Este blogger contém as obras, artes plásticas e poesias de Mário Feijó. Também mostra os trabalhos em que o artista está envolvido no momento...
segunda-feira, 11 de julho de 2016
PERMITA-SE... Mário Feijó - Poemas e Artes Plasticas: FELIZ NATAL TODOS OS DIAS
PERMITA-SE... Mário Feijó - Poemas e Artes Plasticas: FELIZ NATAL TODOS OS DIAS: Eu quero um mundo Onde a paz exista Durante o ano inteiro Onde as pessoas se amem Fraternalmente todos os dias Onde não exista fome, ...
PERMITA-SE... Mário Feijó - Poemas e Artes Plasticas: AMOR PERFECTO
PERMITA-SE... Mário Feijó - Poemas e Artes Plasticas: AMOR PERFECTO: Hoy yo pensé Que no más poeta sería Pues dejé huir Por entre rimas Mi amor es perfecto Que dormía en el lecho Y por...
PERMITA-SE... Mário Feijó - Poemas e Artes Plasticas: PENSANDO MUCHO
PERMITA-SE... Mário Feijó - Poemas e Artes Plasticas: PENSANDO MUCHO: Hoy yo pensé Que no más poeta sería Pues dejé huir Por entre rimas Mi amor es perfecto Qu...
O PODER DO MAR
O PODER DO MAR
As forças da natureza
interferem em tudo. Somos parte dela. Segundo o ensinamento Cristão nascemos do
barro. Ganhamos vida com um sopro.
Eu sinto as forças da natureza
me afetando. Elas afetam minhas vontades e meu humor. Um dia nublado me deixa
mais deprimido que um dia de sol. Não que eu me curve aos dias, como fazem as
árvores que se curvam ao vento, mas é inegável que as forças da natureza me
afetam.
Eu tenho fases, feito a lua.
Eu também brilho, feito as
estrelas.
Eu sofro de erupções, feito a
terra.
Eu faço marolas, feito as ondas
do mar.
E quando o dia nasce eu sou a
luz do sol.
Tenho a bondade dos animais
domesticados
E sou feroz quando me machucam
Feito os animais selvagens.
E tenho amor pra dar
Para quem tem energia para
trocar
Estendo meus braços
Feito o vento e nos teus
ouvidos troco confidências
E quando a noite chega
Eu sou a luz da lua iluminando
o mar
Escondendo segredos que não sei
contar
Sim! Eu tenho o poder do mar.
E sendo assim, sigo minha vida
contando meus dias, como se fosse uma única jornada. É a jornada da vida que
tem um começo, meio e fim. Porém eu me sinto contínuo nas forças da natureza. Daqui
a pouco eu serei apenas uma borboleta, recém-saída de seu casulo, viajando pelo
mundo, sem destino pra pousar.
Mário Feijó
11.06.16
quarta-feira, 29 de junho de 2016
VENTO: ESTE MENINO TRAVESSO
VENTO: ESTE MENINO TRAVESSO
Todas as manhãs ela
ia para a escola com sua saia pregueada (diziam ser plissada, não entendo muito
de costuras). Era azul marinho, a blusa branca e no bolso o nome da escola.
Adorava jogar a
cintura de um lado para o outro, começava a se descobrir mulher.
Depois de formada
passou a usar sempre saias “plissadas” com tecidos finos e leves. Era quase que
sua marca registrada.
Certa tarde
resolvera que iria dar umas voltas pela cidade, andaria pela praça, e sem nada
para fazer especificamente, iria cumprimentar pessoas e sorrir. A vida é bela e
agradável.
Aquele dia estava
quente. O calor estava infernal. Entrou no banho e em seguida começou a se
arrumar. Tinha que ser rápida, afinal pedira ao taxista que lhe buscasse às 15
horas. Faltavam dez minutos para ele chegar.
Estava quase pronta
quando o interfone começou a tocar insistentemente. Terminou rapidamente, mas
parecia que faltava algo.
Deixa pra lá, pensou.
Pegou a bolsa. Jogou um pouco de perfume no pescoço e nos pulsos e saiu
rapidinho. Sentia-se fresquíssima.
Lá embaixo, Gilmar,
o taxista disse:
- Desculpe D. Marília,
mas não tinha lugar para parar e eu estou em local proibido.
- Sem problemas
Gilmar, disse ela lânguida, ao taxista, ao qual era freguesa habitual.
Marília era uma
linda morena, no auge de seus trinta anos. Os homens nunca deixavam de se virar
quando ela passava. Afinal de contas uma bunda daquelas não era para qualquer
mulher.
Gilmar pensou “esta
mulher deve ter ancestrais negros, porque uma bunda destas, somente as negras
têm”. Hoje ela vai ter muito trabalho na cidade, com sua saia rodada. Riu para
si mesmo e tocou para o centro.
Dito e feito. Saiu ela
do táxi e o vento levantou-lhe a saia que se enrolou na cabeça, sem que ela
desse conta de baixa-la. Marília lembrou agora do que tinha esquecido. Não colocara
a calcinha. Lembraria para sempre que o vento é um menino travesso.
