segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

DEZESETE PRETO?


Dezessete dias
E já viramos a metade do mês
E dezessete era o dia de Felicidade
E nela morava fé, amor e caridade...

Eu tentei ser feliz
Mas não consegui
Longe daquela negra
Que se chamava Felicidade...

As outras, todas se chamavam Maria
Ela, apenas: Felicidade
- negra, analfabeta, nem registro tinha
A pobre mulher tecia na vida bordados...

Parecia ser apaixonada por todos
Não reclamava de nada
Passados dezessete dias do ano
Felicidade deve estar costurando alegria no céu...

Mário Feijó
17.01.11 

sábado, 15 de janeiro de 2011

QUEM É VOCÊ? (E no décimo quinto dia...)


Quem é você que ousa perturbar meu sono
E que mesmo ao acordar
Tenho por ti pesadelos?

Por que mudas de corpo
Mudas tuas voz
E trazes nestes corpos
A atração que tenho por ti?

Já se passaram quinze dias 
Desde que o ano começou
E todos os dias tu vens me perturbar
Quando não é em sonhos é com tua presença...

E ver-te sem poder te tocar
É como ver guloseimas
E ficar a salivar...

És assim meio anjo
Meio demônio
Dando-me prazeres
E me causando insônias...

Mário Feijó
15.01.11

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A ROSA E O VENTO




Há dias em que penso
Que tu és vento
Então eu queria ser rosa
Só para ser desfolhada por ti...

Mário Feijó
15.01.11

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A BRISA SOPROU-ME... (E no décimo terceiro dia...)


Décimo terceiro dia
E como se fora uma profecia
Onde alguns temem o treze
Outros, feito eu (que não temo teu feitiço)
Simpatizo com ele...

É verão e o mar lá fora
Faz mudanças, arrasta coisas
Faz barulhos, manda recados
Eu só o respeito e admiro...

Ouço todos os ventos que sopram
Quero descobri se me traz algum recado
Nada! Só estática! Então ouço a brisa
Que certamente quer me consolar...

Mário Feijó
13.01.11

ENCONTROS DE NÓS DOIS




Eu sinto que me diluo
Em tudo o que escrevo
E aqueles que me leem
Se encontram comigo
Em algum lugar que se não existiu
Passa a existir...

O futuro é agora
E nós dois abraçados
Estamos numa aura invisível
Derramamos lágrimas de saudades

Não há mais solidão
Aprendemos a nos amar
E passamos a existir
Em todos os nossos “eus”
Agora transformados em nós...


Mário Feijó
13.01.11

TEU OLHAR QUE ME DESPE



Disseste-me apenas boa noite
E eu fui entrando
Na mata verde dos teus olhos
E como quem vem ao mundo despido
Eu entrei em teu universo
Tímido, receoso, envergonhado
Sentindo-me um bebê pelado
E cheio de pudores, mas
Transbordando amor
E por mais que eu me vista
Teu olhar voraz me despe...

Mário Feijó
13.01.11

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

DOCES MENTIRAS OU CRUÉIS VERDADES?


Nem sempre tudo é verdade
A vida é cheia de mentiras
Todas a serem descobertas...

Existem horas na vida
Em que sempre é melhor
Uma doce mentira
Do que uma cruel verdade...

Quem sabe onde começa uma verdade
Ou onde termina uma mentira?
Tudo é sempre muito relativo
Importante mesmo é o amor
Que habita o coração daquele que fala

Nestas horas não importa
O que é realmente verdade
Ou o que é somente uma mentira!

Mário Feijó
12.01.11

DOZE DOSES ANESTESIAM DORES DE AMOR? (Da série: TODOS OS DIAS...)


E no décimo segundo dia
Eu constato o obvio
O mundo não parou
Enquanto eu sofria...

Todos os dias pela manhã
O sol clareava o dia
Mesmo que chovesse
E o mar mandava seus recados em ondas...

Foram doze os apóstolos
Com doze eu tenho uma dúzia
E com várias doses
Somos capazes de tomar um porre...

Será que doze doses
Seriam capazes de anestesiar
As dores de amor?

