BORBOLÉO
Borboletas
têm pressa
Vêm
o sol apenas uma vez
Têm
só um dia
Para
encontrar o amor
Para
procriar
Para
conhecer jardins
E neles
depositar suas larvas
E depois
serem devoradas
Por
um pássaro qualquer
Borboléo
não pode voar
Foi
condenado a espiar
Passar
seu único dia de vida
Sem
ninguém para amar
Suas
asas estão quebradas
Debruça-se
no casulo
Vendo
o seu dia ir embora
Borboléo
foi condenado à solidão
Aprecia
o fato de ter existido
E sem
desespero aspira
O perfume
das flores no ar
Dando
graças à vida...
Mário
Feijó
14.12.13
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