quarta-feira, 31 de outubro de 2012

ENTRE SEXOS


ENTRE SEXOS

 

 

Fomos para a guerra dos sexos, os três, desprovidos de quaisquer armas. Eu com meu velho sexo em riste, sem rugas, ele em pleno vigor de sua macheza, alquebrado, mais enrugado que uvas passas, morrendo de inveja pelo meu portentoso desempenho.

Não tive dúvidas, atirei a esmo, para todos os lados. Acertei na felicidade, ele na tristeza. Ela hirta, apenas sorria.

Nada me bastava: nem sorrisos, nem cara de felicidade. Continuei na eternidade da noite, deixando apenas o dia amanhecer.

Ela feliz sorria extasiada. Todos sentiram seus corpos realizados. O triângulo foi perfeito...

 

Mário Feijó
01.11.12

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