sexta-feira, 15 de maio de 2015

TARDE AGRADÁVEL (texto de construção coletiva)

TARDE AGRADÁVEL (texto de construção coletiva)

Era uma agradável tarde de outono. Tendo em vista o feriado que se emendou com o final de semana resolvi ir para o campo. Adoro perfumes, cheiros diferentes e gostosos. De repente abrindo a janela do carro vejo um campo florido, com flores lilases. O cheiro de lavanda invade minhas narinas.
Não poderia continuar sem parar, diante da sensação agradável que me envolveu. Lembrava-me os bons tempos em que eu e Larissa nos conhecemos. Foi amor à primeira vista.
Sai do carro e me sentei em cima de uma pedra. No entanto logo tive que sair correndo para o carro, pois atrás havia três cabras e um bode que ao me avistar, logo fez menção de atacar. Que raiva!! Tive que abortar meu deleite e procurar um outro locar para fazer meu passeio de final de tarde. (Mário Feijó).
Retornamos para o carro correndo o mais que podíamos, no início apavorados e em seguida rindo muito da situação. Eu dizia que eram bodes e Larissa me corrigia: são cabras cheirando à lavanda.
Não conseguia parar de rir e como bom fumante acendi um cigarro. Larissa, indignada disse pare com isto ou eu abro a porta e pulo deste carro.
- Estava tão bom o cheiro de lavanda e vem você com este vício estragar este perfume. Deste jeito prefiro voltar às cabras, pelo menos estarei perfumada.
Gritei, rindo:
- Isto já é preconceito contra os fumantes. (Heloisa Mascolo).
Seguimos por aquela estrada, na região da serra gaúcha, apreciando as paisagens agradáveis e ao longe uma pequena vila.
Eram casinhas pequeninas. Encantadoramente cuidadas, numa paisagem bucólicas. Haviam jasmins plantados e floridos e o cheiro de jasmim é algo que vai longe. Cheirinho marcante que lembrava paixão em mim, romântico inveterado e apaixonado por flores.
Parei o carro para buscar uma flor daquelas e a ofereci à Larissa. O cheiro invadiu o carro.
- Viu? Agora o perfume vai nos acompanhar, como você queria, no caso das lavandas. (Silvania Anderson)
Foi uma tarde inesquecível. Tantos aromas, tantas flores e paisagens, tantas lembranças revividas.
Reportei-me aos primeiros dias de nosso namoro que já vinha caindo na rotina e pensei que tinha que fazer mais isto. Mais passeios, mais brincadeiras, apreciar novas paisagens e fugir das cabras...
Lembrei que Larissa fugia de mim, quase como nós fugimos das cabras, no entanto ela acenava com a esperança de que eu poderia conquistá-la e foi o que aconteceu. Agora eu queria estar sempre ao seu lado, mas tinha que fazer algo para amenizar a rotina da relação.
No outono as noites são mais frias. Estava ficando tarde.
- Venha! Vamos entrar e tomar um café quente, disse-lhe eu sorrindo e dando um delicado beijo em seus lábios. (Marlene Nahas).
Voltamos para nossa casa. Acendemos a lareira e enquanto eu abria um vinho, trazido da serra, ela preparava um chimarrão e o calor do ambiente começava a nos envolver.
Vieram do campo algumas flores de jasmim que colocamos em vasos. Eu pensava que tinha sido um bobo em ficar com raiva do tal bode e de suas cabras.
Colocamos um filme na TV “meia noite em Paris e envolvidos pelo clima do filme, regados a vinho, enrolados um no outro, cobertos por uma manta, ficamos ali trocando juras de amor que terminou de forma romântica e muito agradável. (Mário Feijó).

Técnica


Texto produzido em aula. Primeiro cada participante sorteava um sentimento e um cheiro e tinha que inseri-lo em seu texto. Terminada a sua parte passava para o outro que continuava o texto do amigo inserindo as suas palavras até chegar de novo ao que iniciou a redação e que deveria por um fim à história que ele começou.  

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