sábado, 4 de agosto de 2012

EU TE QUERO NO MEU BANHO




Eu não quero apenas
Lembrar de tuas mãos
Deslizando por meu corpo
Quando na banheira me ensaboavas 

Eu não quero viver de lembranças
Eu te quero perto
Não apenas uma imagem
O teu cheiro marcante 

Eu te quero todos os dias
Feito Amélia, tu que eras Maria
Acompanhando-me em todos os cantos
Perto de mim, em todo lugar 

Eu te quero dividindo tudo
Partilhando tudo
Da minha fome à minha comida
Do meu banho à minha cama... 

Mário Feijó
04.08.12

AMOR COM SABOR DE PITANGA


AMOR COM SABOR DE PITANGA 

Embaixo da pitangueira
Caia sobre a minha cabeça
Como se fosse uma chuva
As flores que o vento derrubava...

Foi tão seco este inverno
E houve dias tão quentes
Que a coitada da pitangueira
Agiu como se fora primavera: floriu... 

De meus lábios saem
Apenas um leve sorriso
Quando eu lembro
As pitangas que tu comias 

Resta na lembrança
Tão somente as flores daqueles dias
Onde o teu cheiro floral me invadia
E eu tuas frutas também comia... 

Mário Feijó
04.08.12

CABELOS ENCARACOLADOS


CABELOS ENCARACOLADOS 

Ele parece um menino
Que tem medo de fantasmas
Quando rejeita seus sonhos
Com medo de os realizar 

Menino do Rio Guaíba
Que tem cabelos encaracolados
Sobe nas goiabeiras para
Comer as frutas maduras 

Algumas vezes pensou
Que era um super-homem
Mas tem medo do vento
Que sopra a seu favor 

Outro dia caminhava
Pela orla do rio
Sonhando em voar
Mas é apenas um homem...

Mário Feijó
04.08.12

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

BEIJOS E DESEJOS


BEIJOS E DESEJOS 

Na minha vida
Eu fiquei na dúvida:
Não sei se faltaram beijos
Ou se sobraram desejos? 

Sempre aconteceu
De eu ter muito amor para dar
Algumas vezes faltou
Foi para quem o dar 

Até havia a paixão
Nem sempre correspondida
Havia o desejo e a tesão
Mas a razão deles não me queria 

Eu passei algumas vezes
Por dias de fome
Havia o desejo
Mas faltava a boca para o beijo... 

Mário Feijó
03.08.12

IMORTAL


IMORTAL 

Passam-se as horas
E em cada segundo
Eu me sinto esvaindo
Como se fosse água
Escorrendo dum vazamento
Não sabemos como começou
Nem para onde ela irá... 

E cada dia que passa
O meu corpo assustado
Vê suas células envelhecendo
Apenas com as plumas da minh’alma
Que dizem algo quando cresce... 

Eu não penso como imortal
Porque sei que tenho corpo finito
Então me assusto
Com os dias, com as noites
E com o tempo perdido... 

Nestas horas lembro
Que tenho que construir
Lições para o aprendizado
De em algum momento
No tempo ser imortal novamente... 

Mário Feijó
03.07.12  

UM BALANÇO DA VIDA


UM BALANÇO DA VIDA


Eu já me questionei pelas pedras no meio do caminho, até o dia que descobri que elas poderiam servir para que eu nelas me sentasse e descansasse das agruras do dia a dia.

Eu já me questionei pelas dificuldades, pelos problemas que enfrentava, pelo quão demorados são nossos sonhos, diante da realidade, até que um dia eu descobri que tudo me ensinava.  

Eu já me questionei pela vida, por existir, já questionei a morte dos outros e a minha própria morte não acontecida.

Eu já me questionei pelos amores que tive, pelos amores que tenho, e pelos que ainda terei.

Já me questionei pelos filhos que tenho, pelos netos que crio, pelos amigos que vêm e vão, pelos que se foram e que nunca mais voltaram, estou sempre me questionando.

Eu também me questiono pelos amores impossíveis, pelos amores possíveis, mas que eu não quero, pela forma de amar, pela entrega e pelo egoísmo, meu e dos outros.

A vida é assim um eterno questionamento, porém tudo o que me acontece me transforma, eu interajo com a vida, e não deixo sucumbir diante dos percalços, nem pela demora na realização dos sonhos e quando os realizo já tenho outros mais difíceis...

Existem horas em que eu penso que sou inconstante, mas a vida é inconstante e eu só balanço nela, como se estivesse num barco e balançando no movimento das ondas.

Amores eu já tratei de não mais entendê-los, mas sim de vivê-los quando eles me interessam.

Dinheiro eu não me questiono mais. Uso-os na medida em que tenho, vivo sempre na corda bamba, como se estivesse sempre na corda bamba, mas a vida é assim: um balanço.

