terça-feira, 23 de agosto de 2011

ENTRE ANJOS E DEMÔNIOS






E o menino decente
Docemente chorava
Pedia perdão por pecados
Que certamente não cometera... 

E os outros “meninos”
Em nome de “deus”
Um “deus” diferente do meu
Que tudo perdoa, batiam... 

E o menino indecente
Frágil, solitário foi espancado
Porque era delicado e gay 

E os outros meninos
Vestiram-se de juízes
E o condenaram à morte
Por pecados que nem sabia que tinha...


Mário Feijó
23.08.11

A NATUREZA EM CABO FRIO





Eu era apenas a brisa
Que vinha daquele mar azul
Que espalhava as dunas
De um lado para o outro... 

E os pombos voavam na beira da praia
Mortos de fome comiam qualquer coisa
De arroz cozido a peixe frito
Tudo se transforma ou se adapta 

É o gosto do freguês
É a vida que obriga
É a adaptação pela sobrevivência
Ou é somente a evolução... 
Mário em Cabo Frio com estátua de Leandro do futebol

Mário Feijó
22.08.11


CABO FRIO



Águas transparentes como se fossem
Cristais derretidos, frios
Batiam levemente na areia

Em ondas espumantes
O vento levava de um lado ao outro
Nuvens de areia fina...

Lá distante incrustado
Em suas águas verdes
Pairava um navio de carga
Vermelho e preto ferindo a natureza...



O céu sem nuvens ia do cinza no horizonte
Ao azul piscina sobre a minha cabeça
Eu só agradeci a Deus
Por conhecer um pouco do que é o paraíso...

Mário Feijó
22.08.11

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

CANDIDATE-SE!





Há espaço na minha vida
Para experiências de amor
Para abraços fraternos
Para campos floridos, pássaros cantando... 

Há muito espaço em minha vida
Para os teus abraços
Para enlaces de amigos
Para carinhos de irmãos... 

Há vaga de amigos sinceros
Estas sempre estarão abertas
Sem outros pré-requisitos
Basta o amor e a sinceridade... 

Há muito espaço
Para dias de sol
Tardes de chuva
E noites de riso... candidate-se!!! 

Mário Feijó
18.08.11

FÉ, AMIZADE E AMOR






Com um pouquinho de fé
Podemos melhorar o mundo
Acreditar em nós mesmos
E seguir em frente... 

Com uma amizade
Nosso coração relaxa
Nosso corpo sofre menos
E nosso espírito fica em paz... 

Com amor no coração
Somos mais felizes
Consequentemente mais amados
E resplandecemos luz... 

Nada somos sem fé
Desacreditamos em nós mesmos
Sem amigos somos um barco sem leme
E sem amor nossa vida é um deserto...


Mário Feijó
17.08.11

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

EU VOU SEMPRE TE AMAR




Se isto te faz bem
Passe por mim feito o vento
Eu te sentirei, mas tu
Invisível pra mim estarás... 

Se isto te faz bem
Não me ligue, nem precisa
Dizer que me ama
Guarde contigo as lembranças de criança
- eu estava lá e vou sempre te amar – 

Se isto te faz bem
Um dia descobrirás
As mentiras que te contaram
Mas eu sempre fui um ser humano... 

Se isto te faz bem
Nunca chores por mim
Perdoa-te! Eu já te perdoei e não te quero mal
Há muito amor em meu peito
E veneno no teu coração
Então sopra, sopra, sopra
Feito o vento e viva feliz... 

Mário Feijó
15.08.11

O QUE É QUE EU FAÇO?






Eu sofro muitas dores na alma
Ninguém vê, ninguém sente, portanto,
Ninguém liga pra minha dor
Mas até o corpo dói... 

Dores da alma não enternecem ninguém
No entanto são estas dores
Que pedem carinho, que pedem um colo
Mas ninguém vê, ninguém sente... 

E o corpo dói e com o passar do tempo
Se você não sai desta energia
O corpo adoece e a alma dói
Mas ninguém vê, ninguém sente... 

E o que é que eu faço
Com esta dor no peito?
O que é que eu faço com meu desamor?
Se ninguém vê, ninguém sente... 

Mário Feijó
15.08.11

sábado, 13 de agosto de 2011

PAI: perdoe-me!







