quinta-feira, 9 de junho de 2011

QUEM PLANTA AMOR COLHE PERFUME





Eu cuido de mim
Porque a única coisa que me segue
São meus próprios passos
O resto eu largo sem apego... 

Deixo meu cheiro, minhas ideias
E meus abraços de amor
Deixo borboletas a voar
Em volta das flores que planto
E sem espanto vejo novas a brotar... 

Outro dia veio um passarinho
E fez seu ninho
Na minha caixa do correio
Passei a receber cartas musicadas 

E com todo cuidado
Retirava minhas correspondências
Para não assustar os filhotes
E tampouco afugentar seus pais... 

Quem planta amor
Sempre colhe da flor a cor
E recebe dela de volta
Um perfume como resposta... 

Mário Feijó
09.06.11

quarta-feira, 8 de junho de 2011

UM FOGO QUE ME QUEIMA






Lá fora cai a chuva
Aqui dentro eu me encolho
Feito um cão vira-lata
Morrendo de frio 

Enroscado sob uma manta
M’aproximo do fogo da lareira
Que crepitante exerce sobre mim
Uma estranha fascinação... 

Penso em ti
No frio que podes estar sentindo
E no meu corpo cansado
Que já não pode te ajudar 

Enquanto isto labaredas
Queimam meus pensamentos
Meu desejo, minha libido
E tudo morre neste fogo que se apaga... 

Mário Feijó
08.06.11

terça-feira, 7 de junho de 2011

SINTA O MEU CORAÇÃO

                                

Um dia quando era criança
Eu já procurava por ti
E meu coração disparava
Quando imaginava o teu calor 

Era o teu amor amigo
Que eu sempre precisei
E passei a vida procurando
Teu abraço em outros braços 

Agora descubro que você existe
Que é real e vive no paraíso
Que me chama de amigo...
Será que eu te mereço?... 

Enquanto o tempo e a insegurança passam
Cantando uma cantiga de roda
Que me leva de volta à infância
Pois é lá que meu sonho por ti começou... 

Mário Feijó (07.06.11)


O MEU CORAÇÃO PULSA (resposta)

Quero sua latência!
Essa, que já habita em minha consciência!
Que nada tem de indecência,
Por ser da mais nobre consistência:

A cumplicidade
De uma amizade,
Além das trincheiras,
De todas as fronteiras!

Muito acima do imaginado...
Por pertencer, exclusivamente, ao reino encantado!
Aquele mesmo, só conhecido dos apaixonados
E dos, poeticamente, alucinados.

Quero elevar sua potência,
Até que transborde de sua essência,
toda sua capacidade
de perceber a suavidade,

Que transborda, graciosamente,
Generosamente,
Driblando todos os juízos,
Do infinito!

Aposto em seu brilho!
É tão claro seu sorriso.
Quero encontrá-lo na tranquilidade
Dos que aceitaram a sensualidade

Da sensibilidade!

Claudio Poeta



http://cbs263000.wordpress.com


AMOR VIRTUAL (duplix)



O amor virtual
É uma pedra fria
Esquentando sob a luz do sol...

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AMOR VIRTUAL

Neste mundo virtual
até pássaro outro dia
vi abraçado a um espelho...

Mário Feijó (07.06.11)   

O QUE QUERES DE MIM?





Ah! Anjo meu
Que te vestes de homem
Só para atormentar
Todos os meus sentidos 

Que te vestes de mulher
Para deitar em minha cama
E devorar o meu corpo
Como se estivesses no cio 

Que te despes de santo
Que pousas em minha janela
Feito borboleta branca
Azul e amarela só para eu te olhar 

Que te derramas na chuva
Fingindo-se de água
Para meu corpo banhar 

Anjo meu: o que queres de mim? 

