terça-feira, 29 de janeiro de 2019

COM VOCÊ VEJO ESTRELAS





COM VOCÊ VEJO ESTRELAS

Eu não tenho medo de amar
O que eu tenho mesmo
É medo de te perder

E eu vejo que estou
Perdendo-te no tempo
Porque a vida tem nos desencontrado

Contigo eu queria apenas
Ver a luz do amor
Porque sempre me fazes ver estrelas

Eu queria sempre olhar o céu
E ver com você todas as estrelas
Porque sei que és meu sol

E toda vez que o vento soprar
Eu queria ouvi-lo me dizer
Que o tempo não existe
E que eu vou me encontrar em você

Mário Feijó
28.01.19

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

SONO DE PAZ




SONO DE PAZ

As dores ela já não sentia mais
Porque dentro de seu peito
Havia somente angústias  

Era como se aquela metástase
Que lhe extirpara os seios
Agora corroessem os seus pensamentos

E em desespero ela se agarrava
A toda esperança
Que lhe corriam pelas veias

De repente num susto
Ela percebera que não estava só
Havia braços fraternos ao seu redor
Desta forma pode relaxar e dormir

Mário Feijó
24.01.19

“ESTÁ NA HORA DE PARAR DE SENTIR MEDO”




“ESTÁ NA HORA DE PARAR DE SENTIR MEDO”

É chegada a hora
De parar de sentir medo
E enfrentar tudo aquilo que nos trava

O medo é uma espécie de culpa
Que nos impede de usufruir
De uma possível felicidade
Diante de tudo que é novo

E o novo significa mudança
Porém mudança dói
Dilacera a alma
E nos impede de mergulhar no escuro

O escuro pode ser um abismo
Feito a água que renova
Para viver uma nova vida
Então é chegada a hora: de parar de sentir medo

Mário Feijó
24.01.19

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

AGASALHANDO TEMPESTADES





AGASALHANDO TEMPESTADES

Longe... não muito longe
A tempestade passava
Desta vez silenciosa

Parecia querer fazer surpresas
Rodeou os quatro cantos da rosa
Que era dos ventos

No entanto bem no centro
No lugar onde eu estava
Ela só fazia sombras no céu

A tarde tornou-se gris
E quando a noite chegou
Agasalhou a tempestade
Que em seu colo, sumiu chorosa

Mário Feijó
23.01.19

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

EM SEU OLHAR




EM SEU OLHAR

Seus olhos pareciam
O leito seco de um rio
Não havia uma gota d’água

Agora por ali
Só escorriam tristezas
Mágoas? Eu nem sei se as tinha
Mas dava pra ver lá no fundo uma angústia

E para a vida passar mais rápido
Ela girava feito a lua
Gravitando em torno da terra

Outro dia eu vi
Tempestades lunares em seu olhar
Porém não havia uma gota d’água
Apenas pedras soltas cheias de limo

Mário Feijó
22.01.19

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

COITADAS DAS BRUXAS


COITADAS DAS BRUXAS

É sempre assim
Estou sempre rezando
Pelo bem de alguém
Queria saber se alguém reza por mim?

Outro dia eu soube
Que uma bruxa rogou-me uma praga
Ah! Coitada da bruxa
Caíram-lhe todos os dentes

Chego à casa de minha tia
Que senil diz: “vou orar por você”
Mas até pouco tempo
Bastava eu dar as costas, falava mal de mim

Não importa o que façam
Teço rezas pela bruxa e pela tia
É uma forma do mal não me pegar
Coitadas de suas vassouras...

Mário Feijó
14.01.19

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

DIZEM... NÃO IMPORTA O QUE DIZEM...




DIZEM... NÃO IMPORTA O QUE DIZEM...

Eu queria poder
(Embora parecesse louco)
Chegar à janela e gritar
Até ficar rouco

Era isto o que queria
Neste momento fazer
Colocando pra fora
Todos os demônios

Que me atormentam
Que infernizam minha vida
Causando tanto prejuízo
Ao meu bem viver

Porém sou “normal”
Como todos os anormais
Tenho que ser certinho
Para não ser taxado de marginal

É tarde demais
Já abri a janela
Já gritei para o mundo
Que não posso mais viver sem ti

Mário R. Feijó
02.01.19