Pai, eu quero te pedir perdão
Se hoje eu não posso te abraçar
Não é que eu não queira pai
Mas tu vives agora em outro lugar... 

E nos tempos que eu podia, Pai
Eu ainda era uma criança
Eu não entendia muito de amor
Eu não entendia nada de amar... 

Mas doía a tua falta de abraços
E eu não entendia Pai
Porque tu nunca me estendeste os braços
Nem porque tu nunca me deste um beijo Pai... 

É duro eu sei, esta nossa realidade
De que homem não pode chorar
Eu te compreendo pai e queria o teu perdão
Por não saber abraçar e até acho que tu
Hoje me entendes Pai e quem sabe
Possas agora me perdoar...


Mário Feijó
14.08.11

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

ÉS PÓ E AO PÓ RETORNARÁS...






Simples assim:
Baixam-se as cortinas
E naquele dia
O palco daquela vida se encerra...

No outro dia sobrará
Apenas uma urna
E dentro dela o pouco
Que ela voltou a ser... pó!

Apagam-se todos os pecados
Todos os erros vividos
Esquecem-se suas traições
E no imaginário geral
O pecador torna-se
O mais puro de todos os santos.

A sua alma vai direto pro céu
Diz o pastor, como se na vida
Aquele pecador tivesse
Passado ao largo de todos os pecados
O individuo jamais cometera qualquer deslize!...

Noventa anos foram vividos
E o defunto em sua rigidez cadavérica
Concorda com tudo passivamente
Ele também pensa que tudo aquilo
É apenas mais um dia de espetáculo
No circo que é a sua família
E manda ao cremador seu pedido:
- Prefiro a carne mal passada...
Enquanto a cortina baixa lentamente... 

Mário Feijó
12.08.11

LOUCOS SÃO OS AMANTES






Por que não seguraste minha mão
Quando eu te estendi?
Eu juro que não tiraria
Nenhum pedaço de ti
No máximo tocaria
Em algumas partes do teu corpo... 

Sem sustos e medos
Cometeria pecados
Doces pecados
A começar pelos beijos... 

Depois deslizaria meus lábios
Pelo teu corpo em um frenesi
E louco iria te despindo aos poucos
Só para curtir cada arrepio teu... 

Não pararia! Sopraria em sussurros
Na tua nuca, em teu ouvido
O quanto te quero
E o quanto te desejo... 

Mário Feijó
12.08.11

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

OLHOS VERDES




Teus olhos verdes
são chamas que me enlouquece
Brilham pra mim como estrelas
E quando me miras
Não sei o que dizer... 

Sei que gosto do sabor
que eles têm e tudo em mim estremece
Fazes-me chegar às nuvens
E minhas pernas balancearem
Feito bambus balançando ao vento... 

Fazes o meu corpo vibrar
Numa emoção por saber
Que o brilho de teu olhar
Tem a força da natureza
Trazida por teu amor.  

Sônia Rostro/Mário Feijó
(Dueto)

TU





Tu és a luz
Tu és o fogo
Tu és a paixão
Tu és o amor 

És o ar que eu respiro
Estás em minha vida
Feito brisa refrescante 

És a luz do sol
A me dar vida
Encantando todos os meus dias... 

A tua voz que sussurra
Palavras à brisa
Que delicada
Diz que sou tua lida 

Quero cantar-te em versos
Que de teus lábios saem
Como se fossem chuva
De um amor que sobre mim caem...


Sônia Rostro/Mário Feijó
(dueto)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

POR TUA CAUSA






Por tua causa
        Eu pensei que pudesse
        Ter direito à felicidade
        E sonhei... 

Por tua causa
        Eu sonhei viver um grande amor
        Desses do tipo “capa e espada”
        Um amor arrebatador... 

Por tua causa
        Eu acreditei que minha vida
        Pudesse ter alguma razão
        E que pudéssemos nos amar... 

Por tua causa
        Eu descobri o preconceito
        Descobri que nem tinha direito
        De querer contigo sonhar... 

Por tua causa
        Eu piquei meu coração
        E agora pode ser tarde
        Pois joguei os pedaços ao vento... 

