URSO DENTRO DA CAVERNA
Acordei
com a intenção
De apagar lembranças
Que só fazem sofrer...
Eu lembrei do teu riso frouxo
Que me fazia sorrir
Das tiradas “sem noção”
- mentiras mal contadas
Mas lembranças são nódoas
Que não conseguimos apagar
Nem mesmo com cloro ativo
Porque fica na memória sua cicatriz
Eu preferia não ter em mim
Este vazio tão cheio de ti
Parecendo um problema sem solução
E com tanta coisa sem explicações
Ficaram mágoas sem explicação
Tramas mal urdidas, parecendo novela mexicana
Onde nunca ficou explicado a Regra do Jogo
Em que não há mocinhos, mas muitos bandidos
É como se na minha caverna
Tivesse entrado um urso selvagem
Destruindo tudo que era meu
Além de levar você dos meus natais...
Mário Feijó
25.12.15
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