LUA QUE SE ENCHE DE MIM
Eu queria ser a chuva
Para adentrar na terra
Ser volátil para no vento
Envolver-me em teu corpo
Ser a luz
Para não prender-me
Ser as ondas do mar
Para no teu corpo me agitar
Ser apenas um homem
Ser putrefato, ignóbil
Frágil, doente, demente
Indecente, carente e temente a Deus
Uma pequena criatura
Cujo prazo de validade já expirou
Que continua existindo
Porque a lua se enche de mim...
Mário Feijó
05.06.12
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