sábado, 14 de abril de 2012

PONTO FINAL





Pronto! Estou colocando pontos finais
Em algumas histórias vividas
Nada de ponto e vírgula e olha que
Eu já vivi muitas exclamações, mas agora
Vivo um tempo de muita interrogações... 

Bastar-me-ia dizer-te: acabou!
Dando ênfase aos dois pontos
E também à exclamação
Porém você parece não entender 

É que já ouve muitas reticências entre nós
Agora não é mais possível
Só um ponto final resolverá nossos destinos
Dará um caminho às nossas vidas... 

Chega de gritos, de travessões que machucam
O coração como se fossem espinhos
Nada de pausas, paradas, capítulos
Entre nós agora só cabe um ponto final... 

Mário Feijó
14.04.12

quinta-feira, 12 de abril de 2012

FLORES DE MARACUJÁ






Não é só você quem quer
Algo de muito bom em sua vida
Como eu gostaria na minha
Um banho de gato não te bastaria

Deixaríamos que a chuva banhasse
Teu corpo selvagem nascido
Numa tribo asteca do deserto mexicano
Então se banhe no rio, eu te ensaboo 

Apanharei flores de maracujá
E ensaboarei todo o teu corpo
No meio do deserto há oásis
E para nós também é um refúgio 

Bem que eu gostaria de estar ao teu lado
Mas tudo nos distancia – o tempo, o vento e a hora –
Agora eu só espero tuas carícias
Quando nas quartas houver cinzas, as minhas e as tuas... 

Mário Feijó
12.04.12

CACARECOS





Depois de alguns descasamentos
De alguns desencontros e de
Uns tantos desamores cheguei à conclusão
De que eu e minha vida não passamos de cacarecos 

São cacarecos de sentimentos
Cacarecos de coisinhas pequenas:
Livros, discos, colheres, abridores
Mas o que eu queria mesmo eram fechadores 

Fechadores de portas, de coração
Lacradores de dores e prensadores de amores
Plissadores de carinho para que não fossem escorregadios
Porque carinho bom é aquele que fica na pele 

Eu estou cada vez mais certo
De que meus cacarecos um dia
Formarão uma montanha e subindo por ela
No céu eu poderei tocar... para isto eles servem...


Mário Feijó
12.04.12

AMOR DÓI





Poderia ser diferente
Mas por que só a dor
Tem que prevalecer? 

Eu não entendo o amor
Ele sempre se faz acompanhar
Por momentos de dor
Para só depois se explicar 

Enquanto isto chove
Dentro da minha cabeça
As lágrimas deste amor sentido
Sem sentido, desmesurado, desmentido... 

O que eu faço sem teus toques
Enquanto tu cavalgas por estrelas
Muito além de mim, muito aquém do meu corpo
Que não se contenta só com o ontem
Porque eu te quero presente... 

Mário Feijó
12.04.12

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Mario Feijo - Poeta e Artista Plastico: O ESPELHO

Mario Feijo - Poeta e Artista Plastico: O ESPELHO: No espelho da sala eu descubro a minha viuvez. Sim ela estava patente na pele alva que o sol daquele ano, ainda não havia tocado. ...

O ESPELHO





No espelho da sala eu descubro a minha viuvez. Sim ela estava patente na pele alva que o sol daquele ano, ainda não havia tocado. Todo o meu corpo escondia-se nos prantos que eu derramava por ti e eu definhava na dor da tua não presença.

Mas o espelho era cruel e parecia me chamar para dentro dele ao teu encontro, como se me oferecesse os abraços que eu precisava. No entanto havia em mim um resto de anos que teimava por existir. Eu nem sabia se por carma ou por teimosia mesmo.

E foi então que eu comecei a ficar indignado. É verdade, indignado mesmo. Algumas vezes reagimos e vivemos por indignação. Visto que viver por viver é simplesmente morrer aos poucos.

Eu bem que podia ter morrido. Pensava que já tinha cumprido tudo na vida, mas eu não tinha experimentado viver por indignação.

Há pessoas que tecem a morte e para desgosto destas eu sobrevivo.

Agora vivo para agradar aos peixes e às plantas. Eu sobrevivo para agradar as rosas que morriam sem mim e até as sempre-vivas que pareciam desesperadas.  Mas eu também sobrevivo para arrancar ervas daninhas, para ver as joaninhas passeando por meu jardim que não tem sapos, como no jardim de Yara que mora do outro lado do mapa.

