sábado, 27 de novembro de 2010

A NEURÓTICA



Ele deu a ela
Casacos de pele
Carros zero quilômetros
Pulseiras e anéis
                Que ela empenhou na Caixa
Quase perdeu o crédito
E para muitos ficou desacreditado
Enquanto ela roubava-lhe folhas de cheque
Para jogar no bingo e tomar seus “cubas”
                Bebia todas e fumava tudo
Mesmo assim passava-se por dama
Perdeu tudo numa mesa de bar
Numa sala de jogos
E nas camas nas quais deitava
                Acreditava em seus demônios
Convencia a todos tão bem
Que não havia quem não acreditasse nela
Até quando? Isto eu não sei...
                Até que um dia resolveu ir embora
E foi-se nos braços do último barman...
                Graças a Deus (ele pensou)...

Mário Feijó
27.11.10

P.S. Qualquer semelhança com fatos reais é pura coincidência...  Não seja neurótica.

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