Mário Feijó
08.08.11

NOBRE CORAÇÃO








Enquanto não amarmos um animal,
uma parte da nossa alma
permanecerá adormecida.
Anatole France



Nobre coração – tente o mais que puder
Bater até cansar – resista ou
Que eu envelhecido e cansado
Te peça para parar... 

Bata sempre mais forte
Quando eu ver um corpo bonito
Mas também quando ver uma flor se abrir
No meu jardim ou por onde eu passar... 

Nobre coração – veja mais longe
Que os meus próprios olhos
E não deixe se enganar
Diante de amores senis... 

Ensina-me sempre a aprender
A dividir e não somente a somar
E que eu possa amar mais e mais
Até àqueles que na vida não me amam... 

Nobre coração que se esconde em meu peito
Diga ao meu cérebro, muitas vezes tão racional
Que não há irracionalidade num abraço
E que amar não dói, mas prolonga a vida... 

Mário Feijó
08.08.11

domingo, 7 de agosto de 2011

OUÇA

 



Ouça-me por um momento apenas
Quero que você me ouça, nada mais...
Há dias assim, que eu só preciso ser ouvido
Noutros quero apenas silêncio e te olhar... 

Há magia no calar, no saber ouvir
E eu estou na fase do dizer silenciosamente
Do toque de pele, do roçar de lábios
Na tua pele, na tua boca, então ouça... 

Ouça! Tente ao menos uma vez
Sem julgamentos, com desprendimento...
Ouça o vento e sinta o que ele diz... 

Há magia no olhar
No silêncio, barulho do mar
Tudo isto só porque quero dizer que te amo... 

Mário Feijó
07.08.11

sábado, 6 de agosto de 2011

QUANDO O AMOR ACONTECE





Existem culpados
Quando nasce uma flor
Quando cai um relâmpago
Quando muda o tempo
Ou quando brota um amor? 

Se não existem culpados
Para os fatos da natureza
São tudo fatos naturais
Como eu serei culpado
Por querer te amar? 

Só porque você acha
Que eu seja água do rio
Que não corre para o mar
Porque sou água que evapora
Não me queira condenar... 

O amor vê a outra pessoa
E acontece algo inexplicável
Você começa a sofrer por não ser correspondido
Então não queira achar as razões do amor
Não me condene e deixe-me te amar... 

Mário Feijó
Agosto/2011

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

CONVERSA ENTRE AMIGOS





Todos têm um bichinho
Um objeto, ou algo de estimação
Eu tenho a minha laranjeira
Com ela converso, conto meus segredos
Ouço os seus, falo do tempo, do vento
Converso sobre saudades
Conto todos os meus amores
Falo da minha mocidade...

Conto do tempo perdido com coisas bobas
Enquanto o mundo gira apressadamente
Falo de todas as minhas dores
Quero saber de seus frutos porque quero
Plantar na terra novas sementes...

Parece coisa de criança brincando com seu amigo invisível
Mas eu sou assim, meio adulto, meio criança, um pouco
Já cansado, em outros tempos um velho.

Eu lhe pergunto dos seus, ao que ela me diz:
- foram-se mundo a fora!
Crio meus filhos pro mundo e fico no meu canto
Cumprindo minha missão.

Dou-lhe meu abraço, cheiro suas folhas
E me recolho diante de sua sabedoria amiga...


Mário Feijó
05.08.11

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

EU SOU NUVEM AO VENTO





Pode o vento soprar
Para qualquer lado que for
Em você vou pensar
E ainda sentir este amor... 

Eu sou aquela nuvem que passa
Jogada de um lado pro outro
Que se transforma a cada encontro
A cada mudança do tempo... 

Eu sou a nuvem que chora
A cada encontro contigo
É que não quero mais ser
Tão somente amigo mas também teu amor... 

Eu sou a luz do sol
Que bate no gelo e o derrete
Evaporando volto aos céus
Pra depois novamente por ti chorar... 

Mário Feijó
04.08.11  

AMOR DESCOMUNAL





Eu poderia ser árvore
Não ter nenhum sentimento
Ou poderia ser até
Uma pedra fria 

Como também poderia
Ser apenas um passarinho
E pra você construir meu ninho
Sem ter amor por você 

Amor é coisa de gente
Não é apena cio
Ou um instinto animal

E se um dia eu renascer
Penso que por ti ainda vou ter
Este amor descomunal... 

