Tu eras a luz
Que iluminava a minha caverna
E quando a tua luz se apagou
Tive que ir para o mundo
Lá fora havia abutres
Animais peçonhentos
Que esperavam para atacar
Uns me fulminavam com amor
(tão cheios de ódio, lamentando
Que o sobrevivente fosse eu)
Outros destruíram tudo o que era nosso
Não interessava a grande dor daquela perda
O dinheiro e os bens era o que lhes importava
E tal como aves de rapina
Não esperaram o calor do teu corpo sumir
Foram passando por cima de tuas cinzas no mar
Destruíram nosso lar, praticaram pequenos furtos
Uniram-se feito lobos para atacar
Com um único objetivo
De não deixar pedra sobre pedra
Minha dor? Esta não bastava
Eles querem a minha distância – e conseguiram –
Do lar que construímos
E parece que estão decidindo
A minha pena de morte...
Mário Feijó
31.12.11
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