ROSA ENGANADA
Quem foi que ousou
Roubar da minha vida o sossego?
Perguntou-me a Rosa esquálida,
Branca e sem perfume...
Quem será que entrou em meu quarto
Fazendo parte dos meus sonhos
Que desarticulou a minha vida e depois sumiu
Deixando na minha pele esta saudade?
Quem será este maldito ser
Bendito na hora de amar
Que depois desfolhou a Rosa
Desfigurada, sem sangue nas pétalas?
Há marcas deixadas nos espinhos
Ou seria apenas vinho tinto, Dionísio?
Atônita continua a Rosa sem saber
Aturdida agora pela ressaca...
Mário Feijó
24.12.12
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