Agora eu só me permito, balanço de acordo com a vida e não me questiono mais. Deve existir alguém que mexe com minhas cordinhas porque eu me sinto uma marionete da vida e tratei de fazê-la ser mais feliz, a partir do momento em que parei de me questionar...



Mário Feijó

03.08.12

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

NÃO ME BASTA


NÃO ME BASTA 

Não me basta
Ter um pouco do teu corpo
Em horas esparsas

Não me basta
Ter teus beijos
E a falta de desejo
Que eu te possa causar 

Não me basta querer
Se tu me evitas
Então eu olho para o céu
E vejo bichos se formar...   

Mário Feijó
02.07.12

INSTANTES DE PRAZER


INSTANTES DE PRAZER 

Eu deixaria
De ser uma rosa
Apenas para ser
Uma formosa mulher 

Eu deixaria
De ser um rio que passa
Um colibri que ama a rosa
Apenas para ser o vento 

Eu deixaria
De ser a chuva
Que se atira na terra
Que sacia o rio que passa 

Apenas com o intuito
De fazer parte de ti
Sentido o que sentes
Esvaindo-me num instante de prazer... 

Mário Feijó
02.08.12

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

TU ÉS O MEU ACONCHEGO


TU ÉS O MEU ACONCHEGO 

Há em ti
Algo que me atrai
És o brilho do fogo
Quando se abrem as portas do inferno 

Quem começou este jogo?
Não me acuses!
Não fui eu!
No planeta dos homens
Somos seres proibidos 

Qual é a nossa essência?
A minha é de aprendizado
Amor e amar são fatos
Que não deveriam ser pecados 

Quando o meu corpo toca o teu
Não é o calor do inferno que sinto
É tão somente amor
Como se eu me aconchegasse no céu... 

Mário Feijó
01.08.12

terça-feira, 31 de julho de 2012

GATOS E FLORES


GATOS E FLORES 

Meninos são assim
Gatos selvagens domesticados
Que irrequietos saltam
Mordem e arranham 

Meninas são borboletas
Que se encantam com rosas
Sem se importar com os espinhos
E das flores herdam seus perfumes 

 São assim os filhos e netos
Cada um inspira algo diferente
Aos pais, aos avôs que neles
Projetam sonhos e o futuro 

Os meus são assim
Gatos selvagens arredios
Girassóis que me seguem
Rosas que me perfumam... 

Mário Feijó
01.08.12

segunda-feira, 30 de julho de 2012

TERNOS MOMENTOS


TERNOS MOMENTOS 

É tão doce
Cada momento
Em que eu estou contigo 

É como se eu
Colocasse fruta madura
E no céu da minha boca
Docemente se desmanchasse 

Eu queria que fossem eternos
São apenas doces
Ternos são os carinhos
Que nestes momentos trocamos 

Depois tu te vais
Como se me dissesses adeus
E eu fico vivendo das lembranças
E do teu cheiro que fica no meu corpo... 

Mário Feijó
30-07-12

A PRIMEIRA QUE EU COMI


A PRIMEIRA QUE EU COMI 

Há muito que eu te amo
Porém tem sabor de pecado
Cada toque em teu corpo
Como a primeira que comi... 

Soam em meus ouvidos
Como se fossem músicas
Os sons do teu despir
E eu excitado deixo
Todo o desejo fluir... 

Toda vez é assim
Passaram-se os anos
E o teu sabor não mudou

Pêssegos, uvas, tangerinas
Laranjas, mamão, jabuticaba
Melancia, butiá, carambola 

Cada vez que te vejo
É uma fruta nova que como
Desde a primeira maçã... 

Mário Feijó
30.07.12

domingo, 29 de julho de 2012

A VIDA PEDE


A VIDA PEDE 

Algumas vezes
A vida nos pede silêncio
E respondemos com gritos
Com brigas, com guerras 

Noutras vezes
A vida pede apenas amor
E nós apenas respondemos
Com indiferença, desprezo 

Algumas vezes
A vida exige reflexão
E respondemos com impulsos
Nada de espera, de observação...

Algumas vezes
O silêncio é espera
O amor é reflexão
E o que poderia ser conquista
É apenas mais uma derrota
No aprendizado do dia a dia... 

Mário Feijó
29.07.12

MEUS DIAS VAZIOS ESTÃO CHEIOS DAS TUAS LEMBRANÇAS


MEUS DIAS VAZIOS ESTÃO CHEIOS DAS TUAS LEMBRANÇAS 

Eu queria entender
Como mesmo depois de partires
Consegues beliscar os meus pensamentos
E morar nas minhas lembranças 

Há pólen da tua saudade
Espalhado na minha vida
Engravidando a minha mente
Com a tua presença 

Mesmo inodoro o teu gosto
Está em meus lábios
Feito os meus dias vazios
Porém cheios das tuas lembranças

Em que planeta te escondes agora
Desde que traiçoeiramente foste embora
Em mim frutificou a solidão
Nem meus dias vazios de ti... 

