sábado, 31 de agosto de 2013

O AMOR É FEITO DE ENTREGAS



O AMOR É FEITO DE ENTREGAS


A vida me ensinou
Que até mesmo grandes amores
Um dia terminam
Eu já vi muitos deles se acabar

Eu não posso te garantir um amor eterno
Mas o amor é feito de entregas
Sem esperar nada em troca
Sem esperar ser recompensado

Se o amor for verdadeiro
Não haverá cobranças
Porque tudo acontece naturalmente
O amor é feito de confiança

Assim como tudo na natureza
Que acontece naturalmente
O amor entre duas pessoas
Não carece de explicação...

Mário Feijó
01.09.13

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

NEVE, NAVES E GAT(UN)OS



NEVE, NAVES E GAT(UN)OS


Embaixo da nave
O vento que sopra
Embaixo da neve
O frio que se guarda

Embaixo da terra
Um corpo sucumbe
Em cima do chão
Pés machucados

E a nave passa
O vento virou brisa
E a neve derrete
Sob o sol que se mostra

Sobraram crianças desabrigadas
Gente no telhado feito gato
Protegendo tudo que é seu
Dos gatunos oportunistas

Mário Feijó
30.08.13

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

AMIGOS NÃO DIZEM ADEUS



AMIGOS NÃO DIZEM ADEUS

Tudo o que eu queria
Era ouvir no silêncio
Um bater de asas
E sentir o teu perfume

Adeus? Jamais te direi!
Amigos, mesmo distante,
Estão sempre próximos
Através da energia fraterna

Eu torço pela tua felicidade
Como se tua vida fosse minha
E quando te vejo feliz
Eu também me sinto assim

Quero tua saúde
Desejo tua prosperidade
Quero que sejas feliz no amor
Amizade? Terás a minha eternamente...

Mário Feijó
29.08.13

terça-feira, 27 de agosto de 2013

LACRIMÉ



LACRIMÉ

Eu já morei em vales secos
Onde girinos não nasciam
Por falta de água
Por falta de lágrimas

E as dores fervilhavam
Como se fosse lava escaldante
De um vulcão prestes
A entrar em erupção

Deixei que as lágrimas caíssem
Enfrentei os temporais
Desviei dos vendavais
E os girinos viraram sapos

Engoli-los? Jamais
Agora há flores no meu quintal
Os peixinhos nadam no lago
As lágrimas viraram uma pasta “lacrime”...

Mário Feijó
27.08.13

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

CONFUSÃO NO QUINTAL



CONFUSÃO NO QUINTAL

O cachorro que todos os dias latia
Naquela manhã apenas miava
O pinto ao invés de piar coaxava
E o sapo sem saber o que fazer piava

Era uma confusão
Maria estava no telhado
E as vacas todas no poleiro
Tudo no quintal virara um caos

Desde que resolveste partir
Ficamos todos perdidos
Sem saber para onde ir

Agora que se passaram dois anos
O cachorro já balança o rabo e late
O gato enroscasse nas minhas pernas e mia
O pinto cresceu e canta feito galo
O sapo coaxa tranquilo no riacho
Maria já desceu do telhado
E na cozinha faz seu bolo e passa as roupas
As vacas estão novamente dando leite
E até saíram do galinheiro...

Sofremos demais com a tua partida
Mas a vida continua e tudo
Embora não seja mais igual
Acostumou-se à saudade que tu deixaste...

Mário Feijó
26.08.13