LUZES ACESAS
Luzes se acendem. Humanos adentram
àquele pequeno espaço. Baratas correm, ratos se escondem, aranhas arregalam
seus pequenos olhos. Espíritos se acordam. A biblioteca ganhou vida. Estava ventilada
com cultura, não era mais um depósito de livros.
Os escritores sentiam-se
realizados, tendo um lugar para se reunirem e aquele lugar, cheio de livros
transpirava sabedoria, cultura e arte.
Entre os livros da biblioteca
viviam espíritos que queriam aprender e, quando souberam que escritores se
reuniriam ali, todos ficaram ali, atentos.
Há espíritos que sabem que o
aprendizado é algo eterno e significa crescimento.
Havia dentro da biblioteca, não
somente espíritos aprendizes, mas também espíritos escritores. Uns moravam em
livros, outros nos altos das prateleiras. Havia os tímidos que se escondiam
entre os arquivos. Outro dia vi espíritos pendurados no teto da biblioteca.
No final daquele encontro alguns
espíritos falaram sobre a possibilidade de fazerem uma “feira espiritual do
livro” ali mesmo na biblioteca, a exemplo do que iria ocorrer na cidade naquela
páscoa... Ficaram lá discutindo e remoendo temas da reunião de escritores.
Desde aquele dia a Biblioteca de
Imbé nunca mais foi a mesma...
Mário Feijó
14.03.15
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