Mário Feijó

07.06.11

BEIJOS TEUS QUE EU GUARDO






Tento conter entre os dentes
Os beijos que eu não te dei
Por medo, preconceito e timidez 

Nem a maturidade
Deu-me a ousadia
Para sair por aí
Distribuindo os beijos
Que eu não te dei 

Então olho para o céu
Contemplo as estrelas
Esperando que também as vejas
Quiçá penses em meus beijos contidos 

São todos teus estes beijos guardados
Quero dar-te, quero sentir os teus lábios
Quero devolver a ti os meus beijos
Que eu sempre guardei só pra ti... 

Mário Feijó (07.06.11)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

JUNTOS





Basta um raio de luz
Para devolver a esperança
E a vida se renova
Apenas num simples gesto... 

No entanto somos nós
Quem devemos decidir!
De que adianta tudo mudar
Se nós não quisermos... 

A água renova a vida
Um sorriso de criança
Possibilita a felicidade
Basta abrir os braços... 

E no calor de um abraço
Não há quem não descubra o amor
Quem não descubra que
Não estamos sozinhos na vida... 

Mário Feijó
06.06.11

SER FELIZ É SIMPLES ASSIM...





É muito simples ser feliz
Comece por: não dar importância
Aos pequenos problemas, mas cuide-se!
Acredite que tudo é possível!
Que existem pessoas vivendo
Em piores condições que a sua!
Que tem muita gente morrendo de fome
E por falta de assistência médico-social!
Que você pode ser feliz com coisas simples!
Que a água é um santo remédio
Que além de matar a nossa sede
É indispensável para o funcionamento
Do nosso organismo como todo!
Que existem muitas coisas
Que não merecem tanta importância:
A opinião dos outros sobre você, por exemplo!
Mas também existem muitas coisas
Que deveriam ser mais valorizadas
Como um abraço apertado;
Um beijo na face e um sorriso sincero!
Que o mundo não para esperando
Que cada uma das nossas dores amenize!
Que o amor está sempre disponível!
Que nada é tão importante que
Não possa esperar um pouco!
Que os amigos nos fazem muito bem
Pois eles são as borboletas que colorem
O jardim das nossas vidas!
Que tudo isto é muito importante, mas
Só irá funcionar se você quiser e se amar o bastante!  

Mário Feijó
06.06.11

AMOR QUE TRANSCENDE




Você era o sol da minha vida
Tudo depois de ti passou a ter
Uma luz artificial que iluminava
Mas não tinha o teu brilho... 

Eu só existi porque
Era parte de ti
E por ti sobrevivi... 

Há em mim tua essência
Que hoje habita minhas memórias
Onde teu sorriso ficou registrado
Como se fosses cachoeira voluptuosa... 

Somos carne da mesma carne
E teu espírito deixou no meu
O lume do arco-íris atravessando nuvens
Para marcar em minhas células
O teu amor saudade...



Mário Feijó (06.06.11) 

P.S. Este poema é uma homenagem à minha mãe que hoje faria 81 anos e que há 35 anos está no plano espiritual...

domingo, 5 de junho de 2011

A EMOÇÃO DO CARINHO




Algumas vezes o amor
É igual a uma estrela no céu
Nós a percebemos, nós a vemos
Porém não podemos tocá-la... 

Esta falta de toques
Dá uma sensação de vazio
De desproteção, de desamor!
Só o calor dá a emoção do carinho... 

E descobrimos que não vivemos só
Que não podemos ficar sem ninguém
Porque nós somos “animais sociais”
Dizia o filósofo do alto de sua sapiência... 

Uma andorinha não faz, verão!
Uma pessoa solitária adoece o coração
Um peito dolorido pelo desamor
Faz todo o corpo sofrer sua dor...


Mário Feijó
05.06.11

sexta-feira, 3 de junho de 2011

ESPANTANDO ANDORINHAS





Dia destes acabei ganhando
Sorrisos amarelos como
Se tivesse caído desbotados
De fotos muito antigas... 

Eu nem sabia mais
Que eles existiam
E que além de deixar
A nossa cara sem graça
Também afeta a nossa alma... 

