segunda-feira, 27 de agosto de 2007

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

O HOMEM NU

Despido de todos os pudores
e emoções
entreguei-me a você

lábios canudos
pele queimada
bronzeada do sol
e da labuta diária

meu coração palpita
minha pele se eriça
sempre que te aproximas
toda vez que tu me tocas

acredito no amor
mas se ele não existisse
eu diria que é paixão, tesão
as vezes que não controlo
tudo o que sinto...

e nas noites solitárias
derramo-me inteiro por você
uma, duas ou muitas vezes
e na minha juventude
todos os orgasmos acontecem

pele eriçada
te espero
grito


te anseio
arfante
ofegante
completamente nu...

Olhar - Paulo Madeira (fotógrafo) - do site www.olhares.com


terça-feira, 21 de agosto de 2007

UM AMOR DE CORPO E ALMA

A noite suada de estrelas
Fugidia da morte
Surgia das cinzas
Para lhe avisar

És luz
Não solidão
És sonho
Não paixão

Então digas a ela
Que estás latente
Carente de amor
E sobrevives ao seu desprezo

E, ao nascer do sol
Feito dia de verão
Abra os braços

E tome-a em teu corpo
E a possuas por inteiro
Corpo e alma...
´
Mário Feijó

O OLHAR (O FOTOGRAFO)

O fotógrafo
Que sabe fotografar
É aquele que vai ao paraíso

E de lá nos traz lembranças
Mostra-nos como a vida é bela
E como às vezes perdemos
Tempo com detalhes pequenos...

Entre nas suas imagens
Viaje em “Olhares”
E descubra que o paraíso
É em qualquer esquina...

Ele está dentro de qualquer olhar
Aprendam com o fotógrafo
Que a beleza da vida
Está no modo com que você a vê...


Mário Feijó

(para entender melhor este poema veja a fotos no site http://www.olhares.com/)

UM ROSTO

Autor: Mário Feijó
Título: Um rosto
Dimensão: 0,50x0,50cm
Técnica: acrilico sobre tela (tela sextavada)
contatos: marfeijo@hotmail.com

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

ESTAÇÕES DA VIDA


Foto de João Viegas - http://www.olhares.com/


ESTAÇÕES DA VIDA

Quando crianças
somos a primavera
florida e cheia de vida

Quando jovens
somos o verão quente
sol ardente
uma nova estação

Quando adultos
somos o outono
cheio de frutos
em dias frios
precisamos aconchegar

Quando velhos
somos o inverno
que muitos evitam
porém o frio é inevitável sentir...



TODAS AS FORMAS DE AMOR...

Há amores de todos os jeitos
De todos os tipos
De todas as cores
De todas as formas

Há o amor por um dia
Por vezes até por momentos
Há os amores platônicos
E também os amores eternos

Há também os eternos
Enquanto duram
E há aqueles que duram
Por toda uma vida

Há os amores que só duram na saúde
E se acabam na doença
Há os que duram na riqueza
E terminam na pobreza

Há os amores de casais
Mas não se pode fechar os olhos
Para os amores entre pares
Por vezes de homens e outros de mulheres

No entanto o que vale mesmo é o amor
Sentimento que nos dá segurança, tranqüilidade
Que prolonga a nossa vida
E até traz felicidade

E parodiando Caetano Veloso
“todas as formas de amor valem a pena
Todas as formas de amor valerá”...

Mário Feijó

CAMALEÃO

Cada dia eu viajo
a lugares diferentes
eu me permito sonhar
eu me permito viver

Sonhar é um ato contínuo na vida
pois sem sonhos é como
ser embalsamado vivo
tornar-se eterno, mas opaco

No entanto penso que
até as múmias precisam
dos sonhos dos outros
para retornarem à vida

Cada dia eu sou um elemento novo
um bicho, um lugar,
um homem, uma mulher

Ontem velho, hoje jovem não importa...
continuo a sonhar
agora descanso inquieto
imaginando o que serei amanhã?

