sábado, 14 de maio de 2011

ESCOLHAS E RESPONSABILIDADES



Entrar em uma roubada
Mergulhar num poço sem fundo
Fazer escolhas erradas
É uma opção individual
Que cada pessoa tem...

Quando você faz estas escolhas
Envolvendo sua família
(filhos, marido, pais e irmãos)
É uma coisa social...

Se você optar por mergulhar
Num abismo ou no desconhecido
É só pra você que você faz
E ninguém tem nada com isto
É seu livre arbítrio...

Pense nas escolhas feitas
Nas pessoas que você afeta e prejudica
E nas responsabilidades
Que você tem com estas pessoas...

Não aumente sua responsabilidade
Diante da vida porque estamos nela
Para superar tudo...
Enterrados seremos depois...

Mário Feijó
14.05.11

QUANDO AS CACHORRAS SE ENCONTRAM...


Uma é manhosa
Só quer colo...
A outra até
Já agarrou um “negrão”...

Uma é crespa
Por natureza
A outra faz “mis-an-plis”
Para crespa ficar...

Uma sai latindo “au-au”
A outra quando
Via um “gato”
Dizia “miau”...

Hoje uma é madrinha
A outra afilhada
Eu sou Juliet
E aquela crespa é a “dinda” Nice...

Juliet Rostro
 (por Mário Feijó)
____________________________________

(*) Juliet é uma cachorra poodle de um ano de idade e Nice é uma amiga nossa com 72 anos que se intitulou madrinha de Juliet. Como Nice faz hoje aniversário, eu Mário Feijó resolvi fazer um poema em nome de Juliet para oferecer à sua Madrinha... a estória do Negrão é o seguinte: faz mais de um ano um rapaz atacou a Nice e a roubou, e nós brincamos dizendo que foi ela quem atacou o rapaz porque era um negro muito bonito, segundo ela.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

ENTRE O AMOR E A MENTIRA


Eu fui te procurar
Porque não tenho medo do amor
Tampouco tenho medo de amar
Eu luto por ser feliz...

Se tu não me queres
Basta dizer que não me amas
Eu superarei a dor do desamor
Não suportaria a dor de tuas mentiras...

Mário Feijó
11.05.11

QUERO-QUERO


Quero todo dia ver o sol
Quero-quero à beira mar
Quero estar de bem com a vida
Sem ter medo da luz solar...

Quero a brisa que vem das ondas
E sentir o cheiro do mar
Quero não correr do Quero-quero
Que seu ninho fica a cuidar...

Pés na água gelada do inverno
Uma delícia no verão
Não quero afastar-me do mar
Tenho medo da solidão...

Já pensei em ir pro campo
E levar uma vida tranquila
Não consigo ficar longe do mar
Preciso dele e do cheiro da maresia...


Mário Feijó
11.05.11

terça-feira, 10 de maio de 2011

TEMOS QUE APRENDER A SER ETERNOS




Há pensamentos que são orações
Há momentos nos quais,
seja qual for a posição do corpo,
a alma está de joelhos...

Victor Hugo




A vida exige amor, fé e oração
É como se dissesse “orai e vigiai”
Não dá para ser um eterno pagão
Há sinais de Deus a todos os momentos...

Nada acontece por acaso
Somos felizes quando somos humildes
Quando agradecemos e quando oramos...

A vida é mais que um bar
Se Baco é o seu deus
A vida é mais que fé
Que Posseidon e que Zeus...

Somos seres inexplicáveis
Que não sabe canalizar sua energia
Para coisas simples imagináveis
Somos seres mortais, perecíveis
Temos que aprender a ser eternos...

Mário Feijó
10.05.11


TUDO É POSSÍVEL


Era quase noite
Quando ele se foi!
Disse que viajaria
E partiu para outra dimensão...

Parecia tudo igual
As pessoas, animais e plantas
Mas tudo tinha outro viço
Dava para perceber a consistência...

Ele se comunicava
Tanto com plantas
Quanto com animais
E até a água parecia ter vida...

Disse-me depois
Que aquilo não era sonho
Tudo era muito consciente
Penso que assim será
A nossa vida no futuro...

Quem vibra em boas energias
Sobreviverá a todas as provas
E na outra dimensão ninguém
Mas ninguém mesmo fica doente...

Todos se transportam
Com o poder da mente
Sem a necessidade de veículos
Tudo é possível...


