POR DESAMOR: TODA A DOR
Por
quanto tempo mais, os meninos e meninas morrem e morrerão por falta de amor de
seus pais?
Sim!
Todos nascemos meninos e meninas, porém é incontestável que nossa mente faz
escolhas, que as meninas e os meninos gostariam que fosse a mesma do seu gênero
ao nascer, mas não é assim. A ciência ainda não sabe por que isto não acontece
e no meio do caminho o menino se descobre menina, ou, a menina se descobre
menina. Ou para ser mais brando ambos se descobrem gostando de pessoas do seu
sexo e não do sexo oposto. Isto não é culpa de ninguém, nem de exemplos, de
religião ou de “sem vergonhice” como acusam muitos.
Ai
pelo desespero, pela falta de acolhimento, de compreensão muitos se perdem pela
vida, no meio do caminho.
A
homossexualidade sempre existiu, no entanto os meios de comunicação modernos a
expôs. E, isto aconteceu de forma abrupta. Simples para uns. Cruel para outros.
E quem não tem um psicológico forte, ou não tem apoio da família despenca em um
precipício.
Família
sem estrutura e que não ama seus filhos como eles são acabam empurrando-os para
a prostituição, para as drogas ou até mesmo para a morte.
Socialmente,
as pessoas chegam a ”aceitar” casais do mesmo sexo, porém volta e meia sai uma
piadinha pelas costas. O relacionamento entre dois homens ou entre duas
mulheres despontam em novelas e filmes, muito sutilmente, mas ainda é algo
visto como “anormal”. Basta alguém ver dois homens ou duas mulheres se beijando
para virar notícia. Ainda ontem li que Chandely Braz e Alice Carvalho, atriz da
novela “Renascer” foram vistas aos beijos em tal lugar. Se fosse um casal
hetero não teria virado notícia. Então chama a atenção e depois massacram.
Está
na hora de deixarmos que o amor floresça, que as famílias abram espaço para
apoiar e demonstrar amor incondicional por seus filhos. Temos o exemplo de D.
Déa Lucia, mãe de Paulo Gustavo – o eterno Minha Mãe é uma Peça”. Conheço na
internet Flavia Arruda que descobriu que seus três filhos eram gays (uma menina
e dois rapazes) e nem por isto deixou de amá-los e propaga isto em todas as
suas redes. Mas, ainda, é incompreensível que uma mãe fira seu filho com uma arma
e depois o humilhe e pressione ao ponto de, sem saída, o rapaz se suicidar
(caso lido ontem na internet e que nem vou dar nomes). É impressionante o
desamor neste caso. Sem contar a dor gerada.
Há
cada vez mais transparência nas relações e a sociedade tem que se adaptar aos
novos tempos. Não que isto não acontecesse antes, acontecia, mas não tínhamos a
urgência da internet em divulgar todos os fatos.
Ainda
ontem li que Ralf Schumacher, ex-automobilista alemão, de 49 anos assumiu sua homossexualidade
publicamente, sendo apoiado pelo filho que lhe desejou felicidade. Muitos
esperam a maturidade chegar para se aceitarem como sempre foram, mas que não
podiam mostrar para a sociedade porque não tinham estrutura para o fazer.
Homossexualidade
não acontece somente com os seres humanos. Já foi demonstrado pela ciência que
os golfinhos, macacos, cavalos e muitos outros bichos também a praticam. Então não
é uma questão de querer ou de ser descolado é algo intrínseco ao ser e só diz
respeito a ele próprio.
Deus
não errou!
Não
é falta de caráter!
Não
é doença!
Temos
que aprender que entre “dois” seres há infinitas possibilidades e opções. Entendam
como quiserem.
Vamos
parar de ser hipócritas e admitir que lá no fundo muita gente se esconde sob a
forma de casal e sai pelo mundo, fazendo por baixo dos panos, a procurar quem
lhe complete, por medo de ser excluído.
MÁRIO
R. FEIJÓ
24.07.24