sábado, 25 de junho de 2016

A BATALHA DO(EU)

A BATALHA DO(EU)

Tenho travado
Uma batalha invencível
Com meu eu

Não é uma batalha do ego
Mas uma batalha contra o tempo
Que se alojou dentro de mim
Contra a idade
Contra os males
Que a vida acumulou em meu corpo

É como se eu fosse pedra junto ao mar
Que com o tempo acumula cracas,
Algas, crustáceos, mariscos

É uma batalha inumana, invisível
Incompreensível aos outros
Que não moram em meu corpo

São dores que mutilam a minh’alma
Que não entende a degeneração do corpo
Afetadas pelo tempo
Pela luz do sol
Que ao mesmo tempo é luz e destruição

Mário Feijó

25.06.16

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