quinta-feira, 29 de novembro de 2018

COISAS QUE NÃO QUERO PRA MIM





COISAS QUE NÃO QUERO PRA MIM

Eu não quero pra mim
A falta de sonhos
Não quero amigos que traem
Filhos que mentem
Um amor que tudo esconde
Tampouco quero dias de solidão
Cansei das noites de frio
Ou de ficar escutando vendavais

Eu não quero ver rios secos
Água poluída
Dores na alma
Boca seca
Saudade de pessoas que vão embora
Não quero mais a morte de um filho
Não quero sofrer por angústia
Nem quero a falta de abraços

Porque tudo o que eu tenho
São sentimentos de amor
E pessoas que não me compreendem

Eu só queria poder sonhar
E não estou mais acreditando em sonhos
Queria amigos sinceros
Que os filhos não mentissem
Mas todos fazem das mentiras
Um jogo de sobrevivência

E sinto a falta de um amor sincero
Que me oferecesse solidariedade
E tudo o que tenho é fumaça
Nestes dias de solidão
Nas minhas noites frias
Escutando nas janelas
Os vendavais que as açoitam
Porém tudo o que me restou
Foi esta angústia no peito
E uma estrada deserta
Que não sei para onde me leva...

Mário Feijó
28.11.18

domingo, 25 de novembro de 2018

O AMOR É ASSIM: SEM CULPAS, SEM MISTÉRIOS



O AMOR É ASSIM: SEM CULPAS, SEM MISTÉRIOS

Não importa quem
Não importa onde
Não importa se você é homem
Ou a minha mulher
O amor é assim
Cheio de mistérios
Amamos o outro
Sem olhar o sexo

E se somos felizes
Melhor que o sejamos
Intensamente felizes
Melhor fazer amor
Do que atormentar com guerras
Fazer intrigas
Fazer fofocas
E sem contar que fazer amor é bom

Não importa quem seja você
Não importa o que os outros
Pensem de você
Importa sim
Todo o bem que você me faz
E o quão feliz eu sou
Quando estamos um nos braços do outro
E eu sou feliz
Quando moro em você
Quando penso em você
Não me importo mais com os outros...

MÁRIO R. FEIJÓ

25.11.19

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

ELA CONTINUA UMA MENINA




ELA CONTINUA UMA MENINA
(para minha eterna Amiga Juliana W.)

Ah! Juliana
Você, agora mulher
Continua tão linda
Quanto aquela menina
Que foi musa de meu poema
Há mais de trinta anos

Os teus olhos verdes
Não amadureceram
E você se tornou
Uma linda mulher
Que teve lindas filhas
E ao que me parece é muito feliz

Porém acho que não devia
Ser tão magrinha
Mulheres lindas carecem de carnes
E eu se pudesse
Proibir-te-ia de fumar

Espero que você reflita
Sobre o fumo e não deixe nunca
Teus olhos amadurecerem
Porque eles feito uvas verdes
Enganam raposas
(lembra da fábula?)

Pois é! Você é esguia
Feito um parreiral
Tão doce feito uvas maduras
E na memória eu te eternizei
Como aquela menina linda
Que um dia me pediu um poema
Porque já se pensava mulher aos 15 anos

Nesta época eu te via
Como se estivesses numa torre
(Como Rapunzel) tecendo escadas
Com tuas curtas tranças

E você continua menina
A mesma menina do Sr. Leopoldo e D. Mariazinha
Porém está na hora de parar
De jogar fumaça para o ar
Continue jogando somente tuas tranças

Mário Feijó
21.11.18