(flor de Narciso)
AMORES
Desnudo de seu ego
Eros vestiu-se do amor
Que lhe era pertinente
Estendeu os braços
E agasalhou-se
Entre um molho
De Narcisos perfumados...
Narciso sem desviar o olhar
De seu espelho de águas plácidas
Nada além de seu ego
Conseguia ver...
Onde está o próximo
Quando ninguém o vê
Quando ninguém vê
Algo além de si próprio?
Almas vão-se embora
Saindo de corpos vazios
Que se recobrem de beleza efêmera
E não reconhecem o amor de outrem...
Mário Feijó
17.03.13
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