Eu sei que cada canto do mundo tem a sua diversidade e no meu jardim há um universo encantado. Há nele duendes e um pote de ouro que o arco-íris esconde na poupança. Pobre coitado, tão avarento, jamais desconfiou que eu quero sentimentos, como amor, solidariedade, paixão, não miseráveis moedas empilhadas, umas em cima das outras. Isto é com Judas que vendeu seu amigo por um punhado delas. Eu quero apenas vida, no sentido mais visceral da palavra.

Por isto o espelho não me chama mais...



Mário Feijó

09.04.12

sábado, 7 de abril de 2012

DOIS CAMINHOS UMA ESCOLHA






Fazer a caridade
Não nos torna ricos
Não nos torna santos
Não nos torna melhores


Se assim fosse
Madre Tereza de Calcutá
Doando-se ao próximo
Seria multimilionária...


O que nos torna ricos é ser político
Praticar delitos, roubar, ser traficante
Mas isto não nos torna santos
Nem tampouco seres melhores...


Cada um de nós faz escolhas
Sobre o caminho a seguir
E também escolher o que se quer:
Ter... ou Ser??? 

Mário Feijó
07.04.12

O GOSTO QUE TEMOS




Algumas vezes é preciso
Experimentar o gosto
Que o outro tem 

Sim! Pois tem gente
Que tem gosto de fruta madura
Outros de melão azedo e alguns
De pudim de cachaça e cinzeiro... 

Eu gosto do teu gosto
De cachoeira fresca
De sorvete de limão
De jabuticaba madura... 

Do teu ar de potranca selvagem
Da tua pele sedosa de pêssego
Do teu olhar que me abraça
Como se fora uma ovelha que me aquece... 

Mário Feijó
07.04.12

sexta-feira, 6 de abril de 2012

METÁFORAS




Eu preciso de metáforas
Para colocar em meus versos
Disseram-me que estão amargos
Coloquei neles muitas flores: girassóis e outras
Com a intenção de atrair abelhas
Mas elas fazem mel longe de mim
E as borboletas que por aqui passaram
Morreram todas ontem... 

Há lagartas sim
Que eu quando criança
Matava-as com medo... 

Por que é que ninguém diz às crianças
Que lagartas são futuras borboletas? 

Acho que minhas metáforas
Foram todas mortas
Quando pisei nas lagartas de outrora
E agora nem meus girassóis querem girar mais 

Há somente luzes
Que se acendem sozinhas
Talvez elas queiram me dizer algo
Ou simplesmente me mostrar as metáforas... 

Mário Feijó
06.04.12

quinta-feira, 5 de abril de 2012

HOJE






Hoje é um dia jamais sonhado

Que apesar das dificuldades

Que apesar das saudades

Me proporciona a consegue do ser que eu sou



Hoje eu sou resultado de meus atos

Do que eu penso, do que eu quis

E do que as pessoas próximas

Ajudaram nesta construção



Não há o que lamentar

Não há o que parar no tempo

Porque o ontem pode conter as saudades

Mas é no hoje que está a minha estrada...



Mário Feijó
05.04.12

A MENINA DO BALANÇO






        Larissa era uma menina tão doce que parecia haver mel nos seus abraços. Outro dia ela “descabelada” veio em minha direção e eu lhe disse:

- Larissa, ainda não penteaste o cabelo? Ao que ela me respondeu:

- É que você é muito mais importante pra mim, vô. Então eu vim primeiro te dar um beijo.

Ela me desarmou com isto.

Larissa não quer ler! Larissa não quer estudar. Larissa nunca tem deveres. Larissa só gosta de se balançar na rede como se estivesse pendurada num balanço amarrado embaixo de uma árvore. E Larissa balança tanto que já destruiu oito fones de ouvido do seu celular que ela rebenta na rede. Ela nem quer créditos no celular, basta escutar músicas.

Algumas vezes eu ficava preocupado pensando que ela não tinha inteligência para os estudos, mas outro dia estávamos viajando e para passar o tempo brincamos de jogo de perguntas e adivinhação e Lara, sua irmã, onze meses mais velha, sempre metida à sabichona e que em algumas horas chama a Larissa de burra desistiu do jogo porque a Larissa respondia questões gerais, de história, geografia e matemática, mais rápido e certo que ela. Antes do final da viagem a Lara tinha um bico maior que um tucano e a Larissa um sorriso enorme no rosto.

