quarta-feira, 4 de maio de 2011

UM AMOR NADA CONVENCIONAL


Um cavalo marinho
Grávido de si (estes animais
Se autofecundam)
Passou disparado
Quando eu estava à beira-mar.
Não sei se a pressa era
Porque ia para a maternidade
Ou porque lembrou que tinha
Um encontro consigo
E não poderia atrasar!
Deve ser ótimo não precisar de ninguém
Para ser mãe ou pai de seus filhos
E se a relação não desse certo
Nem era preciso se divorciar...
É o máximo ser dono do seu próprio
Destino amoroso, ser dono do seu próprio gozo
E viver em comunhão consigo próprio...



Mário Feijó
04.05.11

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