Eu não te ouço
Porque o teu mundo
É de silêncio e paz
Não deve ser fácil
Viver sem nada ouvir
Como não me é fácil
Todos os recomeços
Imagino um mundo
Onde todos os sons foram roubados
E tu não consegues gritar
Para pedir socorro
E o menino segue calado
Entende o que eu escrevo
Mas não compreende porque ele
Teve que permanecer em silêncio...
Eu te dedico o silêncio das rosas
A mudez do sol que só brilha
O ronco do mar que diz sempre algo
E o carinho do vento em uma noite de luar...
Mário Feijó
05.03.12
Dedico este poema ao meu amigo
Cleber nascido surdo-mudo, mas que entende cada curva das minhas palavras...
Um comentário:
Lindíssimo poema, Mário. Parabéns.
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