Nem Gilmar, nem os
demais transeuntes se esqueceriam da visão daquela tarde.
Marília voltou para
o táxi e pediu ao motorista:
- Por favor,
leve-me para casa.
Mário Feijó
29.06.16
Texto desenvolvido
na Oficina Literária, com minhas alunas, na tarde de 28.06.16, na Biblioteca
Pública de Osório-RS.
terça-feira, 28 de junho de 2016
TAL MÃE, TAL FILHA ( o fim )
TAL MÃE, TAL FILHA ( o fim )
Daniela ficara viúva com trinta anos. Os
primeiros anos de viuvez foram terríveis, mas com o passar dos anos tornara-se
amiga da filha que insistia para que ela saísse de casa e aproveitasse a vida.
Tornaram-se inseparáveis.
Pareciam irmãs. Faziam academia juntas e Daniela voltara para a faculdade.
A filha, Débora,
apaixonara-se pelo professor de ginástica, e depois de um namoro relâmpago
casara-se com ele. No entanto dois meses depois de casados o marido morrera em
um acidente de moto.
Tal mãe, tal filha... Estavam
as duas viúvas. Agora era a mãe quem consolava a filha e a incentivava a sair,
passear.
Um dia na praia, no verão
passado, ambas olharam para aquele homem moreno, 1,90m de altura, sorriso
alvíssimo, extremamente simpático chegou e puxou conversa com elas. Ficaram
conversando o resto da tarde. Não queriam mais se despedir. Ele as convidou
para jantar, num lugarzinho ali perto que tinha música ao vivo e pista de
dança. Local romântico. Aceitaram...
Em casa conversaram. Ambas
estavam atraídas por ele. Mãe e filha confessaram-se apaixonadas à primeira
vista. Decidiram que ele escolheria uma, se fosse o caso e a outra aceitaria.
O jantar estava ótimo.
Dançaram ambas se revezando. Ele parecia indeciso e confuso e não decidia a sua
preferência. Trocava carícias com uma e com outra quando as tirava pra dançar.
Ambas não se sentiram rivais...
________________
E agora? Você que está lendo
decida o fim desta história. Na próxima semana eu publicarei a minha versão ou
a versão de quem mais me agradar, com direito a crédito na parceria.
Mário Feijó
15.06.16
TAL MÃE, TAL FILHA... (o
final)
Foram muitas as respostas e
soluções para o drama vivido por mãe e filha, diante de uma paixão. No entanto
a solução tinha que vir de dentro de cada uma delas. Sendo assim, mãe e filha,
sempre confidentes, amigas e experientes, pois a vida as fizera experientes
resolveram de comum acordo por fim aquele romance.
Chamaram o rapaz para um
jantar e colocaram as cartas na mesa. Contaram suas histórias de vida. Foram
sinceras em tudo, até na atração que ambas sentiam por Davi. Ele diante da
sinceridade delas também se abriu.
Eu também me senti atraído
por ambas e sei que é confuso. Ambas são jovens e eu poderia ter um romance com
qualquer uma das duas sem problemas. Só que gostaria que antes de por um fim em
toda a nossa história eu queria propor que nos conhecêssemos melhor e queria
contar uma coisa que ainda não tinha falado pra vocês. Tenho um irmão gêmeo que
mora em São Paulo e estava lá fazendo doutorado com a esposa, mas faz seis
meses que se separaram e ele decidiu voltar, pois terminou o doutorado. Fez
concurso para a URGS e vai trabalhar em Tramandaí. Não estamos muito enturmados
por estes lados, então peço que sejamos amigos. Que me ajudem a socializar meu
irmão e eu aqui no Litoral.
As mulheres, que já tinham
decidido por fim ao romance, decidiram aceitar a amizade com o rapaz e conhecer
o irmão (o tal gêmeo).
Não é que os dois eram mesmo
iguais!!
- Meu Deus! Disseram uma à
outra. Vai começar tudo de novo. Miguel era tão encantador quanto Davi e logo
se sentiu mais atraído por Daniela. Ele era mais maduro que Davi e não tinha
dúvidas de que era Daniela a sua preferida. No início ficaram amigos. As
mulheres estavam preocupadas que a situação voltasse a ser como fora no inicio,
porém logo foram se conhecendo e Davi acabou tendo certeza de que Débora era
sua musa. Miguel deixou claro que não estava a fim de casar novamente, e assim,
logo. Daniela também não queria um casamento imediato, queria sim, um amigo, um
companheiro e se este companheiro lhe desse amor, isto lhe bastava.
Os romances evoluíram e logo
depois do primeiro ano Davi e Débora haviam decidido que casariam no ano
seguinte.
Miguel alugou um casa em
Osório e convidou Daniela para morar com ele. Pelo que todos observam há
harmonia entre eles. Todos parecem estar felizes, cada qual com suas
convicções.
