sexta-feira, 3 de agosto de 2012

IMORTAL


IMORTAL 

Passam-se as horas
E em cada segundo
Eu me sinto esvaindo
Como se fosse água
Escorrendo dum vazamento
Não sabemos como começou
Nem para onde ela irá... 

E cada dia que passa
O meu corpo assustado
Vê suas células envelhecendo
Apenas com as plumas da minh’alma
Que dizem algo quando cresce... 

Eu não penso como imortal
Porque sei que tenho corpo finito
Então me assusto
Com os dias, com as noites
E com o tempo perdido... 

Nestas horas lembro
Que tenho que construir
Lições para o aprendizado
De em algum momento
No tempo ser imortal novamente... 

Mário Feijó
03.07.12  

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