Mário Feijó
04.08.11

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O AMOR POR TI





Poderia ser apenas
Uma pedra rolando morro abaixo
Ou até mesmo água
Caindo da cachoeira... 

Como poderia ser um vulcão
Em plena erupção a jorrar
Lava impiedosamente... 

Quiçá fosse apenas um passarinho
A visitar seu ninho
Levando comida aos seus filhotes
Mas não é nada disto 

Foi apenas o amor
Que fez erupção em meu coração
Transbordou feito cachoeira
E lá no meu peito fez seu ninho por ti... 

Mário Feijó
03.08.11

UMA ESTORIA DE AMOR E FIDELIDADE

As cegonhas que fazem ninho na Croácia todos os anos, fazem um longo caminho de 13 mil quilómetros da África do Sul pelo vale do Nilo

Malena e Rodan, uma linda história de amor.
Foto: Divulgação/EFE
Uma amada ferida pelos disparos de um malvado, Um galã apaixonado que cruza meio planeta para visitá-la todos os anos, apesar de todas as dificuldades. A história parece mais um roteiro de filme de romance, mas é a realidade da vida de um casal de cegonhas na Croácia.
A cada primavera, o país se emociona com a chegada do macho Rodan que volta da África ao país balcânico para encontrar sua amada Malena, que não pode voar devido às sequelas de um tiro d qual foi vítima há 18 anos.
O casal de aves oferece este ano, um espetáculo de alegria, já que em seu ninho, há quatro filhotes recém-nascidos, enquanto os demais estão por sair de seus ovos, segundo informou a imprensa local.
Malena foi encontrada ferida, em 1993, em um campo perto de Slavonski Brod, uma cidade de 200 km a leste de Zagreb, com a asa ferida por tiros dados por um caçador italiano.
Stipe Vokic, porteiro de uma escola primária, cuidou da ave, conseguiu curá-la e fez um ninho no telhado da escola para ela.
Faz nove anos que Rodan se apaixonou por Malena, que não pode acompanhar seu amado na viagem até à África, pois apresenta sequelas do ferimento que a impedem de voar para a rota migratória que faz as aves de sua espécie todos os anos.
Durante o inverno, Vokic cuida e alimenta Malena, mas todas as primaveras, quando Rodan regressa, ele mesmo trata de cuidar da companheira. Ele leva-lhe comida fresca, arruma o ninho e alimenta os filhotes.

Foto: Divulgação/EFE
"É uma relação terna, da qual se pode fazer um filme de amor", comenta Vokic ao jornal Vecernji list.
Em Julho, Rodan ensinará aos seis filhotes a voar e, em meados de agosto, voarão juntos até África.
"A cada ano, me parte o coração quando chega a hora de partirem. Rodan chama Malena, para que vá com ele, mas ela não pode. Até hoje, já criaram 35 filhotes", diz Vikic.
Esta primavera, a imprensa croata publicou a triste notícia de que Rodan não estava de volta e, certamente, alguma coisa ocorreu na África, mas para a alegria de todos, apareceu de repente, apesar de mais cansado do que nunca.
As cegonhas que fazem seus ninhos na Croácia todos os anos, realizam uma longa viagem de 13 mil quilômetros pelo Vale do Nilo até à África do Sul, caminho onde encontram muito perigos e penúrias.

Foto: Divulgação/EFE
                       Normalmente eu não coloco em meu blog estórias ou relatos de terceiros, mas esta estória é linda demais e como eu falo muito em amor resolvi reproduzí-la aqui. Mário Feijó

A ESPUMA O AMOR

Foto: Capão da Canoa-RS ao amanhecer no verão



Sou a areia da praia
Que as ondas batem
Mas com ela não se importam
Feito a espuma à beira mar... 

Sou o pólen
Que o vento carrega
Que fecunda outras flores
Sem incomodar a ninguém...

Se você não me ama
Se você não me toca
Eu não sou nada além
De uma espuma à beira mar... 

Do que me adianta
Ter tido este corpo
Se eu não posso te sentir
O prazer que ele proporciona? 

Serei tão somente sempre
A espuma das ondas
Que as ondas jogam do mar? 

