TARDE AGRADÁVEL (texto de construção coletiva)
Era uma agradável tarde de outono.
Tendo em vista o feriado que se emendou com o final de semana resolvi ir para o
campo. Adoro perfumes, cheiros diferentes e gostosos. De repente abrindo a
janela do carro vejo um campo florido, com flores lilases. O cheiro de lavanda
invade minhas narinas.
Não poderia continuar sem parar,
diante da sensação agradável que me envolveu. Lembrava-me os bons tempos em que
eu e Larissa nos conhecemos. Foi amor à primeira vista.
Sai do carro e me sentei em cima
de uma pedra. No entanto logo tive que sair correndo para o carro, pois atrás
havia três cabras e um bode que ao me avistar, logo fez menção de atacar. Que
raiva!! Tive que abortar meu deleite e procurar um outro locar para fazer meu
passeio de final de tarde. (Mário Feijó).
Retornamos para o carro correndo o
mais que podíamos, no início apavorados e em seguida rindo muito da situação. Eu
dizia que eram bodes e Larissa me corrigia: são cabras cheirando à lavanda.
Não conseguia parar de rir e como
bom fumante acendi um cigarro. Larissa, indignada disse pare com isto ou eu
abro a porta e pulo deste carro.
- Estava tão bom o cheiro de
lavanda e vem você com este vício estragar este perfume. Deste jeito prefiro
voltar às cabras, pelo menos estarei perfumada.
Gritei, rindo:
- Isto já é preconceito contra os
fumantes. (Heloisa Mascolo).
Seguimos por aquela estrada, na
região da serra gaúcha, apreciando as paisagens agradáveis e ao longe uma
pequena vila.
Eram casinhas pequeninas. Encantadoramente
cuidadas, numa paisagem bucólicas. Haviam jasmins plantados e floridos e o
cheiro de jasmim é algo que vai longe. Cheirinho marcante que lembrava paixão
em mim, romântico inveterado e apaixonado por flores.
Parei o carro para buscar uma flor
daquelas e a ofereci à Larissa. O cheiro invadiu o carro.
- Viu? Agora o perfume vai nos acompanhar,
como você queria, no caso das lavandas. (Silvania Anderson)
Foi uma tarde inesquecível. Tantos
aromas, tantas flores e paisagens, tantas lembranças revividas.
Reportei-me aos primeiros dias de nosso
namoro que já vinha caindo na rotina e pensei que tinha que fazer mais isto. Mais
passeios, mais brincadeiras, apreciar novas paisagens e fugir das cabras...
Lembrei que Larissa fugia de mim,
quase como nós fugimos das cabras, no entanto ela acenava com a esperança de
que eu poderia conquistá-la e foi o que aconteceu. Agora eu queria estar sempre
ao seu lado, mas tinha que fazer algo para amenizar a rotina da relação.
No outono as noites são mais
frias. Estava ficando tarde.
- Venha! Vamos entrar e tomar um
café quente, disse-lhe eu sorrindo e dando um delicado beijo em seus lábios.
(Marlene Nahas).
Voltamos para nossa casa. Acendemos
a lareira e enquanto eu abria um vinho, trazido da serra, ela preparava um
chimarrão e o calor do ambiente começava a nos envolver.
Vieram do campo algumas flores de
jasmim que colocamos em vasos. Eu pensava que tinha sido um bobo em ficar com
raiva do tal bode e de suas cabras.
Colocamos um filme na TV “meia
noite em Paris e envolvidos pelo clima do filme, regados a vinho, enrolados um
no outro, cobertos por uma manta, ficamos ali trocando juras de amor que
terminou de forma romântica e muito agradável. (Mário Feijó).
Técnica
Texto produzido em aula. Primeiro
cada participante sorteava um sentimento e um cheiro e tinha que inseri-lo em
seu texto. Terminada a sua parte passava para o outro que continuava o texto do
amigo inserindo as suas palavras até chegar de novo ao que iniciou a redação e
que deveria por um fim à história que ele começou.
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