MORRENDO DE SAUDADES
As luzes da cidade acendem-se
Quando no horizonte
O alaranjado das nuvens –
Denominados arrebol –
Anunciam o anoitecer
E num misto de alegria e dor
Passo o final da tarde
Ouvindo os recados e gemidos do
vento
Como se te anunciassem à minha
espera
Queria abrir as janelas do décimo
terceiro andar
E voar para a “nossa” casa
(penso que minh’alma ainda mora lá)
E recolher da lareira restos de
cinzas da tua saudade
Não há mais quintal onde eu moro
A tua cachorra mora agora com
crianças
Não tem mais o teu colo, nem o meu
E está sofrendo do coração (contaram-me)
Deve estar morrendo por saudades nossas
Mário Feijó
01.05.14
Nenhum comentário:
Postar um comentário