segunda-feira, 29 de setembro de 2014

À TERRA DE CASIMIRO DE ABREU

À TERRA DE CASIMIRO DE ABREU

Feito almas entrelaçadas
Duas figueiras se contorcem
Como dois seres apaixonados
À beira do rio caudaloso

O bem-te-vi gritava ao longe
Elas envergonhadas calaram-se
Sem deixar de balançar suas folhas

Do rio piscoso pulavam tainhas felizes
Que passeavam no rio para desovar
Enquanto isto nas figueiras bruxas e duendes
Acenam adeus ao “menino poeta” que por ali brincara

Não! Não se encantem por mim duendes
Não sou Casimiro reencarnado, mas um menino
Que teve oportunidade de envelhecer
Para passear por esta terra tão lúdica
Que me inspira poemas, versos e prosas...

Mário Feijó
29.09.14


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