COTIDIANO
O sol que já tinha nascido,
Espreguiçava-se por entre as nuvens...
Hora espiava... Hora expunha-se
desavergonhadamente
Enquanto uns apenas caminhavam
Ele estendia seus raios sobre as nuvens
Dando luz ao dia e aos seus adoradores
Ao
longe, a praia parecia deserta
Porém
entre os escombros e as dunas
Dentro
dos aptos havia
Os que
também se espreguiçavam, outros
Vinham
pela beira da praia
Alguns
a fazer exercícios caminhavam
Misturando-se
entre os que apenas pescavam
Na praça
já havia crianças brincando
Fechado
o bar ainda estava,
Pois
a ressaca fora grande.
Na beira da praia, ratos
deixavam seus lixos
(ou seriam homens,
mulheres e crianças sem educação)...
Não posso afirmar nada.
Era apenas um observador.
O Quero-quero catava seu
alimento aqui e ali
Quando de repente surge
uma enorme imagem
(seria um extraterrestre?).
Ilusão!
Era apenas o fotógrafo
catando imagens do cotidiano...
Famílias passeavam ouvindo
música e conversando
As marcas que ficavam,
logo eram lambidas pelo mar
Enquanto isto as garças,
Acostumadas às andanças
dos humanos,
Pescavam seus alimentos,
Voando sempre que uma onda mais forte vinha
Não era hora de molhar as penas.
Que pena, nunca vi uma garça tomando banho.
Pensei como conseguem ser
tão branquinhas?
O mar parecia ouro
derretido
Vendo de longe ainda havia
um gris
Deixado pela noite e pela
bruma que o mar trazia
E o mar majestoso ia e
vinha...
Igual às pessoas... igual
às formigas...
E a bruma ao longe, aos
poucos sumia...
Meus pés na água fresca se
misturava à espuma do mar
Perto... Tão perto estava
o farol imponente
Observando o que se
passava longe...
E os homens e mulheres
deixavam marcas
Que o raiar do dia e as
ondas do mar,
Indo vagarosamente
apagando...
Nem um pio, dava a coruja
Apenas observava mais um
cotidiano.
Mário Feijó
21.02.16
(com todas as fotos de
cada situação no meu facebook)