Mário Feijó
10.05.11

CORAÇÃO ESBURACADO


Há vezes
que meu coração
parece uma estrada velha,
cheia de buracos...

Nestes dias
eu me pego consertando-o
com lembranças
e com saudades tuas...

Mário Feijó
10.05.11

segunda-feira, 9 de maio de 2011

BONS TEMPOS

(JABOTICABAS NO PÉ)

Perdoar é devolver ao outro
o direito de ser feliz...
Provérbio

Eu sinto falta
Dos pés de araçá
De sentir na boca o gosto
E o sabor de butiá...

Faz tempo que eu não vejo
Jabuticaba no pé
Outro dia até vi um retrato
Em uma página qualquer...

Carambola lá em casa tinha aos montes
Tinha goiaba branca e vermelha maduras
Que a gente apanhava no mato
E muitas vezes quando tinha sobrando
É porque havia marimbondo no pé...

Bergamota a gente apanhava a rodo
Na cada da nossa tia Flor
Que mandava de presente pra vó
Aipim, laranja umbigo, abóbora e couve flor...

Ah bons tempos aqueles
Sobrava fruta do conde
Bananas eram colhidas do quintal
E nos finais de semana ainda comíamos
Um pato ou uma galinha assada
Que criávamos ao redor da casa...

Mário Feijó
09.05.11

domingo, 8 de maio de 2011

ANJA DEMôNIA



Um dia eu conheci Sandra
Vestiu-se de anjo
Tinha pés de barro a Demônia...

Mário Feijó
08.05.11

ANJOS DA AMIZADE


A amizade é um bem tão precioso
Que quem tem um amigo
Deveria todos os dias
Agradecer a Deus este privilégio...

Assim sendo quem trai um amigo
Gera tempestades e faz no céu
Anjos ficarem doentes e tristes
E alguns que velam a amizade morrem...

Há anjos que perdem a eternidade
Por não conseguirem cumprir sua missão
E você que trai seu amigo
É o único responsável por tamanho desastre...

Amigos precisam de carinho
Não se tira proveito de uma amizade
Sob pena de perder a eternidade
Do seu anjo protetor...

Mário Feijó
08.05.11

sábado, 7 de maio de 2011

MÃE



Mãe: por que foste embora?
        Eu nem sabia se já era adulto
        Se poderia me virar sozinho
E tu resolveste voltar ao céu...

Mãe: tua partida tirou-me o chão
        Por um longo tempo
        Até eu descobrir que havias
        Te eternizado na minh’alma
        Nas minhas entranhas
        Tu foste a essência
        Que eu deixei aos meus filhos...

Mãe: foi assim que eu descobri
        Que sempre há algo do outro
Que passa em nossa vida
Porque sempre deixam algo em nós
E tu deixaste um pouco de ti por aqui...

Mãe: eu te agradeço pelo que sou
        Contigo que aprendi a ser forte
        Aprendi a me amar e respeitar os outros
        Contigo aprendi a ser o ser humano que sou...

Mário Feijó
07.05.11

sexta-feira, 6 de maio de 2011

NO TEMPO EM QUE TU ME AMAVAS


Eu já fui um príncipe
                              No tempo em que tu me amavas
Virei verme, virei sapo
Sou um monstro egoísta
Que não sabe amar...
                              No tempo em que tu me amavas
Eu era o ser mais perfeito
O homem mais lindo, romântico
Aquele que te fazia feliz
                              Mas quando deixaste de me amar
Eu fui cruel
E tu uma vadia traidora
Deixamos de ser perfeitos
                              E eu mentia dizendo que te amava
                              Pensando que eras feliz
                              Descobri que não eras
                              Tinhas outros sonhos
Eu não vi nada disto
Eu não percebi quando
Nossos caminhos mudaram de rota...
                              No meu a ponte ruiu
                              Eu caí na água
                              Fiquei muito tempo sem chão
                              Fui jogado da cachoeira mas
Do tempo em que te me amavas
                              Ficou a certeza de que
                              Eu não sabia o que era felicidade
                              E agora eu descubro que
                              Não preciso de ti para ser feliz
                              Para ser feliz eu preciso estar bem
                              E agora eu te digo: Estou muito bem!

Mário Feijó
06.05.11

quinta-feira, 5 de maio de 2011

EU E O MAR


Há sempre vendavais
No planeta e em nossas vidas
Mas também há momentos de paz
Há bonança e felicidade...

