PASSEIO
EM PORTO ALEGRE
Ela
havia desembarcado no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, numa tarde
chuvosa. O friozinho do outono arrepiava sua pele ainda bronzeada pelo sol
nordestino.
Daiane
passara antes pelas praias da Bahia, onde havia tirado uma semana para passear
e descansar. Seu marido Marcos a acompanhava. Formavam um belo casal, mas era
isto que diziam também quando estava ao lado de Márcio, o irmão gêmeo de Marcos
que ficara em casa com os filhos também gêmeos.
Depois
que Daiane viera do Ceará, não tinha mais voltado ao nordeste. Sentia falta
daquilo e recentemente quase entrara em colapso nervoso devido ao estresse, por
isto fora passear, sem os filhos e sem o outro companheiro.
Eles
formavam uma família moderna, onde ela era amada por dois homens iguais, que a
amavam igualmente. Desta família tinham nascido os gêmeos: Gabriel e Rafael,
filhos dos três. Os meninos eram idênticos e se pareciam por demais com os
pais.
Chegando
no aeroporto, já com a família toda reunida dentro do carro, pediu que dessem
uma volta pela cidade. Queria novamente lembrar daquela cidade que lhe acolhera
nos últimos anos, onde encontrara a felicidade, mesmo que de uma forma
inusitada e de vanguarda para os tempos atuais.
Circularam
pelo parque da Redenção, foram até o morro de Santa Tereza e de lá desceram
contornando o Guaíba e indo para o apto que mantinham em Ipanema, na zona sul
da cidade.
Porto
Alegre era a sua casa novamente, mesmo que tivesse se afastado de casa apenas
uma semana, já sentia saudade dali. E estar junto de seus amores era a maior
felicidade que poderia ter na vida.
Mário
Feijó
22.05.14
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