Débora percebe agora que não
tinha nada a ver com Davi que é mais imaturo que o irmão. Por isto se dá tão
bem com a filha, prestes a completar 21 anos. Gostam das mesmas coisas, viajam
sempre, vão a shows de roque. Planejam ir ao próximo Rock in Rio, e estão
sempre em festas e badalações. Já Miguel é como ela: gosta de ficar em casa,
ouvir uma boa música, leituras, vão a saraus, cuidam do jardim, são românticos
e sonhadores... descobriram-se almas gêmeas, mas têm os pés no chão e tentam
não cometer erros. O passado ensina muito, dizem sempre.
Apesar de tudo, o amor
venceu.
Mário Feijó
28.06.16
segunda-feira, 27 de junho de 2016
O COMEDOR DE VENTOS
O
COMEDOR DE VENTOS
Há
muito tempo venho passando pelas ruas de Osório. Osório é uma pequena e
encantadora cidade no litoral norte do Rio Grande do Sul.
Há
uns quarenta anos, quando por aqui passava eu percebia que os ventos na cidade
eram assustadores, irritantes e “quase” amaldiçoados por alguns. Já ouvi dizer
que quem gosta de vento é louco.
Hoje
os ventos de Osório são benditos e a causa de sua crescente prosperidade. Osório
passou a ser “a Terra dos Bons Ventos”. Basta olhar para o horizonte e ver uma
quantidade infinda de torres eólicas. Na cidade parece que os ventos sumiram...
Voltei
a ser criança...
Aquelas
torres monstruosas me assustam. Dizem que elas transformam vento em energia...
Não sei não...
Tivemos
uma “presidenta” que queria engarrafar o vento. Como será que se faz isto? Será
que não há perigo de o vento não se aquietar e levar a garrafa junto?
Não
entendo isto, sou criança... tenho medo daqueles cata-ventos monstruosos. Para mim
eles são comedores de vento. Pelo que eu vejo eles comeram os ventos da cidade,
mas os ventos que ainda sobram não são mais mal vistos.
Em
outros tempos eu fazia cataventos de papel e os soprava pelo mundo. Era outro
tempo, uma outra infância. Um tempo onde o meu país era o “país das maravilhas”.
Tínhamos sonhos e esperança. Eu vivia encantado. Hoje tento, mas não consigo
mais me desencantar. Tudo está desencantado. Deixa pra lá... voltemos à Osório.
Passeio
pelas ruas tranquilas. Encontro gente educada, mesmo num país em
desenvolvimento, Osório cheira a primeiro mundo. Há esperança em Osório. A cultura
é primordial, apesar de alguns políticos não lhe darem o devido respeito, mas o
povo de Osório é um abnegado e continua fazendo saraus e cafés poéticos (tipo
os promovidos pelo Espaço Cultural Conceição). Existe na cidade uma Academia de
Letras que perambula de um lado para o outro sem uma sala para se reunir porque
não tem sede, mas a Biblioteca frequentemente lhe abre as portas (por falar em
Biblioteca Pública: que espaço maravilhoso e as meninas que lá trabalham são
incansáveis em promover eventos). Vale à pena visitá-la. Há um encanto especial
nela.
A
feira do livro sobrevive. A faculdade cresce a olhos vistos porque não é pública.
O Teatro prospera, com alguns abnegados à sua frente.
Enquanto
isto os ventos sopram escorrendo da Serra do Mar que termina ali na cidade,
descendo pelo morro da Borrússia – lugar aprazível e que deve ser visitado. Lá em
cima Jesus, se tivesse ficado por 40 dias e 40 noites teria sido mais feliz
meditando. Com certeza o Diabo não o tentaria.
É,
eu não sou mais criança. Não tenho medo dos ventos. Nem quando gemem na minha
janela. Apenas escuto seus recados, apenas lembro de suas viagens pelo mundo e
vindo se espalhar pelas lagoas da região contando histórias, criando lendas,
sendo devorados pelos Cataventos da minha infância, crescidos agora nas terras
de Osório.
Mário
Feijó
27.06.16
sábado, 25 de junho de 2016
A BATALHA DO(EU)
A BATALHA DO(EU)
Tenho travado
Uma batalha invencível
Com meu eu
Não é uma batalha do ego
Mas uma batalha contra o tempo
Que se alojou dentro de mim
Contra a idade
Contra os males
Que a vida acumulou em meu corpo
É como se eu fosse pedra junto ao mar
Que com o tempo acumula cracas,
Algas, crustáceos, mariscos
É uma batalha inumana, invisível
Incompreensível aos outros
Que não moram em meu corpo
São dores que mutilam a minh’alma
Que não entende a degeneração do corpo
Afetadas pelo tempo
Pela luz do sol
Que ao mesmo tempo é luz e destruição
Mário Feijó
25.06.16
sábado, 18 de junho de 2016
VONTADES SÃO DESEJOS QUE TEMOS QUE ATENDER
VONTADES SÃO DESEJOS
Há vontades que dão e passam
Outras ficam na imaginação
Algumas são contraditórias
Outras até bem explícitas...