A vida é assim cíclica
E muitas das coisas
Que nos acontecem
Têm uma causa ou são consequências...

Eu vivo meus merecidos
Momentos de paz!
Ainda ontem conversei com o mar
E ele também confidenciou que vive o mesmo...

Temos muito em comum, eu e o mar
Se estamos furiosos, todos sabem
E quando estamos em paz
É aquela lassidão...

Mário Feijó
05.05.11

quarta-feira, 4 de maio de 2011

UM AMOR NADA CONVENCIONAL


Um cavalo marinho
Grávido de si (estes animais
Se autofecundam)
Passou disparado
Quando eu estava à beira-mar.
Não sei se a pressa era
Porque ia para a maternidade
Ou porque lembrou que tinha
Um encontro consigo
E não poderia atrasar!
Deve ser ótimo não precisar de ninguém
Para ser mãe ou pai de seus filhos
E se a relação não desse certo
Nem era preciso se divorciar...
É o máximo ser dono do seu próprio
Destino amoroso, ser dono do seu próprio gozo
E viver em comunhão consigo próprio...



Mário Feijó
04.05.11

terça-feira, 3 de maio de 2011

OSAMA BIN LADEN x BARACK OBAMA (eu sinto vergonha)


Faz pouco tempo em que eu acreditei que um presidente negro, para a nação mais poderosa do mundo fizesse alguma diferença.
Havia uma expectativa em torno disto e no entanto na madrugada do dia dois de maio de 2011m, vem a público Mr. Obama para afirmar publicamente, ao mundo inteiro: “Nós matamos Osama Bin Laden”.
Eu aprendi desde criança, que não devemos matar e roubar, entre outros pecaditos, mas o próprio presidente vir a público pela primeira vez, numa rede mundial dizer “nós matamos”. Isto não é vingança? Isto não é terrorismo? Isto não é descer ao mesmo nível do criminoso? Mas o pior de tudo é ouvir isto do próprio presidente dos EUA, porque sua popularidade está em baixa e ele quer se reeleger.
Eu teria vergonha se o presidente do meu país fizesse uma declaração destas.
Pior ainda é ouvir declarações de todos os presidente à beira do nosso quintal quererem tirar proveito da mesma façanha e fazerem declarações públicas.
Não estou julgando ninguém, pois não sou juiz, tampouco quero julgar alguém por isto ou aquilo. Mas tanto alarde faz com que eu me preocupe com o que os fanáticos farão em represália.
Isto sim foi um ato que me choca mais que uma Tsunami – desastre natural – pois coloca muitas vidas em risco deliberadamente, o que não acontece com desastres. As pessoas colocam-se em risco se quiserem... Isto me parece uma provocação à guerra, à matança, dizer que estamos numa guerra sem lei e que podemos fazer tudo em nome da vingança, já é outra estória.
Houve alarde sim, no 11 de setembro de 2001 e em outros onze depois. Mas não foram os criminosos que o fizeram. Foram os mesmos que hoje têm o poder.
Eu posso dizer que temo pela humanidade e pelo que virá em nome da justiça que se diz estar fazendo. Quem viver verá...

Mário Feijó
03.05.11

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O INFERNO É AQUI


Uma vida cheia de erros
Arrependida pede perdão!
Uma mão que rouba
Um dia redime o ladrão!

Tudo tem conserto
Quando a pessoa assim o quer
Desde o arrependimento dos erros
Tanto como se redimir de uma culpa qualquer...

Também digo sim aos acertos
Bendito aquele que faz o bem
Aquele que pensa na humanidade
E na vida um pouco mais além...

Não somos somente o dia de hoje
Temos filhos e neles somos eternos!
De que me adianta ter muito dinheiro
E viver trancado, refém da vida?

Mário Feijó
03.05.11

A MENINA VIROU MULHER


Eu vou te dar
A rosa vermelha dos ventos
Fazer-te um manto de estrelas
E te carregar na calda do cometa...

Eu vou abrir a boca da noite
Para cantar-te cantigas de ninar
E neste acalanto pegar teu manto
Sair contigo a passear...

E quando dormires entrarei em teus sonhos
Vestido de príncipe ou de palhaço
Não importa qual fantasia
Quero apenas te fazer sorrir...

Agora descubro desiludido
Que não te encanto mais
Não és mais uma menina
Tampouco sou o rapaz
Que povoava os teus sonhos...