Passei a lhe dar mais crédito e a fazer a irmã respeitá-la mais. Agora a Larissa balança na rede os seus cabelos lisos e despenteados à vontade e eu não exijo tanto dela os deveres. Afinal eu também era assim “meio infantil”, conforme definição dela própria, e eu acabei conquistando o respeito das pessoas como profissional liberal, professor e escritor.

Quanto ao futuro de Larissa eu não sei, pois não consigo fazer previsões, mas estou deixando-a usufruir da inocente criança que conscientemente ela cultiva na idade certa.



Mário Feijó

05.04.10  

AMOR E FIDELIDADE





Ser fiel é uma responsabilidade

Por alguém com quem compartilhamos algo

Amor exige fidelidade...



Mário Feijó

05.04.12

quarta-feira, 4 de abril de 2012

APRENDE-SE





Aprende-se com a vida
A ser flexível sem quebrar
Que dores teremos sempre
E que elas nos estimulam  

Não podemos fugir de nós
Tampouco ser autista por opção
Ver uma pedra no caminho
E tropeçar, sem contorná-la... 

Há sinais de fumaça
Eu desperto, porém sigo
Cada um dos meus instintos
Cuidando de mim, não da vida dos outros... 

Aprende-se amando
Respeitando a si e aos outros
O resto o mundo mostra
E diante dos vendavais envergamos
Só assim não quebraremos diante deles...


Mário Feijó
03.04.12

O SOL DO QUINTAL DA TIA LOURDES





Fazia uma tarde brilhante. Dessas que parece ter Tia Lourdes passado saponáceo no sol, de tão reluzente que ele se fazia.

Tia Lourdes era dessas mulheres que mesmo com oitenta e tantos anos se achava na obrigação de tudo limpar, e de tudo arear... talvez até o sol ela areasse, pensava eu.

Tia Lourdes era uma daquelas idosas que mesmo alquebrada pela idade sempre me parecia uma adolescente. Seus cabelos eram tão brancos que de tão brancos eu tinha a impressão de que ela lavava com sabão em pó para clareá-los, como fazia com as roupas. E os seus olhos então. Os seus olhos eram tão azuis, como os olhos do céu naquela tarde. Não havia uma nuvem nele. Ela era pra mim o protótipo de todos os seres que já passaram pela minha família, desde os meus pais aos meus avós, maternos e paternos, e meus irmãos e tios.

Tia Lordes era uma mulher linda, desde a juventude. Eu comparava sua beleza a beleza da Virgem Maria que ela tanto venerava na igreja que ia.

Eu lembro que na casa de tia Lourdes haviam chinelos para andar dentro de casa, chinelos para andar na área cimentada e com pisos e chinelos para andar no quintal. E o quintal era uma beleza. Lá haviam muitas frutas e flores e as flores que eu mais gostava no quintal de Tia Lourdes eram os lírios e os copos-de-leite. Mas as orquídeas também causavam inveja aos transeuntes. E naquele quintal “o que se plantava dava”.

Há alguns anos eu chupei bergamotas e resolvi jogar as sementes num canto, agora quando vou visitá-la no mês de maio há sempre bergamotas (tangerina ou mexerica, como chamam alguns).

Algumas vezes eu penso que por ela limpar tudo, até o céu do quintal da Tia Lourdes é mais limpos e quiçá seja por isto que os copos-de-leite e os lírios do seu quintal sejam tão brancos.

Agora que minhas lembranças do passado brotaram como se fossem a nascente de um rio. Eu clareio minha mente com o sol do quintal da Tia Lourdes.



Mário Feijó

03.04.12

terça-feira, 3 de abril de 2012

MENINO QUE VOA






Eu já não me importo
Com meus cabelos encanecidos
Que me fazem ficar
Com cara de avô
(pois é isto o que sou)... 

Também não me importo
Com a minh’alma que continua
Correndo descalça na chuva


Nem tampouco com os meus braços
Que se abrem toda vez que venta
Porque eu continuo sonhando
Que tenho asas e vou voar...


Mário Feijó
03.04.12

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O PRIMEIRO BEIJO








Eu agora sou aquele menino

Que enrubesce quando tu

Seguras na minha mão e dizes

Eu quero ser tua namorada



Então meio sem graça

Em frente à porteira do campo

Onde sua avó mora

Ele a segura e dá o primeiro beijo



Tu que já esperavas por isto há tempos

Dizes fingindo inocência

Ah! Mas em frente à porteira?

Todos irão nos ver...



Aí ele de calças curtas

Corre para casa, coração disparado

Enquanto ela toda frajola

Sai rodando o seu vestido rodado de chita, feliz...