Tenho que espantá-los
Do mesmo modo quando
Queria espantar andorinhas
Que estavam pousadas nos fios 

É que eles nascem pequeninos, amarelos
E se a gente não se cuidar
Levam a nossa alegria embora
E não vala à pena ser infeliz por nada... 

Mário Feijó (03.06.11)

BENDITOS SEJAM

(Canário se alimentando de pequenos frutos)




Benditos sejam
Todos os frutos do amor
Bendita seja a vida
E todas as chances de vivê-la... 

Bendita seja a luz
Que todos os dias
Faz brotar os frutos
Que alimentam a vida... 

Bendito seja o movimento das marés
Prova viva de que todos os dias
São diferentes uns dos outros
O que nos faz sermos dinâmicos... 

Bendito seja o coração
Que profícuo abre-se ao amor
Que acredita no poder do bem
Que acredita no poder da fé... 

Bendito seja aquele
Que acredita na felicidade
Que não se perde nas dificuldades diárias
Porque sabe que amanhã tudo será melhor...


Mário Feijó
03.06.11

quinta-feira, 2 de junho de 2011

HÁ MAGIA NO AMOR





Você tinha nas mãos a felicidade
E jogou-a fora para brincar
De casinha e de boneca
Agora tem sua casinha
E tão bela bonequinha... 

Está feliz? Eu soube que não!
És muito covarde
Para admitir que foste feliz comigo
E que comigo vivias no paraíso...


Mário Feijó
02.06.11


ALGUÉM ESPECIAL






Eu sempre sonhei
Com amores que
Me elevassem às alturas
Como se eu subisse pelas paredes...


Eu sempre esperei
Por alguém que
Me tirasse o fôlego
Mas muitos desses amores
Causaram em mim
Pequenas paradas respiratórias... 

Então acabei caindo em braços
Que me elevavam às nuvens
Para logo depois cair
Estatelado no chão...


Mário Feijó
02.06.11


POETRIX LVIII; LXI; LX


SEM DESTINO



Pés descalços
Areia molhada
Ondas apagam meu destino...


Mário Feijó
02.06.11



SOLUÇÕES/SOLIDÃO 

Ninguém me siga
Sou pássaro...
Migratório! 

Mário Feijó
02.06.11 

INGRATIDÃO 

Eu já perdoei traição
Já dei a outra face para baterem
Não tolero ingratidão... 

Mário Feijó
02.06.11

domingo, 29 de maio de 2011

ELES


Eles se amavam
E com sofreguidão
Abraçaram-se e se beijaram
Até que de seus corpos
Exalaram odores
E todos os tipos de líquidos
Jorravam da pele,
Dos lábios e de seus sexos...
E na escuridão
Os dois descansavam abraçados
Escondidos feito dois ladrões...

Mário Feijó
29.05.11

AMOR SEM PUDOR


Parece loucura
Esconder o amor
Por pudor
Por preconceito

Alguns vivem assim
Sob a égide da hipocrisia
Simplesmente para parecer
Gente normal...

Os corações pulsam
Todas a vezes que se olham
E basta um toque
Para que a pele receba
Uma descarga elétrica...

Quem ama quer ser feliz
Amar não dói
E não faz mal a ninguém
A não ser ao invejoso...

Mário Feijó
29.05.11

sábado, 28 de maio de 2011

VOCÊ ESTÁ TRISTE? (o amor faz milagres)


Vai olhar o mar...
Não tem mar?
Então abraça uma árvore...
Derrubaram as florestas?
Mas deve haver alguma árvore magra
Tentando sobreviver no meio da poluição.
Ela também precisa de você.
Verá que as coisas começarão a mudar...

Escute os pássaros...
Estão todos engaiolados?
Solte-os! Prenda os cachorros
Os ladrões. O mau humor...

Olhe o céu
Tem fumaça? Poluição?
Afaste-se um pouco da cidade
Agora está vendo?

Nada como uma noite de luar
O céu cheio de estrelas
Para enternecer qualquer coração...

Ame-se! Isto você pode.
Esteja onde estiver.
O amor nos torna mais jovens
Sempre, sempre, sempre...

