quinta-feira, 31 de outubro de 2013

AS DORES DO MUNDO



AS DORES DO MUNDO

Há em meu peito
Dores que nem são minhas
Sem donos, sem leito
Que adormecem comigo

Não conheço seus donos
Devem ser dores do mundo
Que o meu peito abriga

Eu não reclamo
Nem das minhas dores
Vou reclamar das dores do mundo?

Elas devem pertencer a alguém
Que por fraqueza não as suporta
 E por falta de forças
Abandonou-as em minha porta

Penalizado
Eu as adotei...

Mário Feijó
31.10.13

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