Mário Feijó

02.04.12

Mario Feijo - Poeta e Artista Plastico: GRITO SILENCIOSO

Mario Feijo - Poeta e Artista Plastico: GRITO SILENCIOSO: Eu só clamo por ti Mas o que eu queria mesmo Era gritar teu nome e que Eu sinto a tua falta   Mas o universo é tão grande...

GRITO SILENCIOSO





Eu só clamo por ti
Mas o que eu queria mesmo
Era gritar teu nome e que
Eu sinto a tua falta 

Mas o universo é tão grande
E eu não sei onde te encontrar
Ainda por cima tenho medo que meu grito
Torne as estrelas cadentes... 

Há dias em que meu grito é silencioso
Noutros eu só falo com as paredes
Mas ainda há aqueles em que
A saudade é tanta que eu tenho
Que chorar escondido...


Mário Feijó
02.04.12

domingo, 1 de abril de 2012

AS MÁSCARAS CAÍRAM?






Algumas pessoas
Ao invés de serem honestas
Preferem ser falsas
Agindo na surdina 

Outras mandam alguém
Para fazer o serviço sujo
E posam de boazinhas 

Seria tão mais fácil
Olhar nos olhos da gente
E dizer tudo o que pensam
Então conseguiriam o que querem 

Então preferem tentar
Destruir a imagem do outro
Mas elas não têm cacife
Porque são pessoas podres... 

Mário Feijó
01.04.12

CONVERSA SÉRIA COM DEUS



Eu já tive algumas conversas sérias com Deus, mas no último natal eu cheguei a discutir com Ele. Eu não entendia porque eu tinha que sobreviver e tu não.

Eu não entendia também porque as pessoas que vinham para me ajudar aproveitavam para saquear. É incompreensível isto num ser civilizado. Será que na desgraça dos outros soltamos o criminoso que está preso dentro de nós? E por que motivo isto acontece? Por que motivo tudo é mais difícil nas horas difíceis? As mãos que te são estendidas algumas vezes são bocarras que querem te devorar, aproveitando-se da tua fragilidade... Por isto eu algumas vezes me refiro às pessoas que fazem isto como se fossem abutres (coitados dos abutres, esta é a natureza deles, limpar a natureza), mas as pessoas que agem assim, não estão limpando nada, além de sujar as suas consciências.

Mas voltando à minha discussão com Deus. Eu penso que pelo menos umas 3000 vezes eu repeti o seu nome, isto talvez tenha me feito sobreviver, pois com sangramento no pulmão e sem respirar direito, o esforço me deixou consciente. Segundo foi o desespero de ver ao meu lado outro ser humano na mesma situação que eu, mas que não teve a mesma chance de lutar pela sua sobrevivência. Esta eu até entendo, ela sempre foi apressada, e partiu na frente.

Discutir com Deus não quer dizer estar indignado com Ele, mas querer respostas. E naquele momento eu queria respostas. Agora eu ainda as quero, não sei quando as terei...

Viver é um aprendizado. Viver com dores é um aprendizado maior. E não ter respostas: um exercício de paciência.

Mário Feijó (31.03.12)

UMA MISTURA DE SAUDADES





A alma da gente é feito a água: ela vem do céu e volta pro céu, num eterno ir e vir... Goethe





Somos muito pequenos

Para entender a grandiosidade de Deus

Para entender a grandiosidade do universo

No tempo somos menos que uma borboleta

Que vive apenas 24 horas...



Alguns ainda pensam que são

Maiores que os outros

Quando não passamos

De poeira cósmica...



Agora eu sinto saudades

Numa mistura de dores n’alma

Numa mistura de nulidade

Numa certeza de pequenez finita...



Neste momento tudo o que eu queria

Era ser o nada para então me recolher

A tudo o que eu sempre fui...



Mário Feijó

31.03.12

sexta-feira, 30 de março de 2012

NA PRAIA COM AMIGOS






Era um dia quente no final do verão, Daiane combinou com seus colegas de escola fazer um passeio na praia. O objetivo era uma confraternização, visto que as aulas estavam reiniciando.

No entanto assim que viram as dunas, Vitória e Ana Júlia muito afoitas, como se nunca tivessem visto o mar, atiraram-se com roupa e tudo. Depois ficaram batendo queixo e tremendo de frio, estragando a alegria do piquenique. Uma boa parte dos colegas influenciados pelas duas fez o mesmo. Só os mais ajuizados esperaram a opinião do professor, já que o objetivo não era este, mas sim colher subsidio para um trabalho de aula.

