sexta-feira, 10 de setembro de 2010

MEU ALIMENTO É O AMOR





Há tempos em que eu profícuo
Frutifico aos borbotões
Espalhando sementes por onde passo...

Agora há dentro de mim
Um enorme deserto
E qualquer palavra
Qualquer criação mutila meu ser...

Há uma dor desumana
Instalada em minh’alma
Sou refratário e não consigo
Juntar meus cacos...

Vivo alimentado de amor
Meu celeiro está vazio
E nos campos onde eu o plantei
Tudo foi dizimado por pragas e temporais...

Mário Feijó
10.09.10

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