LACRIMÉ
Eu
já morei em vales secos
Onde
girinos não nasciam
Por
falta de água
Por
falta de lágrimas
E as
dores fervilhavam
Como
se fosse lava escaldante
De
um vulcão prestes
A entrar
em erupção
Deixei
que as lágrimas caíssem
Enfrentei
os temporais
Desviei
dos vendavais
E os
girinos viraram sapos
Engoli-los?
Jamais
Agora
há flores no meu quintal
Os
peixinhos nadam no lago
As
lágrimas viraram uma pasta “lacrime”...
Mário
Feijó
27.08.13
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