Mário Feijó
29.07.12

CONSTRUINDO CAMINHOS PARA O CORAÇÃO


CONSTRUINDO CAMINHOS PARA O CORAÇÃO

Uma única vez
Eu me atrevi
A falar de ódios
Tenho dificuldades com a rejeição 

Milhares de vezes
Eu já falei de amor
É tão mais fácil
Como para outros é fácil odiar 

Se eu pudesse
Construiria estradas de amor
Ampliaria o paraíso
Estenderia tapetes de flores em riachos 

Só para ter você por perto
Amar-te-ia por inteiro
Desconstruiria teu desamor
Ninguém merece tanta indiferença... 

Mário Feijó
29.07.12

sexta-feira, 27 de julho de 2012

ELA ME ODEIA

ELA ME ODEIA

Tão gélido
Quanto teus abraços
É o amor
Que tens por mim 

Com certeza
Eu jamais quererei
Que sejamos próximos 

Pertencemos a galáxias diferentes
E eu recebo teu olhar
Como se me apunhalasses
Reconheço este desamor aprendido 

Um dia te envenenaram contra mim
E eu não descobri o antidoto
Contra o prazer de teu ódio
E eu não comprarei teus abraços 

Algum dia eu devo ter
Feito algo que te deixasse
N’alma tantas cicatrizes
De um mal que eu não te quis...

Mário Feijó
27.07.12

À ESPERA


À ESPERA 

Ah! Menina
        Tu tão terna
        Deitada nos braços da lua
        Contando ovelhas

Sim! Ovelhas
        Carneiro havia um
Tão velho
Tão cansado
Que nem contava mais 

Era apenas um espectro de lã
Que nas noites assustava
Quando deveria dar sono 

Sono mesmo tinha a noite
Que à tardinha já bocejava
Pensando no dia que viria
Feito eu que esperava por ti 

Esperava... Sim esperava
Porque a esperança morreu
Nos braços da infelicidade
Enquanto a tristeza me lambia... 

Mário Feijó
27.07.12

quinta-feira, 26 de julho de 2012

NOSSA CAMA


NOSSA CAMA 

Não adianta
Você chegar inteira
À meia boca
No céu da noite 

O teu gosto
Ainda guardo
No sótão as estrelas
No alto do céu da minha boca 

Para onde quer que eu vá
Sempre estou te procurando
E de tanto te procurar
Acabei me perdendo 

Outro dia sem querer
Acabei me encontrando
Em braços quaisquer
Numa cama que não era a nossa 

Mário Feijó
26.07.12

quarta-feira, 25 de julho de 2012

DESTINOS


DESTINOS 

Dias assim
T
Ã
O
                Tortos
                Quanto meus escritos 

E eu
Sempre tento
ESCREVER por linhas retas

Porém
Não existem retas 

Destinos?
São tortos
Passados?
São tristes 

E o futuro?
                Este faz
                Curvas constantes... 

Mário Feijó
25.07.12

POR AMOR E POR AMAR


POR AMOR E POR AMAR 

Sou ingênuo
Quando amo
Pessoas, pedras, paus
Plantas ou animais?

Sou ingênuo
Porque pessoas, pedras,
Paus, plantas e animais
Nem sempre sabem amar

Sou ingênuo
Porque eu também
Não aprendi a amar
No entanto eu me entrego

Sou ingênuo
Porque ainda sofro por amar
A vida já me ensinou
Que ninguém deve sofrer por amor...

Mário Feijó
25.07.12

QUEM DIRIA?


QUEM DIRIA? 

Quem diria que o amor
O atormentasse todos os dias? 

Eram bocas macias
Corpos bem cuidados
Queimados de sol, bronzeados

E da sua janela
Ele olhava feito mosca de padaria
Que lambe, lambe,
Sem nada comer 

Pensavam “coitado” tão velhinho
Até que um dia a vizinha
Solteira de esperanças
Apareceu grávida dizendo ser ele o pai 

Ele da janela continuava a olhar
Falava com todos
Dizendo da moça não lembrar 

Ela continuou sua vida
Até o dia em que o rebento nasceu
Dera-lhe um nome tão lindo
Que o velho reconheceu
“Este é meu filho! Tem o nome de meu pai”...

Mário Feijó
25.07.12

terça-feira, 24 de julho de 2012

ESTRELAS CADENTES


ESTRELAS CADENTES 

A menina passeava
Admirando-se na vitrine
Como se olhasse estrelas
Cadentes na vidraça 

Nos seus olhos estrelas cadentes
Desejo? Sedução? Prazer?
Poderia ser tudo, mas
Era apenas um olhar de menina... 

