QUE BICHO VOCÊ SERIA?
Hoje, lendo a coluna da Martha
Medeiros, na Zero Hora, eu pensei “que bicho eu seria, se estivesse numa
floresta?
Tenho um “amigo” que me acha um
vagalume, provavelmente, pois já insinuou isto numa crônica que falava sobre
Narciso, mas ele está enganado a meu respeito.
Também já tive “amiga” cobra que
tentou me devorar por causa da luz que viam em mim, mas infelizmente quanto a isto
eu não posso fazer nada.
Na realidade eu penso que seria um
sapo ou no máximo um gato. Sempre fui sapo, desde criança. Alguns corriam da
minha presença, outros até nojo sentiam, daí a tal de luz que tive que
acender...
Então quando me tornei adulto fui
lapidando minha Inteligência, para não virar mais um burro dentro da floresta,
consequentemente fui ganhando luz. Acho que agora sou um sapo iluminando, mas
isto também gera despeito e inveja...
No entanto não me vejo melhor que
ninguém, mas quem não consegue ser nada na vida torna-se apenas um abutre e
torce pela morte dos adversários porque aí eles têm do que se alimentar.
Voltando ao meu lado gato, talvez
seja porque tenho um estilo manhoso, olhos azuis (quando era criança diziam que
tinha olhos de gato, odiava aquilo e até hoje não me sinto envaidecido por ter
olhos claros). Mas meu jeito de gato já me livrou da morte algumas vezes. Além disto
eu e os gatos nos entendemos. Há um gato negro de rua que me espera chegar
todos os dias, conhece até o barulho do meu carro. Sem carinho e sem ração fica
gemendo na porta do prédio.
Eu vejo que não deixamos de ser
animais, mesmo com as florestas devastadas. Alguns se aliam a outros, outros se
rejeitam. Há os que se respeitam por serem espertos, mas na essência
continuamos animais. Uns racionalmente inteligentes e espertos, outros burros
pastando, outros ainda menos inteligentes somente na rapina, como fazem abutres
e hienas. Mas o que seriamos de nós sem eles?
Mário Feijó
14.12.14
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