quarta-feira, 20 de agosto de 2014

PATÉTICO



TÃO PATÉTICO

A idade imprime em nossos ossos
Uma imobilidade antes desconhecida
Eu pulava, trepava em árvores
E corria de abelhas furiosas

Agora me misturo à poeira
Que se acumula pelo chão
E me perco entre os ácaros
Que se alimentam de restos meus

Somos quase patéticos
Quando o cansaço do corpo frágil
Diminui nossos sorrisos às travessuras do mundo

Há nas juntas partes difusas
Que não se ajudam mais
E o cansaço do corpo nos prostram nos cantos...

Mário Feijó
20.08.14

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