Do outro lado da vitrine
Uma balconista a observa
No espelho apenas um fantasma
Ousa espreitar a cena 

Dos seus olhos
Duas estrelas se atiram no chão
Enquanto a menina maltrapilha
Jura que um dia voltará... 

Mário Feijó
24.07.12








segunda-feira, 23 de julho de 2012

PARA VIVER INTENSAMENTE: AME!


PARA VIVER INTENSAMENTE: AME! 

Eu queria ter por perto
Gente que me olhasse nos olhos
E sem medo me contasse
Todas as verdades da vida 

Quem nasce predador
Morre predador e não sou eu
Quem vai mudar a natureza
De qualquer um destes animais 

Estendemos as mãos e
Segura-as quem quer
Porém alguns preferem
Caminhar para o precipício 

Eu prefiro a verdade doída
A uma mentira piedosa
Amor, carinho e até a paixão
Merecem ser vividos intensamente... 

Mário Feijó
23.07.12

OLHOS DE ADEUS


OLHOS DE ADEUS 

Não havia mais lágrimas naqueles olhos
Tenho a impressão que a fonte secara
Desgraças maiores não haveriam de acontecer 

Um olhar seco
Reflete um coração sem amor
E se não há amor
Também não existe ali alegria 

Vidas secas
Cabeça de autômato
Tudo é igual
Faça chuva ou faça sol 

A dor era permanente
O desamor tinha cor de sempre
Todos partiam e os olhos
Estes se acostumaram com as partidas... 

Mário Feijó
23.07.12








sábado, 21 de julho de 2012

HOMENS AZUIS


HOMENS AZUIS 

Hoje eu descobri
Que as crianças azuis
Cresceram e tornaram-se
Homens e mulheres 

Eles já vêm a vida
De outra forma
Diferente daquela que
Noutros tempos todos viam 

Eles têm um olhar que fala
Eles têm energia do arco-íris
Que irradia e ilumina 

São homens e mulheres azuis
Que mudarão ao mundo
Com suas energias de amor... 

Mário Feijó
21.07.12

SAUDADES DO ONTEM


SAUDADES DO ONTEM



        Ah! Eu tenho me questionado muito nos últimos tempos. Tenho medo da vida, dos riscos que corro, do meu dia a dia, da solidão, do desamor, entre tantos outros. Eu penso que estou até com medo de amar.

        Você já viu como andam os seres humanos? Ninguém mais se entende, ninguém mais estende as mãos. Ontem eu cheguei perto de uma senhora e disse: oi. Ela levou um tremendo susto. Ontem também estávamos fazendo um sarau e resolvemos distribuir a Antologia organizada pelo grupo gratuitamente para a plateia e uma senhora rejeitou. Eu tornei público o gesto, dizendo que estava triste, pois mesmo doando as pessoas rejeitavam um livro. Ao que ela no final veio se desculpar dizendo que pensou que estávamos vendendo... mesmo assim... foi desagradável.

        Outro dia encontrei um ex-colega de escola cuja irmã foi minha colega e depois acabou se tornando minha aluna (acho que parou de estudar e quando voltou a fazê-lo eu era o professor de uma das matérias). Eu cumprimentei o rapaz e ele pareceu não me reconhecer. Então eu tentei reavivar a sua memória só para manter contato. O cara na maior grossura me perguntou:

“- O que é? És candidato?”

Dei meia volta e fui embora desiludido.

Este fato já aconteceu há mais de quinze anos e ainda me faz pensar sobre como andam as pessoas: distantes e frias.

Quando penso nisto eu reflito que moramos em um pais de origem latina – somos “calientes” – e a solidão e a falta de calor humano machucam. Não é à toa que alguns estados brasileiros, como Alagoas apresentam altos índices de suicídio, tal como países como Suécia e Japão. O Brasil, hoje, é o 11º. Colocado na taxa de suicídios no mundo.

Estamos nos isolando. Todos têm medo e alguns até se arriscam pela internet em novos relacionamentos, mas está faltando o cara a cara, o calor de apertos de mão, dos abraços...

A vida não é fácil, mas como era bom cuidar de um quintal, botar os pés no chão ou dentro de riachos, comer frutas direto das árvores... ai que saudade...



Mário Feijó

21.07.12     

sexta-feira, 20 de julho de 2012

VIDA ENCANTADA


VIDA ENCANTADA  

Eu estou assim
Como se fora um cavalo selvagem
Que diante do domador
Apaixona-se por ele 

Estou na vida encantado
Pelos domadores da vida
Pelos que têm as rédeas nas mãos
Pelos que se encantam diante do amor 

Eu não vou mais esperar
Que chegue as sextas-feiras
Para ser feliz... 

Encantado pelos olhos azuis da vida
Estarei desde a segunda feira
Feliz todos os dias com o que faço e comigo...


Mário Feijó
20.07.12