Minha vontade agora
Era correr para teus braços
Andar de mãos dadas
Nos campos ou à beira-mar
Beijar os teus lábios
E no teu colo, enfim relaxar
Eu já te dei o meu amor
O meu céu e o meu lar
Traga contigo a vontade
De sempre comigo estar
Vontades são desejos
A serem cumpridos
Deixe que ela aconteça
E acenda luzes em sua vida...
Mário Feijó
18.06.16
sexta-feira, 17 de junho de 2016
OUTONO INVERNAL
OUTONO INVERNAL
Fazia
frio, porém ainda era outono.
Deitado na minha cama o frio
intenso fazia com que eu tremesse. Do outro lado da rua a menina beijava o
namorado, eu assistia através do vidro embaciado, lembrando meu amor ausente.
Dentro do quintal do vizinho
o cão uivava. Estava inquieto. Minha avó dizia que quando uiva está agourando
morte.
Levantei e fui até a cozinha tomar
uma caneca de chá quente.
Tentei escrever. Minha letra
estava tremida por causa do frio. Entrava uma friagem por todas as frestas que havia
na casa. Os aquecedores não davam conta de esquentar o ambiente. Eu continuava
tiritando de frio. Estava me sentindo uma peteca pulando de um lado para o
outro.
Estava com fome, mas uma
salada é muito pouco. Comi umas bolachas que eu mesmo fiz e fui para o quarto.
Isto não é vida, pensei. Detesto
o inverno, ele é meu carraso. Cada vez que o verão termina quero me atirar o
penhasco.
Dramático, eu?
Não. Tenho muitas dores no
corpo, toda vez que é inverno.
Mário Feijó
16.06.16
Atividade passada aos alunos
da Oficina Literária, na tarde deste dia. Usar as palavras: uivo, namorado,
salada, caneca, peteca, carrasco, penhasco, vida e morte, numa composição, em
qualquer ordem. Se eles fazem eu também me coloco a fazer.
quarta-feira, 15 de junho de 2016
TAL MÃE, TAL FILHA
TAL MÃE, TAL FILHA
Daniela ficara viúva com trinta anos. Os primeiros
anos de viuvez foram terríveis, mas com o passar dos anos tornara-se amiga da
filha que insistia para que ela saísse de casa e aproveitasse a vida.
Tornaram-se inseparáveis. Pareciam
irmãs. Faziam academia juntas e Daniela voltara para a faculdade.
A filha, Débora,
apaixonara-se pelo professor de ginástica, e depois de um namoro relâmpago casara-se
com ele. No entanto dois meses depois de casados o marido morrera em um
acidente de moto.
Tal mãe, tal filha... estavam
as duas viúvas. Agora era a mãe quem consolava a filha e a incentivava a sair,
passear.
Um dia na praia, no verão
passado, ambas olharam para aquele homem moreno, 1,90m de altura, sorriso alvíssimo,
extremamente simpático chegou e puxou conversa com elas. Ficaram conversando o
resto da tarde. Não queriam mais se despedir. Ele as convidou para jantar, num
lugarzinho ali perto que tinha música ao vivo e pista de dança. Local romântico.
Aceitaram...
Em casa conversaram. Ambas estavam
atraídas por ele. Mãe e filha confessaram-se apaixonadas à primeira vista. Decidiram
que ele escolheria uma, se fosse o caso e a outra aceitaria.
O jantar estava ótimo. Dançaram
ambas se revezando. Ele parecia indeciso e confuso e não decidia a sua preferência.
Trocava carícias com uma e com outra quando as tirava pra dançar. Ambas não se
sentiram rivais...
________________
E agora? Você que está lendo
decida o fim desta história. Na próxima semana eu publicarei a minha versão ou
a versão de quem mais me agradar, com direito a crédito na parceria.
Mário Feijó
15.06.16
terça-feira, 14 de junho de 2016
COISAS QUE EU GOSTO
COISAS QUE EU GOSTO
Eu gosto de dias de sol
De tardes de chuva
E de noites enluaradas
De tardes de chuva
E de noites enluaradas
Gosto de caminhar
Com os pés dentro d’água
Quando estou na beira do mar
Com os pés dentro d’água
Quando estou na beira do mar
Gosto de olhar
Campos verdejantes
Árvores viçosas
E jardins floridos
Campos verdejantes
Árvores viçosas
E jardins floridos
Gosto de ouvir
Risos de alegria
E ver o sorriso
No rosto da pessoa amada...
Risos de alegria
E ver o sorriso
No rosto da pessoa amada...
Mário Feijó
14.06.16
14.06.16
domingo, 12 de junho de 2016
AGORA JÁ POSSO DIZER QUE TE AMO
AGORA JÁ POSSO DIZER QUE TE AMO
Alguns amores
Gritamos aos quatro ventos
Desde a nossa adolescência
Outros só a experiência
Junto com o tempo para nos dar
Força e coragem para enfrentar
O mundo e o julgamento social
Somos hipócritas e preconceituosos
Muitas vezes acomodados
Mas é chegada a hora
Em que descobrimos ter pouco tempo
Já vivemos mais do que o tempo a viver
E chega a hora de escolher
O que é melhor para nós
E não para os outros
Então eu sinto que já posso dizer
A você e ao mundo:
Venha para os meus braços
Porque eu te amo!