Mário Feijó
03.08.11

terça-feira, 2 de agosto de 2011

VOCÊ TEM...





Você tem a força dos ventos
Que move o mundo
Que leva vida de um lado ao outro
É o responsável pelo movimento das marés... 

Você tem a força dos ventos
Quando mexe com minha estrutura
Desestrutura todos os meus sentimentos
E me deixa de pernas pro ar... 

Eu já não sei o que faço
Para que entendas meu amor
Quase tão impossível quanto
O amor de uma rosa por seu beija-flor... 

Eu sou assim
Entrego todos os pontos
Quando o teu vento
Sopra na minha direção...

Mário Feijó
01.08.11

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

DIÁRIO DE UMA (EX)PROSTITUTA ADOLESCENTE



Cap. IV
LÁGRIMA ARREPENDIDA / LÁGRIMA TATUADA
 

Daiane tinha projetos de renascer donzela nos mares do sul. Renegar um passado de pecados vivido, porém estava assustada com as propostas do destino. Não menstruou no último mês. Seria cobrança ou castigo pela vida abandonada?
Apegou-se a todos os santos e rezava com ardor para que não estivesse grávida.
Era quase final de outubro e o tempo dava amostras de que o verão seria intensamente quente e seco.
Daiane apegara-se à D. Maria de Lourdes que além de muito maternal também lhe dava amostras de uma amizade sincera.
Certa manhã ela estava na portaria da pensão quando viu os dois rapazes cobertos por roupas justíssimas de neoprene, prancha embaixo do braço dirigindo-se para o mar. Era uma visão tão encantadora que na mesma hora Daiane sentiu as pernas fracas e um calor úmido escorrer por suas pernas. Sentou-se e ao se perceber molhada foi ao banheiro, descobrindo nesta hora que havia menstruado. Pensou “ou foram as rezas ou esta visão de há pouco, Deus do céu! Cruzes!”.
Chorou lágrimas arrependidas e com elas sentia-se lavar seu passado, suas culpas, seu medo de menina, seu gozo inocente e quase indecente, redimindo-se de todos os pecados. Perdoou-se e pensou numa vida nova que agora poderia ter. era sua chance de redenção, mas aqueles rapazes: “eita visão dos infernos pra me atormentar”! Não sou de ferro, pensou.
Passaram-se os dias e já em pleno verão Daiane atarefada havia se enturmado com os hóspedes e principalmente com os gêmeos de Maria de Lourdes. Mantinha uma distância discreta dos mesmos, ao mesmo tempo em que abria algumas portas insinuando toda a sua beleza adolescente e de uma fêmea no cio...
Em fevereiro quando aconteceu o Planeta Atlântida encontrou com os rapazes meio desinturmados, pois aquele não era os seus ambientes, mas queriam se enturmar e foram assistir aquele festival musical. Daiane aproximou-se deles e passou a existir entre os três um clima de intimidade e gentilezas sutis, ora um trazendo um refrigerante, ora outro trazendo uma cerveja.
No final da noite ela já havia beijado um deles mais de uma vez ou seria aos dois uma ou outra vez? Não importava! Estava se divertindo pela primeira vez, desde que viera do nordeste. estava feliz e antes do show terminar foram embora a pé, pela praia. Lá o clima esquentou e os dois a beijavam e acariciam de uma forma tão deliciosa que não pensou em mais nada, entregou-se à paixão dos gêmeos.
   Sentia-se tão feliz que de seus olhos corriam as lágrimas antes arrependidas, agora soltas, como se fossem cachoeira fresca lavando sua face.
Neste dia Daiane decidiu tatuar na nuca duas lágrimas... 

Mário Feijó
01.08.11






EU SEMPRE TE AMEI





Eu queria poder
Dizer que te amo
Mas as palavras
Se calam em minha boca... 

Eu queria poder
Escrever que te amo
Mas as palavras
Se apagam nas páginas... 

Eu queria falar
Que te amo, mas
Emudeço e não falo
Os meu lábios se calam
Em promessas de amor... 

Então eu grito ao vento
E a escrita do tempo
E parece lá ficar
Talvez algum dia possas
Compreender o quanto te amei... 

Mário Feijó
01.08.11