MATA
DESVIGINADA E IMPURA
Há
certo encanto
Naquele
canto triste
Incerto
na mata virgem
Desvirginada
e impura
Desencantada
e dura
Pássaros
tristes e cegos
Gente
burra e infeliz
Que
procura a felicidade
Fazendo
a infelicidade
Daqueles
a quem diz amar
Da
beira dos rios
A mata
subiu os morros
Tentando
sobreviver
Mas
os homens subiram também
E desmataram
tudo
Que
na enxurrada vem
E os
pássaros fogem
Indo
para longe das cidades
Há
em Londres lugares
Onde
não existem mais pássaros
Há
no Brasil (ainda) espaços
Com
mais de 150 espécies
Enquanto
os homens
Não
desmatarem para construir
Sem
critérios, sem planejamento
Em
nome do lucro desmedido
Por
amor ao próximo...
Mário
Feijó
27.12.13
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