Nada mudou
Nem o amor
Nem a saudade
Que queima dentro do peito

A vida enfrenta-se
De cara limpa – porres são delírios
Drogas não levam a lugar algum
Nem apagam uma dor de amor...

Mário Feijó
12.01.11

ENTRE ASPIRAÇÕES E AMORES PERDIDOS


Nem só de aspirações
Sonhos, verdades, transpirações,
Amores perdidos e saudades
Vive um ser humano...

Ele vive de realizações,
Teoremas, dígitos e alguns poemas
Porque a vida é telúrica,
Nostálgica, antagônica, calórica,
Colorida e muitas vezes sem graça...

E de bar em bar
Eu bebo da chuva
Toda a minha embriaguez...

Sinto saudades de ti
Saudades de mim
E do meu templo burguês...

Soltei-me na vida
Quisera eu saber
Pra onde o vento me leva...

Mário Feijó
12.01.11

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Curriculum do Poeta

Curriculum do Poeta

Nome: Mário Feijó
Naturalidade: Florianópolis – SC
Profissão: Escritor, Artista plástico; poeta; administrador de empresas e editor de livros
Endereço: Capão da Canoa – RS
Telefones: (51) 3665-7086 -8139-4350

CURRICULUM

Mário Feijó é artista plástico e escritor: tem três livros de poemas na praça...
É o atual presidente da Academia dos escritores do Litoral Norte do RS.

Sites:

