sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

AS MARCAS DO POETA





Você não tem marcas particulares
É apenas uma imagem
Que tenta sobreviver à minha atenção
Eu sou poeta e vivo de toques, cheiros e gostos... 

É agora apenas uma imagem
Uma marca no ar
Um retrato sem vida
Que ainda tento abraçar 

Uma mente senil
Perde-as todas ao tempo
No vento dos dias
Ao relento das horas... 

Eu preciso te tocar
Morder teus lábios
Sentir teu gosto
Para depois morrer
Em um natal qualquer...


Mário Feijó
17.02.12

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