Mário Feijó
12.06.16
sábado, 11 de junho de 2016
DORES QUE TODO MUNDO TEM
DORES QUE TODO MUNDO TEM
Eu tenho n'alma
Dores invisíveis
Cicatrizes de leito de rio
Dessas que as correntes d’água
Fazem no fundo dele e da gente
Dores de saudades
Não acontecidas
Dores de amores distantes
Algumas vezes tão perto (os amores)
Noutras vezes tão longe
Mário Feijó
11.06.16
quarta-feira, 8 de junho de 2016
NUMA TARDE DE OUTONO TRANSBORDEI MEUS SONHOS
NUMA TARDE DE OUTONO TRANSBORDEI MEUS SONHOS
Era uma
bela tarde ensolarada. Estávamos no final de outono e o inverno se aproximava célere.
A noite não fora somente gelada, fora enregelante. No entanto o dia amanhecera
com o sol tomando conta de todo o céu límpido e azul.
Eu havia escutado o vento a
gemer suas dores reumáticas a noite inteira. As minhas guardei embaixo das
cobertas, num quarto superaquecido.
Naquela tarde eu decidira
sonhar. Eu não daqueles que dá guarida à velhice, nem mando o menino que em mim
habita ir embora.
Convidei minhas amigas (que se
dizem alunas, mas eu também aprendo com elas) para passarmos a tarde
transbordando sonhos. Levei uma cesta de vime para piqueniques (era a ideia
inicial) torradas, pão caseiro (feito com granola e açúcar mascavo), café, chá
e poesia.
O cheirinho do pão assando me
levou à Felicidade (era o nome de minha avó). O café tinha o aroma de sonhos
com doce de leite e eu voltei aos meus tempos de criança. Sonhei!
Minhas parceiras criaram asas
e borboletearam feito pandorgas ao vento a escrever seus sonhos. Que bom,
pensei: não sou o único com fome de sonhos. Peguei uma folha em branco,
coloquei fermento na minha imaginação e me pus a sovar a massa. Agora é só
deixar meus sonhos transbordarem. Enquanto isto, fomos aos quitutes...
Mário Feijó
08.06.16
Tema desenvolvido em nossa
Oficina Literária de hoje.
terça-feira, 7 de junho de 2016
EU TENHO UM ANJO
EU TENHO UM ANJO
Eu tenho um anjo
Que me ensinou a voar
Faço isto em seus braços
Vou aos céus
Quando beija a minha boca
Eu tenho um anjo
Que todos os dias
Diz “eu te amo”
Com tamanha energia
Que minhas asas crescem
Eu tenho um anjo
Que além de desejar meu corpo
Deseja a minh’alma
Deseja meus abraços
E me deu esperanças
Eu tenho um anjo
Que tem cara de gente
Corpo de gente
Olhos de criança
E um amor divinal
Mário Feijó
07.06.16
segunda-feira, 6 de junho de 2016
OS SOLITÁRIOS E O INVERNO
OS SOLITÁRIOS E O INVERNO
Infelizmente eu não gosto do inverno
O inverno faz-me lembrar
Que já não sou mais menino
Tenho dores que atingem a alma
Faz-me lembrar das noites de solidão
Onde não tenho quem aqueça meu corpo
Nem tampouco tenho mais uma lareira
Que fazia eu esquecer o frio
Apesar de tudo gosto de pinha
(que só temos no inverno)
Gosto de chocolate quente
(que é bom só no inverno)
Gosto de um bom vinho tinto
À beira da lareira
(mas não tenho mais lareira)
Gosto que me aqueçam no inverno
(mas você não está aqui para me aquecer)
Então eu fecho minha janela
E por entre os vidros fico espiando
As pessoas que passam encolhidas
Pensando quem delas terá um corpo quente
Que as aquecerá nas noites de inverno?
Mário Feijó
06.06.16
sábado, 4 de junho de 2016
UM AMOR SÓ MEU
UM AMOR SÓ MEU
Eu já tive um amor assim
Era tão somente meu
Que só eu amava
Só eu beijava
Só eu fazia carinhos
E comigo gozava
As delícias do amor
Mário Feijó
04.06.06
sexta-feira, 3 de junho de 2016
O AMOR É PURO
O AMOR É
PURO
quando menino
ele
arranhava o corpo
em paredes
ásperas
fugindo da
solidão
tinha um sofrimento
infindo
por querer amar
criança não
ama
ele não era amado
no máximo
criança engana
não sabe
escolher o amor
e fica pior
quando a criança
acredita
nisto
tornou-se
homem
e perdeu o
medo de amar
descobriu que
seu amor nunca foi sujo
como um dia
lhe fizeram acreditar
Mário Feijó
02.06.16
BONECAS SÃO POESIAS
BONECAS SÃO POESIAS
Maria Clara era poesia pura.
