segunda-feira, 26 de março de 2012

VAIDADE NA GAIOLA






Outro dia eu prendi
Minha vaidade na gaiola
Me despi do verbo
E me vesti de versos e de substantivos
Joguei fora os advérbios
Amarrei alguns pronomes... 

Depois... depois eu visitei meus anjos
Que haviam fugido de minha gaveta
E deixei meus demônios
Todos a pão e água...

E a vaidade lá... presa na gaiola
Toda se fingindo de inocente
Gemendo, quase morta,
Ficando seu destino a lamentar... 

Não me penalizei
Ela não é bicho fácil de lidar
Portanto não é bom facilitar
Olho na gaiola e chave escondida... 

Mário Feijó
26.03.12

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