Mário Feijó

TUTANCAMON

Autor: Mário Feijó
Técnica: Acrílico sobre tela
Dimensão: 0,30x0,50cm
"A arte não é uma aplicação de uma regra de beleza, mas aquilo que o instinto e o cérebro podem conceber além de qualquer regra" (Pablo Picasso)


segunda-feira, 13 de agosto de 2007

POR QUE O VENTO VENTILA?

Eu queria saber
Por que o vento ventila?
Por que a estrela cintila?

Eu queria saber
Por que ele ventila
E não traz você pra mim?

Eu queria saber
Por que o sol brilha,
Por que os pássaros cantam,
E por que as flores se abrem?

Eu queria saber do sol
Por que ele brilha e não
Ilumina o caminho que
Poderia te trazer até a mim?

E por que os pássaros cantam
E a flores se abrem
Se não fazem você sorrir?

Eu queria saber
Por que o céu é azul,
Por que a rosa é vermelha,
Por que a saudade dói
Quando penso em você?

Eu queria saber
Por que as nuvens escondem o céu e
Fazem o meu dia chover
Se ele era um dia azul?

Agora eu já sei as respostas
A rosa roubou o rubro de teus lábios
Por ciúmes de ti e as nuvens
Vieram derramar as lágrimas que eu guardei...

Mandala da Prosperidade

Autor: Mário Feijó
Técnica: Acrílico sobre tela com aplicações em barbante e areia
Dimensão: 0,50x0,50
Contatos: Mário Feijó
Artista plástico e poeta
http://artesplasticas-poesias.blogspot.com/
www.recantodasletras.uol.com.br

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

BEIJOS & BEIJOS

Se você quiser beijar-me
venha muito mansamente
muito brandamente me acordar

eu não quero sair deste sonho
mas não deixe de me beijar,
este é um sono tranqüilo
tão cheio de paz que eu não quero acordar
jamais, jamais, jamais...

acordar agora seria um pesadelo
e viver é quase um sonho irreal
e esta realidade me assusta demais...

Se você quiser beijar-me
atente a este pedido
venha muito lentamente
feito pluma em ar quente

que balouça ao vento lentamente
mas cuidado para não me acordar
deste sonho com você
onde eu não quero sair...

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

DOCE ILUSÃO

Venha...
Ame-me e até me engane
Mas não diga nada
Agora ou depois
Não importa...

Vá...
Sem dizer que vai
Ou porque o faz
Deixe-me viver a ilusão
Que a prefiro à solidão
De saber que mentes
E que quando estás comigo
Estás ausente...

Cale...
A verdade amarga
Fale...
A doce mentira
Que desejo ouvir
Mesmo sabendo que mentes
Quero me iludir
E pelo menos na mentira
Sentir-te perto de mim...

Sorria...
Mesmo que estejas chorando
Teu amor ausente
E eu aqui presente
Pedindo-te amor
Chorando quando querias sorrir
Porque sinto em teus olhos
Tua vontade de partir...

AMOR INFINITO



Eu choro porque te amo
E também porque sinto saudades
E você parece não se importar:
Se eu vivo, se respiro, se sinto dor

Meu amor por você é incondicional
Mas isto faz com que me trate
Como se eu fosse um trapo velho –
Sem importância...

E a distância que nos separa
É o tamanho da saudade
É a ingratidão que me tens...

E veja que a distância
Não deveria ser um empecilho
E o amor poderia ser a ponte que nos une

Mas não importa nada disto
O que sempre importa é o que eu posso te dar
E o tamanho do teu amor é sempre proporcional
A tudo que eu te dou – que para você é pouco

Eu queria te cobrir de jóias
E todas as riquezas do mundo colocar aos teus pés,
Para que os ”homens” dizem te amar percebessem
Que tu és minha princesa e te respeitassem

Mas será que só estes valores materiais importam?
E o meu amor, a quem importa?
Acho que é um amor transcendental
Pois é inexplicável, inesgotável e infinito

Meu amor por você ainda está nas lembranças
De quando tuas mãos inseguras
Procuravam o meu colo e segurar as minhas
Que hoje estão distantes e sofrem a dor da separação...