Um dia na praia, sempre é um motivo de felicidade para qualquer criança, para qualquer adolescente, mas o mar tem que ser respeitado, principalmente os mares abertos, como são os mares do Rio Grande do Sul. Os perigos sempre se fazem presentes e um dia de felicidade e de irresponsabilidade pode também ser um dia fatal em nossas vidas. E fatalidade não manda avisos.

O número de salvamentos realizados pelos salva-vidas nos litorais Norte e Sul e balneários de águas internas chegou a 1.022 até às 13h do dia 15/3/12, segundo levantamento apresentado pela 42ª Operação Golfinho. O índice é 47% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram resgatadas 1.919 pessoas. A Operação Golfinho teve início em 17 de dezembro.

As mortes por afogamento também apresentaram redução. Os dados divulgados pela operação mostram o perfil das pessoas que mais se arriscam. A maioria dos resgates aconteceu entre as 14h30 e 19h e envolveu rapazes entre 11 e 20 anos.

Para o comandante dos salva-vidas, tenente-coronel Rogério Alberche, é fundamental que se conheça as áreas de banho antes de entrar na água. "Seja mar, rio ou lago, é importantíssimo conhecer o local, saber se há pedras ou madeiras, e banhar-se com água até a cintura". Outro conselho dos salva-vidas é que o banhista mantenha-se calmo ao constatar a impossibilidade de retornar sozinho à beira da praia. "Neste caso, o importante é manter a calma e procurar boiar na água até a chegada dos salva-vidas".

Assim sendo, penso eu que o mar ou até mesmo um local com águas paradas, mas desconhecidas, deve ser respeitado.

Pensem nisto colegas e aproveitem muitos verões que virão e tirem dos erros cometidos lições para não repetirem o que fizeram outro dia, pois segundo o professor me falou ele não mais os levará para fazerem passeios pelas ruas...

Beijos da Colega Daiane


 
Mário Feijó
30.03.12

_____________________
* Exercício tema com minha personagem onde os alunos também receberam a incumbência de escrever sobre um piquinique na praia...

http://www.recantodasletras.com.br/escrivaninha/publicacoes/index.php

quinta-feira, 29 de março de 2012

D’US





Deus
D’us
D’eu 

        Daqui
        Dalí
        De lá
        De cá 

Ágora
Agora
Águia
Atila  

        Ágil
        Argila
        De um Deus
        Que tudo cria 

Criador
Criatura
Creia-me
Cred’us


Mário Feijó
28.03.12







[i] D-us, ou D'us, é uma das formas utilizadas por alguns judeus de língua portuguesa para se referirem a Deus sem citar seu nome completo.

NOSSAS MARCAS






Sopra o vento
Na beira da praia
E eu te procurava no horizonte
Quando lágrimas caíram nas dunas


Cada gota no chão
É uma palavra de saudade
São as marcas do nosso silêncio...


Mário Feijó
28.03.12


FLORES PARA VOCÊ




As minhas dores
Nem viraram flores
Que eu pudesse
A ti entregar
Elas viraram espinhos
Viraram cruzes
Que eu carrego
Com dificuldades...

As minhas dores
Hoje são sementes
Que plantei no solo
Esperando um dia brotar
São girassóis, rosas amarelas
Amores perfeitos, crisântemos,
Antúrios que eu planto
Todos para te dar... 

Mário Feijó
28.03.12

RENOVANDO SONHOS





Havia muitos sonhos

Todos sonhos nossos

Restaram só os meus envelhecidos...



Mário Feijó

29.03.12

SÓ VOCÊ





Só um surdo
Para não ouvir meus lamentos! 

Só um mudo
Para me ouvir
E não contar meus segredos! 

Só um mouco
Para não fazer pouco
De tudo o que eu passo
E dos meus passos
No espaço que tenho... 

Só um louco
Para me abrir os braços
Encher-me de abraços
Sem nada pedir... 

Mário Feijó
29.03.12

MÁGICAS DO TEMPO






Há poucas horas nos meus dias
E os dias do meu tempo somem
Desaparecem todos feito o coelho
Que eu tirava todos os dias da cartola 

E agora? Bem agora
Chamam-me de louco
Mas quem não é?
Eles que se dizem donos da verdade? 