Mário Feijó
28.05.11

sexta-feira, 27 de maio de 2011

PARA VIVER E FALAR DE AMOR


Não precisa ser santo
Não precisa ser mágico
Basta ser humano
E acreditar no amor...

Para viver o amor
Tem-se que acreditar
Que mesmo errando
Podemos corrigir...

Para falar de amor
Não precisa mentir
Tem-se que ser sincero
Mesmo quando não acreditam em você...

Para viver e falar de amor
Temos que pensar que estamos
Todos em um mesmo barco
E que temos que nos ajudar uns aos outros...

Mário Feijó
27.05.11

UM AMOR QUE NADA PEDE


Você entrou na minha vida
Como uma aragem de ar
Por uma pequena fresta aberta!

Foi me refrescando do calor
Foi me aquecendo no inverno
Foi me ajudando a cuidar de mim
Sem nada pedir, sem nada exigir...

Amiga, companheira, solidária
(penso que é isto que todo ser humano precisa)!
Então eu fui abrindo minha guarda
E te entreguei meu coração...

Você continuou me amando
Mesmo quando eu confessei
Que tinha outro amor
Você se abriu e chegou junto...

Colocou asas na minha vida!
Em momento algum me aprisionou
E nas poucas vezes que tentou
Eu te ajudei falando de respeito...

Aí você aprendeu que prender
Não nos faz fieis, tampouco nos obriga
A amar quem a gente não quer...

E continua em minha vida
Porque aprendemos a caminhar juntos
Sem aprisionar nossos corações...

Eu te agradeço por me ensinar
A voar nas minhas fantasias
Para depois brandamente pousar no teu ninho
E contigo fazer amor...

Mário Feijó
27.05.11
(P/ a Sônia pelos cinco anos de companheirismo).

É PROIBIDO PROIBIR:





                O sol de nascer todas as manhãs
                As estrelas de brilharem nas noites de luar
                O ser humano de amar a quem quiser
                As crianças de se alimentarem, de brincar e de sorrir
                Os velhos de terem um teto e uma cama quente
                Os pais de escolher um novo amor quando o outro acaba
                O rio de correr em busca do mar
                O ser humano de respirar ar puro
                As florestas de existirem plenas
                Os pássaros, as baleias e outros animais de viverem
                O nosso coração de bater por alguém interessante
                Cada um de nós de fazer suas próprias escolhas
                Qualquer um de ter saudades
                A lucidez de ideias mesmo que você não concorde com elas
                O amor em nossas vidas
É proibido proibir a vida...

Mário Feijó
27.05.11
   

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O AMOR QUE VOCÊ ME ENSINOU


Tudo o que eu sei sobre o amor
Eu aprendi contigo!
Contigo aprendi
O caminho para a felicidade.

Aprendi que viver é um aprendizado
Que devemos sempre perdoar
Não importa o que tenha havido!

Haverá mais saúde
Quando nosso coração
Não tiver nenhuma pendência...

Eu aprendi contigo
A sorrir sem ter medo
A não me preocupar
Com o que os outros pensam de mim...

Aprendi que para ser feliz
Basta que assim eu decida!
Que não há vergonha
Em conversar com plantas e animais...

E que olhar a lua e as estrelas
Enternece qualquer coração.

Portanto quero que saibas
Que meus belos dias
Têm a tua luz refletida neles
E eu te agradeço por ter uma vida saudável...

Mário Feijó
26.05.11

quarta-feira, 25 de maio de 2011

COM AMOR NO CORAÇÃO


Havia um tempo
Em que a minh’alma
Era minha prisioneira...

Eu tinha medo
Que ao abrir meu coração
Ela se fosse
E eu sozinho ficasse...

Abri meu coração
Todas as portas e janelas
Hoje abrigo nele
Não só a minh’alma
Mas outras que a mim vieram...

Agora meu coração
É um abrigo
Que aquece muitas almas...

