No colégio, onde Daiane cursava o
2º. Grau, passaram um tema e os meninos lhe disseram que para a história ganhar
veracidade, ela tinha que ir a um cemitério e colocar embaixo da tampa de um
túmulo, a história que fora escrita.
Ela fez isto, porém na hora de
sair havia no caminho dois cones de cimento, cheios de areia e ao dar um passo
na direção deles, estes se moveram quase um metro para os lados. Daiane pensou
que seus olhos estavam lhe enganando. Deu um passo pra trás e eles fizeram o
mesmo se arrastando em sua direção. Daiane ficou apavorada e correu desesperada
para fora do cemitério.
No caminho perdeu uma sandália e
quase torceu o pé. Entrou no carro dos meninos que lhe esperavam na frente e
gritou:
- Corram, acelerem o carro.
Márcio ainda perguntou:
- Fez o que lhe dissemos?
Daiane com os olhos arregalados,
não falava, só mexia com a cabeça.
Ao chegar em casa os meninos
foram buscar um copo com água e depois pediram que lhes contasse o que
aconteceu. Passada a tremedeira e o susto Daiane conta todos os fatos e diz que
nunca mais duvidará de qualquer história que lhe contem, muito menos quando
envolver fantasmas ou o dia das bruxas.
E no colégio, ao invés de contar
a história sobre o tema preparado que era se
você achar um livro na rua, o que fará?
Ao terminar a narrativa todos
bateram palmas. A maioria certamente pensou que Daiane havia criado a história
e não que isto lhe acontecera de verdade, enquanto ela concluía que de alguma
forma havia levado um tremendo fora.
Mário Feijó
Out/2011
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