quinta-feira, 28 de maio de 2015

DORES MORNAS

DORES MORNAS

Algumas vezes
Ao sentir decepção
Sinto uma espécie de vazio
E uma dor morna
Que dá sinais no coração
Deixa o cérebro em polvorosa
E faz um eco na alma

O corpo está quente
A alma vazia e gelada
O pulsar do sangue nas veias
Faz pressão nos ouvidos
Como se o coração
Não estivesse dentro do corpo
Mas numa caixa de algodão

E a dor que não dói
É morna e faz eco n’alma
Plaft, plaft, plaft
É meu coração pulsando
Dentro de um fardo de algodão...

Mário Feijó

28.05.15

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