Trajes de princesa, toda em tons de bege. Seus olhos eram grandes, feito os
olhos de sua boneca (Elza), pele alva, olhos grandes e expressivos, cabelos
loiros que caiam sobre os ombros, ela era pura poesia, porém não acredita nela.
Quem a vestira acreditava em poesia, mas Maria Clara não. Era mais uma menina
mimada que ao bater os pés conseguia tudo o que queria. Bastava olhar a
submissão do pai, que foi logo dizendo “eu poderia ser o avô”. No colo ela
trazia Elza, a boneca poesia. Certamente a ganhara da mãe, trazida do exterior.
Elza era loira, feito sua dona.
Elza era tão loira quanto Maria Clara. Mas havia uma ruptura entre as duas. Elza
era mais um adorno para aquela princesa. Elza não era um nome poético naquele
contexto, era um nome antigo, certamente nome de uma avó, penso que não fora
escolha de Maria Clara. Tenho dúvidas quanto a isto. Maria Clara não acreditava
em poesia, tenho certeza, pois ao conversar com as duas ela me disse ela é apenas
uma boneca. Não tinha dúvidas quanto a isto, nem entrou no mundo de Elza. Vi uma
lágrima escorrendo no rosto da boneca quando se sentiu desprezada e encaixada
na poltrona da frente a que Maria Clara e seu pai estavam em um voo de Porto
Alegre para São Paulo.
Elza era apenas um apêndice na
figura principesca de Maria Clara, algo que compunha seu figurino.
Quando eu quis entrar no mundo
de Elza e perguntei algo a respeito dela, Maria Clara logo respondeu:
- Ela não fala. É apenas uma
boneca.
Na idade de Maria Clara esta é
uma percepção muito adulta. Cinco anos é a idade dos sonhos. Acredita-se em
tudo e, realidade e fantasia, fazem parte de um mundo só. Depois, ao nos
tornarmos adultos, praticamente descartamos as fantasias. Ficam os sonhos que
já não são mais perseguidos porque desacreditamos na fantasia. E a poesia que
mora dentro do mundo da poesia então: inexistirá para quem não persegue sonhos.
Embrutecemos! É tão cedo para desacreditar dos sonhos, em idade tão tenra,
pensei. Mas eu posso estar errado...
Bonecas são a chave para o
mundo da fantasia. O mundo das bonecas é um mundo poético e aquela boneca era
pura fantasia. Descobrir que uma criança não acredita em fantasia dá um choque.
Eu senti uma dor profunda naquela hora. Espero que o tempo mude isto para Maria
Clara e que aquela boneca em forma de gente, não seja a fantasia dos outros, somente
a boneca do amor de alguém...
Mário Feijó
03.06.16
quinta-feira, 12 de maio de 2016
SAUDAFES
SAUDAFES
outro dia minha amiga
quase morreu de saufafes
ela pensara escrever Saudades
e saufafes registrou
quase morreu de saufafes
ela pensara escrever Saudades
e saufafes registrou
espantada morrera de rir
porque eu pensara
que se tratava de algo para comer
tipo uma salada com legumes e frango
porque eu pensara
que se tratava de algo para comer
tipo uma salada com legumes e frango
foi então que percebera
que criara uma nova expressão
achou-se "gênia" com graça a Maria
e dizia que eu era "mestre" nas letras
que criara uma nova expressão
achou-se "gênia" com graça a Maria
e dizia que eu era "mestre" nas letras
como eu não poderia deixar
passar em brancas nuvens
feito a lua crescente que se esconde no céu
registrei para indicação ao "nobel de literatura"
As saufafes de Gracinha...
passar em brancas nuvens
feito a lua crescente que se esconde no céu
registrei para indicação ao "nobel de literatura"
As saufafes de Gracinha...
Mário Feijó
12.05.16
12.05.16
(P.S. apenas uma brincadeira para
registrar o evento)
quarta-feira, 11 de maio de 2016
PERDAS E GANHOS
PERDAS E GANHOS
Era muito forte a dor que
eu sentia
doía o corpo pelas sequelas
da vida
e a alma pelas perdas
sofridas
Ninguém me ensinou a perder
e eu dei adeus à minha mãe
quando ainda era um menino
logo depois a vida roubou
de mim
um bem muito precioso
(que pela ordem das coisas
foi-se na hora errada)
foi-se embora atropelado um
filho criança
e eu perdi amores que não
devia
Felicidade devia ser eterna
Não apenas minha avó
e a vida continua me
trapaceando
espero que não seja um blefe
minha hora de ganhar
Mário Feijó
11.05.15
segunda-feira, 25 de abril de 2016
TODA A HISTÓRIA TEM DUAS VERDADES
É FATO: TODA A HISTÓRIA TEM DUAS VERDADES
Toda história sempre tem duas
versões. A versão de quem a vive (que pode ou não omitir fatos) e a versão de
quem observa e pela sua experiência de vida, tira conclusões.