Certamente que não o serão!
Cadê meu coelho? Onde está minha cartola?
Nestes tempos de hoje
Todos querem fazer mágica 

Certamente que por isto
Não me sobra mais tempo
Porque tenho somente tempo para contar
Todas as mágicas que faço para sobreviver... 

Mário Feijó
29.03.12

terça-feira, 27 de março de 2012

Mario Feijo - Poeta e Artista Plastico: TARADO

Mario Feijo - Poeta e Artista Plastico: TARADO: Ganhei um pequeno gatinho Que desde pequeno Assim que me via Vinha malandramente O seu rabo encostar em mim   Eu ainda ...

Mario Feijo - Poeta e Artista Plastico: PRECISO DE ABRAÇOS

Mario Feijo - Poeta e Artista Plastico: PRECISO DE ABRAÇOS: Justo na hora em que Eu mais preciso de abraços Não posso recebê-los   Tenho que resguardar meus costais Para só daqui a alg...

PRECISO DE ABRAÇOS




Justo na hora em que
Eu mais preciso de abraços
Não posso recebê-los 

Tenho que resguardar meus costais
Para só daqui a algum tempo
Receber novos abraços apertados... 

Minha neta hoje me disse
- Vô eu queria te dar um abraço apertado,
Que pena que não posso!
Guarde teus abraços Larissa
Eu vou cobrá-los todos... 

Houve um tempo
Em que eu queria
Que o tempo parasse
Agora eu quero a sua celeridade
Nem me importo mais
Que eu não seja eterno... 

Mário Feijó
27.03.12

TARADO






Ganhei um pequeno gatinho
Que desde pequeno
Assim que me via
Vinha malandramente
O seu rabo encostar em mim 

Eu ainda não tinha um nome
Para dar aquele gato
E com certeza não cabia outro
Além de Tarado, sim ele era tarado em mim... 

Se Tarado me visse miava
Sempre querendo comer
Ou pedindo um colo
Ele era assim, manhoso e guloso... 

E Tarado cresceu
Enquanto eu envelhecia
E não combinava mais
Tarado enroscado em minhas pernas. 

Tentei impedi-lo, enxotando-o
Até que Tarado entendeu aquilo
Como uma rejeição e sumiu para sempre... 

Mário Feijó
27.03.12

segunda-feira, 26 de março de 2012

VAIDADE NA GAIOLA






Outro dia eu prendi
Minha vaidade na gaiola
Me despi do verbo
E me vesti de versos e de substantivos
Joguei fora os advérbios
Amarrei alguns pronomes... 

Depois... depois eu visitei meus anjos
Que haviam fugido de minha gaveta
E deixei meus demônios
Todos a pão e água...

E a vaidade lá... presa na gaiola
Toda se fingindo de inocente
Gemendo, quase morta,
Ficando seu destino a lamentar... 

Não me penalizei
Ela não é bicho fácil de lidar
Portanto não é bom facilitar
Olho na gaiola e chave escondida... 

Mário Feijó
26.03.12

ALMA TRANSGRESSORA





Eu penso que minh’alma
É assim meio transgressora
Quando não sente culpas
Quando não acredita em pecados 

Ela é capaz de qualquer coisa
Quando o assunto é amor
Não sofre culpas
Apenas respeita os outros

E quando minh’alma ama
Vive um amor sem limites
Incondicional e se entrega 

Minh’alma transgressora
É feito a duna no deserto
Que todo dia muda de lugar... 

Mário Feijó
26.03.12

domingo, 25 de março de 2012

ENTRESSAFRA DO AMOR




Eu não sei
Se o amor na vida da gente
Também passa por períodos
De safra e entressafra 

Parece-me que no momento
Nada que eu plante
Em meu coração dará flores
Então eu aproveito e guardo sementes 

Quiçá um dia
Eu sinta uma raiz fisgando
Assim eu o regarei
Para ver se consigo colher algum fruto 

Meu chão no momento está árido
Nenhuma semente germina
Vivo dias de desânimo
Mas há esperanças plantadas em meu coração... 

Mário Feijó
24.03.12

sábado, 24 de março de 2012

Mario Feijo - Poeta e Artista Plastico: O AMOR

Mario Feijo - Poeta e Artista Plastico: O AMOR:   Eu não sei se o amor tem períodos de entressafra, mas no caso de dúvidas guardei algumas sementes. Mário Feijó 24.03.12...

O AMOR






 Eu não sei se o amor tem períodos de entressafra, mas no caso de dúvidas guardei algumas sementes.



Mário Feijó

24.03.12

sexta-feira, 23 de março de 2012