Mário Feijó
02.05.11

domingo, 1 de maio de 2011

QUANDO EU ABRI MEU CORAÇÃO


Quando eu abri meu coração
Descobri que ele estava ferido!
Agora cicatrizado ele me deixa
Sorrir um pouco mais feliz...

Quando eu abri meu coração
Eu descobri que ele amava o vento!
Que ele tinha medo da chuva
E que precisava do barulho do mar...

Quando eu abri meu coração
Deixei fugir fantasmas
Que viviam dentro dele guardados
E que me impediam de estar feliz...

Quando eu abri meu coração
Eu descobri que o amor é colorido
Que a vida é muito mais bonita do que pensava
E que eu precisava cuidar um pouco mais de mim...

Mário Feijó
02.05.11

SOMOS APENAS LUZ


Eu sou feliz
Quando a brisa me enlaça
Canta em meus ouvidos
Melodias de amor

Eu tenho medo do tempo
Que se fez de amigos
E leva embora
A nossa juventude...

Eu sinto saudades do passado
Sem querer a ele retornar
Bendigo tudo o que já vivi
E as pessoas a quem sempre amei

Eu confio no futuro
Com a mesma insegurança
Com que entro num avião!
Tenho medo da viagem, mas
O mundo todo ficou mais perto...

Hoje eu sou apenas uma luz
Que a qualquer dia se apaga
Mas o céu continuará imponente
Com todas as outras estrelas...

Mário Feijó
02.05.11

ABRINDO O CORAÇÃO


A vida parece ser complicada
No entanto adoro vivenciá-la intensamente
Com todos os altos e baixos
Com todos os nossos erros, aprendendo com eles...

Há coisas estranhas como:
O bigode dos gatos
As antenas das baratas
E filhotes pelados de ratos e coelhos...

Há coisas desagradáveis como:
Os odores fétidos dos cadáveres
A inveja, o ódio e a incompetência
O sequestro, a fome, os vícios e o abandono...

Há coisas sensíveis como:
As asas das borboletas
Um abraço amigo
Um gesto de carinho
Um sorriso sincero
Uma lágrima solidária...

Há coisas lindas como:
O corpo humano jovem e bem cuidado
O riso de felicidade de uma criança
Um dia de sol, no campo ou no mar...

Há coisas que detesto como:
Gente mentirosa e gente gananciosa
Gente falsa, injusta e que faz
Qualquer coisa por dinheiro...

E há coisas que eu amo intensamente:
Meus filhos estão em primeiro lugar
Viver, em segundo lugar, porque é muito bom estar vivo
E em terceiro lugar o sexo! Eu ainda não conheço coisa melhor!

Mário Feijó
01.05.11

sábado, 30 de abril de 2011

POETRIX XXXVI A XXL


POETAS: PÁSSAROS QUE ENCANTAM

Há pássaros que cantam
Outros apenas encantam
Há espaço para todos os pássaros...

Mário Feijó
30.04.11

O AMOR

O amor é uma força constante
Que oras se transmuta
E nem nos avisa...

Mário Feijó
30.04.11

ERVAS DANINHAS

Há muitas em nosso jardim
Temos que cuidar
Para que não tomem todo o quintal...

Mário Feijó
30.04.11

RUGAS

Quando fico triste ou preocupado
Vou lá e escrevo! Posso ter rugas no rosto
Quero minha alma lisinha... sou menino.

Mário Feijó
30.04.11

SOBRE O AMOR

Quando digo que te amo
É porque te quero
Quando não digo: quero que me queiras...

Mário Feijó
30.04.11

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O JARDIM DE DEUS


Basta um sopro na floresta
Águas cristalinas correntes
Animais nativos preservados
Flores perfumando o campo

Basta um pouco de amor no coração
Para que se viva em paz respeitando a si
Respeitando a natureza e o vento...
Ah! O vento irá entender que é brisa...

Tudo é possível quando a gente quer
E o planeta pode ser o paraíso
O planeta pode ser o jardim de Deus
Basta uma comunhão dos homens e natureza

Animais serão preservados
Florestas estarão livres de queimadas
Áreas nativas serão respeitadas
Desta forma a raça humana preserva a si

Passaremos para outro estágio
Com o planeta em evolução!
Os ímpios e gananciosos serão dizimados
Não é sonho! Basta querer sobreviver...



Mário Feijó
29.04.11

quarta-feira, 27 de abril de 2011

TEMPESTADES


Não basta chover
De uma maneira
Que cause enxurradas

Para que a gente perceba
Que a tempestade
Está ocorrendo dentro de nós

Assim a chuva bate na janela
E por ela escorrem
Chuvas e lágrimas
De um coração aflito...