Por isto é sempre importante
argumentar e conversar sobre tudo o que vemos e também sobre o que sentimos. Por
este motivo a história pode ter duas versões distintas ou contrárias e ambas verdadeiras.
Podemos dizer que só as
ciências podem ser exatas (num sentido mais amplo ou num sentido restrito), no
entanto mesmo a ciência pode relativizar tudo.
Desta forma, não acredite ou desacredite
em tudo o que dizem. Não julgue tudo o que vê. Não julgue, de acordo com as
suas experiências. Não passe pra frente o que achar ser verdade porque as
aparências enganam e nem tudo que parece ser realmente é...
Pense no ditado que diz “nem
tudo o que reluz é ouro”, sendo assim, o que parece ser verdade nem sempre o é...
e se tratando de vivências ou de política é pior ainda... reflita.
Mário Feijó
25.04.16
domingo, 24 de abril de 2016
VOO SOLITÁRIO
Houve um dia
Em que eu percebi
Que esvaziava pouco a pouco
Como se fosse um balão de gás
Então comecei a perder forças
Não andava mais no céu
Estava esvaziando
Quando eu me divorciei pela primeira vez
Eu me esvaziei de meus filhos
E quase me perdi pela vida
Então fiz alguns remendos e comecei
A voar novamente e ganhei altura
Tive algumas perdas neste período
Que me fizeram murchar completamente
Foram perdas de amor
Porque estas são as que mais doem
E as financeiras não nos esvaziam tanto
Perdemos somente o rumo
Mas perdas de amor
Fazem a gente perceber o quanto
O amor é importante em nossas vidas
Eu sempre amei intensamente
Tão intensamente que cada um desses amores
Fica egoísta e quer exclusividade
Foram assim: filhos, mulheres, amantes
Agora eu ando voando remendado
Porém já não voo mais tão alto
E por onde quer que ande
Olho sempre para o solo
Onde posso a qualquer momento me esborrachar...
Mário Feijó
24.04.15
sexta-feira, 22 de abril de 2016
AMOR NA JANELA
AMOR NA JANELA
A vida exige que sejamos maleáveis.
Quem já aprendeu a fazer isto no sexo
Sabe o que é bom para o amor
E também para a vida...
Por isto eu te digo
Que me esperes no portão
Já que flores não posso te levar
Não as tenho em meu jardim
O cemitério fica longe
E no jardim da praça urinam os cães...
Por isto recicle-se
Abra seu coração
Não somente as pernas (de vez em quando)
O amor pode ser cego
Mas eu mantenho meus olhos (azuis) bem abertos...
Mário Feijó
22.04.16
terça-feira, 12 de abril de 2016
AMOR E ÁLGEBRA
AMOR E ÁLGEBRA
O amor acontece suavemente
Que nem precisa de cálculos
No entanto, para viver o dia a dia
É necessária doses diárias de:
Paciência, entrega, companheirismo,
Concessão e disposição para que dê certo
Quanto à álgebra
É necessário um grande amor
Mas pela matemática
Caso contrário não se chega a lugar algum
E quando misturamos os dois
É bom que a porta do quarto
Esteja bem fechada e que
Não haja ninguém na vizinhança
Porque vai ter muito barulho!
Mário Feijó
12.04.16
segunda-feira, 11 de abril de 2016
BOCA MOLE
BOCA MOLE
Eu lembro,
hoje, com tristeza dos meus tempos de “boca mole”. Sim! Boca mole é um tipo que nada acrescente, que passa desapercebido,
sem graça, quase transparente aos olhos dos que estão por perto.
O Boca Mole, na maioria das vezes quer
agradar, mas desagrada. Nunca diz: NÃO! Parece uma gelatina sem sabor.
Digo lembro
porque era tudo isto. Não que hoje eu não seja muitas vezes: sem graça e
desinteressante (como veem a autoestima do boca
mole, nem sempre melhora, mesmo quando ele deixa de ser um boca mole.
Atualmente,
muitos me acha até bonito, interessante, charmoso e inteligente. Mas isto foi à
custa de muito trabalho, há uma construção de imagem que leva anos para “colar”.
E quando cola o boca mole não
acredita.
Tenho um
sobrinho que é a personificação de “bocamolice”. Também tenho um amigo assim,
mas este nem é tão boca mole assim.
Nos dias
atuais, quando encontro um “boca mole” fico indignado. Quero chacoalhar a
figura porque sei que ele deve sofrer horrores.
Depois que
deixei de ser criança (e isto já faz tempo) continuei sendo ingênuo, porém as
coisas que me fizeram deixaram-me mais esperto, no entanto eu gosto de cultivar
esta inocência-ingênua. Há um lado bondoso nisto que gosto no ser humano, por
isto preservo, mas ser “Boca Mole” nunca mais. Quem tirou partido disto, tudo
bem. Quem não aproveitou procure outro.
Meu coração
está um pouco endurecido diante da vida, embora ninguém perceba que lá no fundo
ele é feito de gelatina. Mas isto ninguém precisa saber.
