quinta-feira, 12 de agosto de 2010

À TUA ESPERA





Há muito tempo eu sonho contigo
Num plácido encontro do rio e mar
E ao fantasiar este momento
Trago-te em taças de amor sorvido aos poucos

E num final de tarde, frio e chuvoso
Aqueles dois corpos se fundem
Eram velhas almas saudosas e conhecidas
Que mergulham num amor há muito procurado

Na vitrola Bethânia canta “carinhoso”
E o tempo faz-se estanque como num filme antigo
Que se fixa numa única cena
Aquela da comunhão dos corpos, agora extasiados...

Perderam-se os corpos ou as almas?
São seres felizes que voltam a se encontrar?
Ou apenas dois animais no cio
Querendo no sexo o prazer?
Só o tempo dirá...

Mário Feijó
12.08.10

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