Lá fora chove
Dentro do peito
Há uma tempestade
Que se acalma com a bonança...

Mário Feijó
27.04.11

terça-feira, 26 de abril de 2011

CAVALGADA MACABRA




        É comum no Rio Grande do Sul “a cavalgada do mar”. E na quaresma alguns peões saem de Palmares até a cidade de Torres pelo litoral como se fosse (e é) um ritual folclórico.
Utilizando elementos desta cavalgada que começou em 1984 traçamos elementos para a nossa estória.
Há duzentos anos, ou um pouco mais, agregou-se ao grupo um “caboclo” que se dizia de São Francisco de Paula. Fez amizade com o pessoal e passou a participar da Cavalgada do Mar.
Nos dias da quaresma o pessoal larga tudo o que tem por fazer e viaja a cavalo por toda a extensão litorânea. Trazem consigo feijão, farinha e charque. Algumas vezes também algum animal para o abate ou aqueles que seguem a quaresma a risca, comem peixe pelo litoral.
Exatamente há 207 anos aquele individuo desconhecido da região e que dizer ser da serra trouxe na garupa uma prenda (na região a mulher é assim designada. Como já tinha feito amizade , ninguém estranhou, apesar de geralmente não ter mulheres nestas cavalgadas, mas não foi criado caso algum.
Na sexta feira depois da encenação da Paixão de Cristo, na cidade de Arroio de Sal, todos se dispersaram e não se sabia mais nada daquele individuo que se dizia chamar José Eleutério Castro.
E assim aconteceu durante sete anos, todavia cada ano, o individuo vinha com uma prenda diferente. Só que exatamente há duzentos anos ele trouxe além de uma prenda, um cusco (na região cães são assim designados) cujo nome era Jurema, pois se tratava de uma cadela e não de um cão.
Este foi um fato diferente dos demais anos e principalmente porque depois que todos foram embora “Jurema” ficou perambulando por entre os arbustos no alto das dunas. E à noite Jurema uivava, não deixando os moradores do vilarejo dormir. Até que resolveram investigar o motivo.
Jurema corria de um lado para o outro e em alguns pontos parava, cheirava e uivava. Resolveram cavar nestes pontos e começaram a achar pedaços de um cadáver humano em recente decomposição. Concluíram que só podia ser companheira de José Eleutério. Mas ao revirarem as dunas foram encontrando outros corpos: sete ao todo. Só poderiam ser as “prendas” trazidas por ele que ao final da cavalgada não as levava de volta.
Foi um alvoroço na cidade. No entanto ninguém sabia nada daquele individuo – agora um reconhecido “serial killer” da região. Resolveram esperar que no próximo ano ele volte e que traga na garupa mais uma de suas prováveis vítimas...

Mário Feijó
26.07.2011    

(A Cavalgada existe... e estória é inventada para brincar com meus alunos, já que eles adoram estórias de terror, além do mais a estória contada acontece há mais de 200 anos e a cavalgada começou no estado em 1984)...   

VIDA A DOIS

Todos os dias parecem ser iguais
A mesma luz do sol
Ilumina o nosso dia
No entanto eu percebo
Que o teu amor
Faz meus dias
Serem todos diferentes
Nuns eu descubro
Um colibri na janela
Recém-saído do jardim
Saciado de todas as flores
No outro vejo cores diferentes
Raios do sol passando pelas nuvens
Formando jatos de luz
Que me excitam...

Noutros é apenas o vento
Trazendo o barulho do mar
E me dizendo que tu
Fizeste eu me descobrir por inteiro
Descobrindo um novo sentido
Na vida a dois...

Mário Feijó
26.04.11

segunda-feira, 25 de abril de 2011

FAÇA COMIGO


Só o bom senso e a razão
Impedem-me de em teus braços
Eu me atirar sem noção
Em desatino querendo te amar

Mas a civilidade
E o bom senso
É uma razão social
Para que eu me controle

E não me atire
Em teus braços
Tirando as minhas roupas
E fazendo o mesmo contigo...

Sou um animal racional civilizado
Mas quem quer ser racional
Quando está excitado
Ou querendo amar?

Eu muito menos!
Quero-te! Desejo-te!
Em meus braços
Fazendo amor comigo...

Mário Feijó
24.04.11