terça-feira, 27 de março de 2012

TARADO






Ganhei um pequeno gatinho
Que desde pequeno
Assim que me via
Vinha malandramente
O seu rabo encostar em mim 

Eu ainda não tinha um nome
Para dar aquele gato
E com certeza não cabia outro
Além de Tarado, sim ele era tarado em mim... 

Se Tarado me visse miava
Sempre querendo comer
Ou pedindo um colo
Ele era assim, manhoso e guloso... 

E Tarado cresceu
Enquanto eu envelhecia
E não combinava mais
Tarado enroscado em minhas pernas. 

Tentei impedi-lo, enxotando-o
Até que Tarado entendeu aquilo
Como uma rejeição e sumiu para sempre... 

Mário Feijó
27.03.12

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