sábado, 8 de novembro de 2014

HÁ UM POUCO DE NÓS EM NÓS

HÁ UM POUCO DE NÓS EM NÓS

Há um pouco de mim em tudo
No mundo que me rodeia
No vento que bate em minha pele
E que leva minhas células
No sol que queima meu rosto
E que me deixa rugas

Há um pouco de ti em mim
Desde que passaste
A fazer parte dos meus dias e noites
Quando tocas meu corpo
Quando anseias os meus lábios
E quando eu desesperado
Acabo caindo em teus braços

Há um pouco de mim
No dia, na noite, nas tardes
Na esperança que temos
E na saudade que sentimos

Há um pouco de ti em mim
Quando ficas na minha lembrança
Quando penso que te quero
Quando sei que não nos pertencemos
Porque a vida ensina
Que ninguém é de ninguém
Mesmo assim deixamos algo de nós
Um no outro...

Mário Feijó

08.11.14  

Um comentário:

Yehrow, Adônis, ou quem quiser eu seja. disse...

Perfeita introspecção e externar do meditar o ser noutros seres que nos compõe. Os versos na última estrofe são de uma singularidade notável ao discernir nossas pluralidades. Um abraço do sempre amigo Yehrow. PS.: Achei seu Blog.