Mário Feijó
Presidente da AELN


REFERÊNCIAS

FEIJÓ, M. F. Encontros & Emoções. Florianópolis: UFSC. 60p. 1987
FEIJÓ, M. F. Permita-se... Florianópolis/Capão da Canoa: SECCO. 144p. 2007. ISBN 978-85-98128-7-8.
FEIJÓ, M. F. Os filhos da enxurrada. Florianópolis/Capão da Canoa: Secco, 2008/2009. 160p. Il. ISBN 978-85-98128-24-5.
FEIJÓ, M. F. A magia do Amor. Porto (Portugal): Corpos editora. 124p. 2009. http://www.corposeditora.com/site/coleccoes.asp?idcoleccao=29&pag=2
FEIJÓ, M. F. Em cada ser que passa vejo você. In: COSTA, D. FERNANDES, J. e BRAGA, S. (Org.). Antologia - Academia de Escritores do Litoral Norte Gaúcho, p. 42. Osório/Florianópolis: Secco. 2009. 62p. ISBN 978-85-98128-28-3
FEIJÓ, M. F. Fugindo das horas. In: COSTA, D. FERNANDES, J. e BRAGA, S. (ORG.). Antologia - Academia de Escritores do Litoral Norte Gaúcho, p. 43. Osório/Florianópolis: Secco. 2009. 62p. ISBN 978-85-98128-28-3
FEIJÓ, M. F. O sabor que tu tens (poema I). p. 116. In: Projeto Literário Delicatta IV. São Paulo: Scortecci, 2009. 264p.
FEIJÓ, M. F. Você está pronto (poema II). p. 117. In: Projeto Literário Delicatta IV. São Paulo: Scortecci, 2009. 264p.
FEIJÓ, M. F. A magia do amor (poema III). p. 118. In: Projeto Literário Delicatta IV. São Paulo: Scortecci, 2009. 264p.
FEIJÓ, M. F. A MAGIA DO AMOR. In: COSTA, D. FERNANDES, J. e BRAGA, S. Antologia - Academia de Escritores do Litoral Norte Gaúcho, p. 42. Osório/Florianópolis: Secco. 2009. 62p.
FEIJÓ, M. F. Com amor no coração. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano IV, n.16, out./dez. 08. p. 21. Porto Alegre: Caravela, 2008. 63p. Il.
FEIJÓ, M. F. O brilho da amizade. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano IV, n.16, out./dez. 08. p. 61. Porto Alegre: Caravela, 2008. 63p. Il.
FEIJÓ, M. F. Palavras que curam. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.17, jan./mar. 09. p. 10. Porto Alegre: Caravela, 2009. 64p. Il.
FEIJÓ, M. F. Ser humano. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.17, jan./mar. 09. p. 18. Porto Alegre: Caravela, 2009. 64p. Il.
FEIJÓ, M. F. Vermelho Paixão. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.17, jan./mar. 09. p. 53. Porto Alegre: Caravela, 2009. 64p. Il.
FEIJÓ, M. F. Ser humano. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.17, jan./mar. 09. p. 18. Porto Alegre: Caravela, 2009. 64p. Il.
FEIJÓ, M. F. O sorriso: janela da alma. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.18/19, abr./set. 09. p. 14. Porto Alegre: Caravela, 2009. 72p. Il.
FEIJÓ, M. F. Cão e gato. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.18/19, abr./set. 09. p. 25. Porto Alegre: Caravela, 2009. 72p. Il.
FEIJÓ, M. F. A magia do amor. In: POETAS DEL MUNDO EM POESIA, v. I. p. 150/1. Campo Grande: Gibim. Abril 2008. 208p. ISBN 978-85-61160-02-09
FEIJÓ, M. F. Pescador de almas. In: POETAS DEL MUNDO EM POESIA, v. II. p. 57/8. Campo Grande: Gibim. Agosto 2008. 78p. ISBN 978-85-61160-03-06
FEIJÓ, M. F. As borboletas não deixam marcas nas flores. In: VERONEZE, S. (org.). Caderno Literário, v. I. p. 95/6. Porto Alegre: Pragmatha. 2008. 136p. ISBN 978-85-62310-00-3
FEIJO, M. F. As lições que a vida ensina. In: VIEIRA, D. (Org.) Coletânea dos 44 melhores Poemas de 2008. 2º. Concurso de Poesia – ABRACI/RJ, p. 55. Rio de Janeiro: IMOS. 64p. Il.
FEIJÓ, M. F. Apresentação. In: VERONEZE, S. (org.). O IMAGINÁRIO DO MAR E DO NAVEGADOR - Caderno Literário, v. I. p. 07/8. Porto Alegre: Pragmatha. 2009. 66p. ISBN 978-85-62310-00-3
FEIJÓ, M. F. O pescador e o mar. In: VERONEZE, S. (org.). O IMAGINÁRIO DO MAR E DO NAVEGADOR - Caderno Literário, v. I. p. 37. Porto Alegre: Pragmatha. 2009. 66p. ISBN 978-85-62310-00-3
FEIJÓ, M. F. Um dia você aprende. In: Poeta Mostra a tua Cara, v. 6. XVII Congresso Brasileiro de Poesia. Bento Gonçalves, out. 2009, p. 154/155. Bento Gonçalves: Grafite. 2009. 256p. Il. ISBN 978-85-62689-04-8
FEIJÓ, M. F. Senhor dos Versos. In: Poeta Mostra a tua Cara, v. 6. XVII Congresso Brasileiro de Poesia. Bento Gonçalves, out. 2009, p. 156. Bento Gonçalves: Grafite. 2009. 256p. Il. ISBN 978-85-62689-04-8...
FEIJÓ, M. F. ESTAÇÃO DE PERDAS. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.20, nov./dez. 09. p. 08. Porto Alegre: Caravela, 2009. 72p. Il.
FEIJÓ, M. F. Alma em Transe. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.20, nov./dez. 09. p. 52. Porto Alegre: Caravela, 2009. 72p. Il.
FEIJÓ, M. F. Rito de Passagem. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.20, nov./dez. 09. p. 60. Porto Alegre: Caravela, 2009. 72p. Il.
FEIJÓ, M. F. Eu poderia ser um peixe. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.21, jan./mar. 10. p. 25. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. F. Lábios que murmuram... In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.21, jan./mar. 10. p. 33. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. F. Ser Homem In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.21, jan./mar. 10. p. 45. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. F. MANDALA In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.22, abr./jun. 10. p. 28. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. F. AMOR E FLOR / Dos teus olhos. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.22, abr./jun. 10. p. 42. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. F. Queridos amigos. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.22, abr./jun. 10. p. 43. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. F. Alma de borboleta. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.23, jul./set. 10. p. 22. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. F. AS MARCAS DO VENTO. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.23, jul./set. 10. p. 23. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. F. CASAL DE AFRICANOS (Tela acrílico s/ MDF. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.23, jul./set. 10. p. 40. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. F. Anjos em revoada/Angeli in volo. In: III Antologia Italo-brasileira de Letras e Artes. Quando os povos se encontram. Niterói: Comunitá. P. 32 e 41. 2010. 118p.
FEIJÓ, M. F. Amor Perfeito / Alma em Transe / Amores Liláses. In: Cronistas, contistas e poetas contemporâneos. Série Esmeralda. MOREIRA, L. (organizadora), p.90-92. São Paulo: Scortecci, 2010. 274p. ISBN 978-85-366-1886-9.
FEIJÓ, M. Lágrimas são diamantes / Nossas vontades / Quem notará um apaixonado? / Marcas que deixamos. In: BACCA, A. & GONÇALVES, C. Poeta mostra a tua cara. V.7, p. 100-102. Bento Gonçalves: Grafite. 2010. 164p. il. ISBN: 978-85-62689-32-1.
FEIJO, M. ônibus não são poéticos (p.30) / Amor Perfeito (p. 59); chá com leite e mel (p. 60);  / há um pouco de Deus em nós (p. 61); / eu sinto tua falta (p. 63). In: FEIJÓ, M.; MONTANO, E. & SANTOS, M. S. Antologia II (Academia dos escritores do Litoral Norte do RS), 2010. 94p .

