A minh’alma está ferida
Abatida por flechas da solidão
Pelo desprezo dos seres a quem amo
Este desamor é uma flecha envenenada
E tudo dói em mim...
Dói em mim a distância da tua presença
A ausência de teu corpo quente
A saudade do sabor de teus lábios
O meu corpo frágil e doente...
Dói em mim a velhice próxima
E a demência que com ela vem
Da mesma forma como chega
Em todos os corpos envelhecidos...
Dói em mim a ganância dos homens
A falta de fraternidade na humanidade
A falta de solidariedade e até mesmo
A necessidade de paz...
Dói em mim as mazelas do mundo
Juntamente com as minhas mazelas
E dói em mim muito pouco poder fazer
Para mudar a mentalidade dos homens...
Mário Feijó
11.08.09
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