Cap. VI – AS VISITAS SEMPRE DÃO PRAZER, NA CHEGADA OU NA PARTIDA
Era domingo à tarde e como Daiane estava de folga na Pousada ficou em seu quarto bem à vontade. Viu TV, leu seu diário, escreveu e pensou em tudo o que estava vivendo. Era uma situação inusitada: ficar com gêmeos era ao mesmo tempo delicioso e preocupante. Primeiro porque eram filhos da dona da pensão; segundo porque agora não era mais uma prostituta e não queria agir como tal. Mas o que fazer? Como escolher se nem mesmo ela via as diferenças em um e noutro?
Como tinha tudo o que precisava no quarto: frigobar, frutas, pães, bolachas resolveu ficar ali mesmo e refletir sobre a situação. Ligou o ar condicionado numa temperatura bastante agradável para não sentir o calor daquele verão que fazia lá fora... Colocou um vestidinho curto de algodão, e não colocou calcinhas nem sutiã. Sentia-se livre, leve e solta.
Fez algumas arrumações no quarto e depois tirou toda a roupa e se deitou. Pensou estar dormindo quando ouviu um barulho na porta e logo um dos gêmeos entrar furtivamente.
- O que você faz aqui seu louco? Perguntou Daiane a ele.
- Meu irmão foi à praia e minha mãe está atarefada com clientes da pensão. Aí eu pensei “que delícia foi Daiane ontem à noite” e não resisti. Vim aqui e vi que sua porta estava apenas encostada e entrei. - Seu maluco. Disse Daiane. Não me comprometa com sua mãe que se descobrir algo entre nós pode até me mandar embora.
- Pode deixar. Tomarei cuidado. Disse ele.
Passaram um final de tarde que só poderia ser descrito com uma palavra “prazer”...
Antes de anoitecer ele saiu furtivamente e foi embora.Eram quase dez horas quando Daiane ouviu novamente um barulho na porta. Era novamente um dos gêmeos dizendo:
- Estava com saudades. Voltei!
Amaram-se até altas horas quando ele depois sai e vai embora, deixando Daiane encafifada: “quem será que esteve aqui? Eu nem perguntei? Será que foi Marcus ou Márcio ou teriam sido os dois se revezando?
- Meu Deus do céu onde será que eu estou metida? Eu até posso ter tido o máximo do prazer no dia de hoje com estas visitas furtivas. Mas o que será que eu estou sentindo agora depois da partida? Pensou Daiane.Mário Feijó
Agosto/2011
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