabe um dia alguém descubra isto e publique meus trabalhos. Enquanto isto eu tento tocar o coração das pessoas fazendo-as acreditarem mais no amor e que tudo podem porque Deus mora dentro de nós...

 

Édnei Marcia: - Essa sensibilidade, esse talento, essa magia que tanto encanta vem de uma fonte inesgotável, Deus... 

 

Mário Feijó: - Sim é verdade. E também pelo fato de acreditar em si mesmo... Ter fé é importante, então preciso primeiro acreditar em mim, que Deus está comigo, daí pra frente é tocar a vida...

 

Édnei Marcia: - Mas só os realmente bons e sábios têm a conexão. Você tem!

 

Mário Feijó: - Aprendo com as dificuldades.

 

Édnei Marcia: - Mario, de repente, Deus usa você pra chegar até os “comuns"...

 

Mário Feijó: - Às vezes eu penso que Deus é surdo e que não ouve quando agradeço, quando peço, quando grito... Mas Ele não me ouve nesta hora porque o procuro fora de mim... quando me volto pra dentro descubro que Ele ouve sim... mas o tempo de Deus é diferente do nosso... Nós queremos tudo imediatamente e Deus quer que a gente aprenda...

 

Édnei Marcia: - Ou Ele apenas te respeita

 

Mário Feijó: - Sim e respeita meu livre-arbítrio.

 

Édnei Marcia: - Por você não ver além do horizonte, onde realmente fica a glória, o reconhecimento... você está plantando coisas lindas...

 

Mário Feijó: - Imagine se Deus diante de tudo isto vai perder tempo com minhas bobagens? Ele diz "te vira cara, aprende"... Isto também é amor, e eu sei que Ele tem conhecimento do menor grão de areia nas praias... Mas sou humano e cometo erros e nesta hora também tenho minhas dúvidas, minhas abstrações, tento me ferir... O erro é inerente ao ser humano.

 

Édnei Marcia: - Não foi Cora Coralina quem disse: “Sou a mulher que arranca pedras e planta flores”? Você também planta flores, coisas bonitas e vai colher, com certeza coisas boas também. Fica bem, e continue abrilhantando nossas vidas...

 

Mário Feijó: - Vou fazer uma crônica ou escrever algo com este nosso diálogo... Posso?

 

Edney Marcia: - Fique à vontade...