terça-feira, 26 de julho de 2011

DESDE QUE PARTISTE





Algumas vezes tornam-se
Tristes os meus sonhos!
Clamo por ti neles e
Meus braços continuam abertos! 

É um vazio tão grande no corpo
Que faz buracos em meus ossos
Numa osteoporose lenta e dolorida
Atravessando-me a alma... 

A dor causada – esta já não importa –
Batem janelas ao vento – todas abertas à tua espera –
E também bate a porta como se
Em fúria quisessem acabar este martírio... 

E tu não vens – sem nexo saio a caminhar
Os pés me queimam na areia quente
Deste chão que já não sei porque
Ficou tão desértico feito minha vida – desde que partiste!!!


Mário Feijó
26.07.11

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