MEL


Quem sabe se chovesse
Eu poderia chorar
Sem que ninguém percebesse
A dor da minha saudade?

Eu sei o que é o amor
Porém dizem que não sei amar
Então não há nada que faça
Parar o rio à procura do mar...

Levarei comigo esta saudade
E quando o meu corpo
Não mais existir tenho certeza
Que me encontrarei dentro da sua

Há abelhas catando meu pólen
Amanhã te lembrarás
Que eu já fui teu alimento
Quando estiveres amamentando um filho teu...

Mário Feijó
11.01.11

O PERFUME DAS ONZE HORAS





Onze dias
Onze horas
Trem das horas
Trem das onze todo dia

Quem não queria falar de amor
Quando as onze horas se abriram?
Jurei que calaria
Mas quebrei todas as juras...

São apenas onze dias
De onze anos
Do segundo milênio
E eu que pensei que mudaria
Continuo o mesmo ser apaixonado...

Mário Feijó
11.01.11

APAIXONADO SER


A
  PAIXÃO
       ONADO
            M
            O      D
É     A    RAZÃO

MEU

       V
       I
       V
       E
       R

MAS
       N
         Ã
           O
           
            V
ENTENDO
            C
            Ê!


Mário Feijó
11.01.11   

DOCES TEMPOS (no décimo dia)


Mulher nota 10...
Dizem que quando alguém é o máximo
Então este alguém é dez
Hoje é dia dez, no primeiro mês do ano...

Muitos acham que dez é pouco
Dez dezenas é cem
Dez centenas mil
Parece que nos dias de hoje o dez inflacionou...

Na cidade onde estou
O calor é insuportável
À noite apesar de tudo
É um pouco mais agradável...

A única coisa que me deixa triste
É a dor da saudade que eu terei
Sempre das pessoas que amo
E que por opção hoje não me amam mais...

Mário Feijó
___________________________
10.01.11

É DEZ!

Mulher nota 10...
Dizem que quando alguém é o máximo
Então este alguém é dez
Hoje é dia dez, no primeiro mês do ano...

Muitos acham que dez é pouco
Dez dezenas é cem
Dez centenas mil
Parece que nos dias de hoje o dez inflacionou...

Na cidade onde estou
O calor é insuportável
À noite apesar de tudo
É um pouco mais agradável...

A única coisa que me deixa triste
É a dor da saudade que eu terei
Sempre das pessoas que amo
E que por opção hoje não me amam mais...