Mário
Feijó
11.04.16
domingo, 10 de abril de 2016
ESCOLHA SUA PRIORIDADE
ESCOLHA SUA PRIORIDADE
Se você
quer ser feliz, estabeleça prioridades na sua vida. Coloque-se em primeiro
lugar, principalmente porque se você não estiver bem e feliz, ninguém, ao seu
lado e pelas proximidades, estará.
Filhos,
pais, irmãos, parceiros têm suas próprias escalas de prioridades, sem remorsos.
Remorsos com o que ou quem você deixa de priorizar, com quem precisa menos. No entanto
lembre-se de que cada um tem a sua vida e deve vive-la, com ou sem problemas, e
não é você quem conseguirá resolver tudo.
É chegada
a hora em que você envelhece e todos os outros não irão corresponder à
prioridade que você lhes deu. E você vai sofrer porque estará esperando,
esperando, esperando e descobrirá que todas as chances perdidas não voltam.
Olhe alguém
quando adoece e veja se os que foram prioridade estão juntos, sendo solidários?
Ninguém tem tempo... isto não é pessimismo, nem para desânimos, mas a realidade
do ser humano.
Fique sem
dinheiro ou sem emprego e veja quem estará do seu lado. E na hora de dividir
uma herança, quem abre mão do que?
Então se
você der prioridade à sua vida não dará tanta importância a quem não prioriza
você. Isto não é defeito, não é só na sua ou na minha família que acontece. O Ser
Humano é assim mesmo. Isto é regra geral... salvem-se poucas exceções.
Amigos são
pessoas de uma raça diferente. São pessoas que nasceram para dar graça à nossa
vida, estão sempre junto, dizem verdades que algumas vezes não queremos ouvir. Se
eles puderem ajudar, ajudam. Se não puderem ficam juntos, buscam alternativas.
E a vida
passa... passa. E você esquece-se de estabelecer prioridades.
Filhos crescem
e vão embora. Os pais morrem. Os irmãos vão viver as suas vidas, e você? O que
fez efetivamente, além de ser um “coitado” um “tadinho” aos olhos dos outros?
Priorize ser
feliz. Coloque o amor em primeiro lugar. Sem culpas. Só pelo fato de que pode e
deve ser feliz. Basta querer...
Mário
Feijó
10.04.16
quinta-feira, 7 de abril de 2016
O AMOR TEM SEUS QUERERES
O AMOR TEM SEUS QUERERES
Querer estar acompanhado
Querer sentir o cheiro
Querer dormir juntinho
Querer passear de mãos dadas
Querer comer o mesmo fio do talharim
Querer tomar banho juntos
Querer andar na beira da praia
Querer beijos ardentes
Querer passear de mãos dadas na praça
São quereres que o amor tem
E se você está sofrendo de quereres
É porque o amor chegou
Ou porque a paixão em seu corpo se instalou
Algumas vezes o amor é água
Onde temos que mergulhar bem fundo
E algumas vezes até batemos
Com a cabeça numa pedra
Mas se você quer viver a aventura do amor
(sim, o amor é sempre uma aventura
Que não sabemos em que vai dar)
Mergulhe fundo e arque com as consequências
Mário Feijó
07.04.16
terça-feira, 5 de abril de 2016
O PODER DO SOL
O PODER DO SOL
Sol é luz e vida
Isto é obvio
No entanto a luz do sol
Dá alegria e conforto a qualquer um
Esteja você saudável ou doente
Exponha-se ao sol e veja os benefícios
Que ele traz à sua vida
Uma planta só germina ao sol
Árvores fazem a fotossíntese sob o sol
Os seres vivos não existiriam
Na sua maioria sem a luz do sol
Eu sou planta que germina
Eu sou flor que se abre
Girassol sob a luz do astro
E dou perfumes
E me multiplico
Quando o sol bate em minha pele
Olho para o mar
Numa mistura da luz do sol
E a cor do mar
Quanta vida há
Quão infinitas são as possibilidades...
Mário Feijó
05.04.16
domingo, 3 de abril de 2016
BEM-ESTAR
BEM-ESTAR
Eu preciso de você
Porém não dependo de ti
Para poder viver
E quando me entrego
É numa comunhão de corpos
Que eu descubro como é bom
Contigo estar
E quando tu
Imploras o meu amor
Numa carência de gata no cio
Sinto que pensas
Que sou a tua tábua de salvação
Mas no amor
Não se morre abraçado
Amor é laço invisível
Que prende sem amarrar
É perfume que envolve
É bem estar
É por isto
Que eu preciso de você
Para estar de bem com a vida
Mário Feijó
03.04.16
sexta-feira, 1 de abril de 2016
NO meu HORIZONTE
NO MEU HORIZONTE
Há dias em que
Eu só quero saber
Que existo
Respiro fundo e leio...
Noutros dias quero saber
Se eu precisar
Estás por perto
Pronto para me abraçar
Há dias em que eu
Apenas me deixo levar pelo vento
E quando me dou conta
És o meu horizonte...
Mário Feijó
01.04.15
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