Há tempos em que eu profícuo
Frutifico aos borbotões
Espalhando sementes por onde passo...
Agora há dentro de mim
Um enorme deserto
E qualquer palavra
Qualquer criação mutila meu ser...
Há uma dor desumana
Instalada em minh’alma
Sou refratário e não consigo
Juntar meus cacos...
Vivo alimentado de amor
Meu celeiro está vazio
E nos campos onde eu o plantei
Tudo foi dizimado por pragas e temporais...
Mário Feijó
10.09.10
Nenhum comentário:
Postar um comentário