MÁRIO FEIJÓ
___________________________
10.01.11

domingo, 9 de janeiro de 2011

NÚMERO PERFEITO


Nono dia
Noves fora
Número perfeito
Nove meses e você nasceu...

E nesses nove dias do ano
Muitas emoções já aconteceram
Tenho saudade, tive medo
Todo túnel tem uma luz que se apaga...

Acho que há em meus dias
Uma gestação de esperas
Concepções de amores abortados
Alguns o futuro dará luz...

Quero calor humano
Quero beijos molhados
Quero liberdade aos sonhos
Quero um abraço apertado...

Mário Feijó
09.01.11  

EU TE GUARDEI



Eu te guardei no cofre
Que chamaram de coração...

No meu só guardo quem eu quero
Quem não me quer
Deixo escorrer no meu suor...

Então veio a chuva
E levou tudo embora
Apagaram-se as imagens
Sobraram somente ingratidão e desprezo
O que eu faço para te reter?

A solução foi
Tatuar você na minha memória...

Mário Feijó
09.01.11

SOMOS TODOS





Somos todos
        Páginas abertas ao vento
Que o tempo
        Não consegue calar
Então vem um poeta
        E nos lê...

Mário Feijó
09.01.11

sábado, 8 de janeiro de 2011

OI (NO OITAVO DIA...)


Oi... tavo dia do ano!
Estamos todos esperançosos
De que o ano seja melhor
Sempre melhor que o ano anterior...

Oi! Estamos esperando borboletas
A saudar nosso jardim
Trazendo boas novas para o ano
Muita alegria e paz, pra você e pra mim...

Enquanto isto converso com as nuvens no céu
São anjos galopando alazões
Imagens que minha mente forma
Outras que me induzem o pensamento...

Oi, oi, oi! Quero você todos os dias
O meu corpo não se sacia
Somente com as minhas mãos
Quer as tuas nas minha e na minha pele...

Mário Feijó
08.01.11

CERTO OU ERRADO?




Todos os ossos
        Do ofício
Hoje estão macerados
        Foi o que restou deste holocausto

Onde procurar?
        Só achei almas aflitas
        E ossos
Os corpos foram queimados
        Não deixam rastros
        Nem acusam os covardes...

Alguns ainda sobraram
Escondidos nos porões e sótãos
Daqueles que não concordavam...
Hoje resta na pele e na alma
Apenas números...

Certo ou errado?
Tudo é sempre relativo
Na cabeça de um louco
E daqueles que detêm o poder...

Mário Feijó
08.01.11

O SILÊNCIO







                          O


S
  I
   L                    A      
     Ê              P L U M A
       N  O         I         R...
         C        C
            I   S
       FEITO
         


O silêncio oscila feito pluma no ar
              eNquaNto minh’alma
                    se debate deNtro de mim...


Mário Feijó
08.01.11

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

INSENSÍVEL







Ela vai embora porque diz que:
                Eu não sinto nada

As crianças pobres morrem doentes e de fome e você diz que:
                Eu não sinto nada

O carro passa veloz, vento batendo, chuva molhando e:
                Eu não sinto nada?

Corte no pé, pontos na mão
                Um corpo caído na estrada
                Inerte no chão e você diz que:
                Eu não sinto nada!

Nem a água gelada
Nem o sol escaldante
Nem a testa cortada
Nada, nada, nada
                E você continua dizendo que:
                Eu não sinto nada!

Quem mora neste corpo sou eu
Aqui dentro tem uma alma
Eu sinto frio, sinto fome, sinto amor
Mas isto pra você parece ser nada...

Mário Feijó
07.01.11

E NO SÉTIMO?





No sétimo dia
O mistério que envolve o número se desvenda
É o sétimo céu!
Sete dias da semana...

Tudo é magia
Místico, mágico, doce
E eu me entrego
Feito o mar que se entrega ao luar devasso...

Quero sentir o teu corpo no meu
Quero sentir o calor que tu tens
O arrepio que me causas
E entregar o meu corpo ao teu...

Devasso eu? Não!
É a luz do luar
Eu sou apenas o encontro
Do mar e do rio...

Mário Feijó
07.01.11