Mário Feijó
25.05.11

terça-feira, 24 de maio de 2011

A DONZELA (?) E O SAPO


Outro dia Yara contou
Que tinha um sapo
Morando em seu jardim
E que uma amiga donzela
Logo se encantou por ele...

Eu coaxava em meu canto
E nem pensava em donzelas
Perguntei se havia vaga
Para mais um sapo...

Ela logo, cheia de dedos,
Disse que não
Que a tal donzela
Já tinha príncipe encantado
E que eu me colocasse em meu lugar...

Constatei nesta hora
O que já haviam me dito
Que homens e mulheres
Não pensam da mesma forma...

Disse a ela que só pensava
Em fazer companhia
Àquele sapo solitário
Sem malícia, sem cobiça
Só querendo um canto
E alguma companhia...

Mário Feijó (croc-croc)
24.05.11

A FÁBULA DO SER... (POR AMOR)


Eu te queria
Gata manhosa
No cio
No meu telhado
A ronronar...

Sei que já foste
Cadela vadia
Que passou em minha vida
Agora escondida sob minhas cobertas
Mostras que tens “pedigree”...

Mas eu também já fui sapo
Quase morri esturricado
Quando a lagoa secou
Transmutei-me. Vivi outros bichos
Porque ser sapo a vida inteira
Isto já enjoou...

Agora espero novos dias
E em cada amanhecer
Eu desperto em mim
Uma nova maneira de ser...

Mário Feijó
24.05.11

O DOCE GOSTO DA TUA PELE


 

O doce gosto da tua pele
Algumas vezes causou-me desgosto
E deixa em meu rosto
Um gosto de frustração...

Tenho saudades de ti
E na saudade eu sinto
O gosto amargo
Da minha solidão...

Eu não sei
Porque partiste
dilacerando meu coração...

Nem adeus disseste
Nem um beijo me deste
Tampouco me fizeste
Qualquer aceno de mão...

Ficou a lembrança
O gosto agridoce da tua pele
O frisson do desejo
E a esperança de que um dia voltes...

Mário Feijó
24.05.11

domingo, 22 de maio de 2011

A TRANSMUTAÇÃO DO AMOR


Tinha que ser assim
Eu quebrei todas as barreiras por ti:
As do som, as do tom e até
As do meu bom senso...

Dancei todas as vezes
E só me superei
Quando te amei
Com todas as minhas forças...

Aí eu me transmutei
Tentando me traduzir
Para a língua dos anjos
Alguns considerados demônios
Pelas outras pessoas e por ti...

Tu não entendias o amor!
Não compreendes que amar
É superar a si mesmo,
Sublimar seu corpo e transformar-se
Em energia incorpórea...

Não existia mais corpos finitos
Somente uma energia divina
Antes que a teus olhos
Tudo parecesse o caos...

Mário Feijó
23.05.11

UM CASO DE AMOR


Outro dia ouvi
O vento maldosamente soprar
Que a brisa não era de nada
Tempestade nem sabia criar

Estava a brisa nos campos
Solitária a trabalhar
Colhia pólen daqui
Pra outra terra fecundar...

As plantas agradecidas
Botavam frutos a dar
Vinha o vento invejoso
Querendo árvores arrancar...

Foi tanto o encanto
Que a linda brisa causou
Que o vento que parecia violento
Vento fresco se tornou...

Mário Feijó
23.05.11

O TEU CORPO NO MEU






Junte as felicidades miúdas
E faça delas um ramalhete...

Luiz da Câmara Cascudo


Se eu escrevo todos os dias
É porque todo dia
Eu não posso te tocar!
Se eu te tocasse todos os dias
Eu iria mudo ficar...

Tatuei em minh’alma
O teu corpo colado ao meu
Quieto, contido, calado
Que eu beijo tudo que é teu...

Algumas vezes me basta
Encontrar as tuas digitais
Não importa, marcando meu corpo
Sou o mais feliz dos mortais...

E quando a brisa se acalma
Contento-me com as ondas do mar
Elas também me ensinam
O sentido que tem eu te amar...

Mário Feijó
23.05.11