quinta-feira, 24 de março de 2011

AMOR INCOMUM


Era apenas uma Rosa
Vermelha fingindo-se menstruada
Amarelou feito muitas das rosas...

O Cravo não! Mentiu o Jasmim.
Entrou na conversa o Lírio
Trazia um galho d’Alecrim
Enganaram Dálias e Orquídeas

Não havia pudor!
Tudo era permitido
Em nome do amor
Pena que sem nexo
Nem de sexo ele lembrou...

Violeta violenta
O seu corpo derrubou
Caiu num Copo-de-Leite
Fingindo que s’afogou...

Pobre da Margarida
Simples mas singela
O Crisântemo e a Tulipa
Que s’amavam na janela...

Mário Feijó
24.03.11

Um comentário:

Rosa Mattos disse...

Puxa, que bacana! Uma ópera encenada no jardim. Gostei.


Parabés, Mário. {vou dar uma lida em outros poemas seus}