quarta-feira, 9 de março de 2011

ALGUÉM E NINGUÉM


Há dias que eu sou
Flor em um jardim
Não sou fera, nem bicho

Há uns que me olham
Como se vissem lixo
E eu sou apenas um ser qualquer

Uns pensam que não tenho sentimento
Outros nada por mim sentem
Nestas horas eu me recolho
À minha pobre insignificância...

Tudo o que eu queria
Era somente amar e ser amado
Nunca julgado como na inquisição
E têm ainda dias em que minhas mágicas
Fazem-me acreditar nas bruxas de Salém

Noutros eu me sinto apenas um inseto
Sendo pisoteado por alguém
Que geralmente é o quem eu chamo de “ninguém”...

Mário Feijó
09.03.11

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